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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Falta de dinheiro nos caixas eletrônicos é tema de reunião entre Prefeitura de Jaguarão e agências bancárias


O prefeito Cláudio Martins, acompanhado da secretária de Cultura e Turismo, Maria Fernanda Passos e do diretor de Patrimônio, Tiago Ramires, recebeu na manhã de ontem (21) os gerentes das agências bancárias de Jaguarão para tratar sobre a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos. Além do problema enfrentado pelos moradores e turistas, em especial nos finais de semana, a preocupação do Executivo também está relacionada com o carnaval.
Segundo o prefeito em 2016 a expectativa é que o público seja ainda maior durante o evento e a ideia é que este tema seja discutido antecipadamente para evitar que transtornos deste tipo continuem ocorrendo e prejudicando a população.
Os gerentes das agências bancárias destacaram que têm compreensão sobre este tema e que estarão atentos ao problema. Como encaminhamento os gerentes afirmaram que a preocupação exposta pela prefeitura será apresentada para as gerências regionais, já que em relação a estas questões existem normas internas que impedem a autonomia das agências locais.
Departamento de Comunicação – PMJ

quarta-feira, 27 de maio de 2015

MOCHILADA SEM FRONTEIRAS - Amsterdam


Por Guilherme Larrosa

Malas desfeitas e noites de sono para recuperar a correria, cá estou eu de volta, para relembrar algumas façanhas de viagens por esse mundão.

Esqueci de mencionar uma cidade, que sempre foi minha entrada pela Europa – geralmente desembarco lá para fazer conexões para os outros países – estou falando de Amsterdam, capital Holandesa conhecida pelas tulipas, moinhos, gente alta e aquela loucura toda que todo mundo acha que é. E na verdade, é sim.

Sempre quando desembarquei, nunca saí do aeroporto, mas resolvi passar uma semana na cidade, antes de fazer a viagem pra Bélgica.

Amsterdam é uma cidade muito funcional, principalmente se tratando de trânsito, são milhares de bicicletas que fazem a cidade viva e tranquila. As ruas são estreitas, rodeadas de canais e casas altas e finas. Nada mais sensato que dispor aos moradores e turistas, um sistema de bicicletas que fazem a cidade menos poluída e menos engarrafada.

Fiquei em um albergue que era no quarto andar da casa. Imaginem que se as casas lá, são altas e estreitas – as escadas são esticadas da mesma forma – ou seja, uma escada normal, tem seus degraus com uma base de 28 – 30cm de profundidade.

Lá, a coisa é diferente, para vencer o vão do teto, os degraus tendem a ter unas 17 cm de profundidade...ou seja, tombos e mais tombos. Um estouro a cada minuto. Roxões a parte, a cidade é muito bonita pela sua composição arquitetônica e seus parques preservados. Os estudantes indo de bicicleta para a faculdade, mesmo a universidade estando distante na cidadezinha ao lado, o passeio pelos campos floridos faz esquecer a preguiça e dá prazer em ir na aula.

Holanda é um país exemplar em termos de liberdade, lá pode praticamente tudo. Todo mundo sabe o que deve ser feito e respeitado, cada um na sua, cuidando do seu nariz. Falando em drogas, sexo e rock in roll – um passeio engraçado é o Red Light District – aquela zona de prostituição mais famosa de Amsterdam, que as meninas ficam na vitrine sensualizando e pescando clientes – realmente é interessante esse comportamento, tanto que virou uma zona turística e é super frequentado por diferentes gêneros e idades. Sem contar os becos, digamos assim, excêntricos – onde se encontram qualquer tipo de oferta, qualquer idade, qualquer gênero, híbridos e afins. Salve a diversidade!

Amsterdam é um exemplo de cidade a ser visitada, pela cultura, pelos costumes e pela liberdade – ouvi falar muito bem de Roterdam – uma cidade perto, em menor escala, fica a dica.

Edição de 20/05/2015 Ano VI nº 213


 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O turismo no inconsciente coletivo por Vicentepimentero

A cidade de Jaguarão igual que a fronteira com sua cidade vizinha Rio Branco, começa a desenvolver o Turismo na região, mesmo que a passos lentos. Um fenômeno novo que apareceu e começa a se consolidar, primeiramente pela implantação dos Free Shops e logo pela diversidade cultural no turismo de eventos, que ambas cidades proporcionam. Ainda devemos reconhecer que a potencialidade turística geográfica e arquitetônica destes pagos, revela uma riqueza exuberante e sedutora aos olhos que procuram a história e a natureza interligadas num mapa só. O que faltou, desde um princípio, talvez fosse uma preparação, entre infraestrutura e outros mecanismos de ordem administrativa e de integração, mas ao meu ver, o maior problema está na aposta dos agentes urbanos, nos recursos humanos e principalmente na fomentação da memória coletiva e a inclusão cidadã que logo faria parte do inconsciente coletivo e andaria por si mesma.

Essa sustentabilidade prática, de participação popular, cria um âmbito turístico que deve nascer juntamente com o interesse da mesma população. Costumamos criar cursos de Turismo em diversas cidades universitárias, o que é importantíssimo, mas esquecemos de alimentar nossa própria cultura. Exemplo vivo disso encontra-se em diversas cidades brasileiras que exercitam o turismo há muito tempo e naturalmente são mais ligados a sua cultura.

Em Salvador um vendedor de pulseirinhas do nosso senhor do bom fim sabe tanto de história local como um professor ou um guia. Aquilo está incrustado em sua memória e cultura pessoal, e tem orgulho disso, o que torna ainda mais interessante e exótica a viagem para esse destino. Uma coisa está ligada à outra, podemos ter uma bela e invejável Ponte Internacional, um Balneário só nosso com uma Lagoa inimaginável, podemos ter Teatro, Enfermaria, Mercado, Museu, Biblioteca e outros prédios épicos, mas se não soubermos de sua história se perderá uma coesão entre exuberância, arquitetura, turismo de compras e outras atratividades que nossa fronteira possa oferecer. O viajante é curioso, espalha suas experiências e leva consigo a identidade de um povo de um lugarejo. O viajante é um explorador nato, respirando o novo, olhando o desconhecido, descobrindo mundos dentro do seu mundo. Por isso é imprescindível o alimento intelecto cultural de um lugar que almeja se desenvolver turisticamente e sei que Jaguarão o é, e o quer.

A característica do nosso povo se encaixa em todas essas necessidades. Somos anfitriões, festeiros, simples. Gostamos de abrir nossas casas, de levar um forasteiro para um passeio por nossos pontos mais incríveis. O Cerro, o Prado, a Lagoa, La Cuchilla, o Rio, nossos Sítios. Somos um povo unido com o país vizinho e a cidade irmã. Nos entrelaçamos entre doble chapas e brasiguaios, temos nosso chão bem definido, mas ainda falta a participação coletiva, mostrar que estamos preparados.


A caminho de um pancho no Uruguai ou um cachorro quente no seu Danúbio temos muita história pra contar, está em cada paralelepípedo, em cada casarão, na Rua das Portas, na longitude da ponte, na Vila dos Espíritos, na Vila Arredondo. Em fim, uma reflexão sobre este e outros aspectos poderão ajudar em uma nova postura do povo jaguarense e rio branquense, onde quem sempre sairá ganhando, seremos nós e principalmente nosso lindo lugar.

Edição de 01/04/2015  Ano IV nº 206



sábado, 28 de março de 2015

Semana de Turismo

 Turistas uruguaios encaram imensa fila para ingressar no Brasil pela fronteira de Jaguarão 

Neste sábado pela manhã , 28 de março, véspera do inicio da Semana de Turismo no Uruguay,imensa fila de turistas do país vizinho aguardavam  liberação da Polícia Federal, no setor de imigração,  para ingressar no Brasil pela fronteira de Jaguarão. 

Certamente, além de um destino repleto de atrações e destino preferido da maioria dos turistas do Mercosul,   o valor em queda do real em relação ao dólar e ao peso uruguaio é um atrativo a mais para os turistas que visitam o País. 

É de se perguntar se não seria  conveniente por parte dos Ministérios do Turismo e Justiça estudar uma forma de agilizar as formalidades de ingresso ao país por parte de turistas oriundos do Mercosul. Talvez uma declaração de entrada no País que possa ser efetuada pela internet, evitando assim o transtorno e atraso para milhares de turistas em nossas fronteiras. Afinal, o Mercosul existe para integração e eliminação de barreiras, muitas delas , burocráticas. E o incremento do turismo beneficia de sobremaneira a economia.      



O CAMINHO DE FERRO

Por Jayme Langlois Pirez Lameiro 
Turismo Universidade Federal do Pampa

Seis horas da manhã soava o apito do trem no tilintar do sino que dava a partida deixando para trás a estação, devagar rufada do vapor e sonidos ringindo pelos trilhos no caminho de ferro. A plataforma alta, com dezenas de pessoas acenando para quem partia. Lentamente seguia o trem. Podia ver a cidade que ficava pouco mais distante, suas luminárias ainda cobertas pela cerração desenhavam um outono úmido. Logo o agente de terno e quepe marinho, vinha equilibrado pelo encosto dos assentos, ticket-ticket nos boletos de passagem.

Na curva do capão reúno, pela janela do trem, os campos exibiam uma áurea de luminosidade, sinal que o dia amanhecia. O alambrado corria do lado dos vagões parecendo viajar junto. As coxilhas da ramada esverdeavam a paisagem que, a os poucos deixava o sol nascer. Na primeira parada, estação Joaquim Caetano, o negrinho Floriano abraçado ao cesto de vime entre um vagão e outro, andava de pés descalços vendendo rapadurinhas e pasteis, havia sempre alguém que o conhecia da cancha reta de carreira bem acima do corte nos trilhos. Os capins davam sinal que, há muito tempo deixaram de correr cavalos e petiços aos domingos. A tapera do rancho que sorvia aguardente no balcão do boliche permanece há tempos na sombra das acácias.

O galpão sem palhas mostrava o esqueleto do sustento nas varas de eucalipto que cobria seu teto, e o trem dava partida...

A Caixinha d’água, como era conhecida, suspensa por estacas de madeira pintadas na cor negra, esguichava pela manga que mais parecia um elefante abastecendo o reservatório da máquina a vapor. Ficava bem a os fundos do campo de meu avô. Muitos foram às vezes por ali à tardinha, corriam pelos campos entre macega alta e carquejas para ver o trem voltar outro dia.

A trilha do caminho, sinuosa e estreita, fazia a vegetação bater na janela dos vagões, hora podia estar alguns pontilhões cruzando vertentes dos cerros que se aproxima.

O sol já ia alto, quando na estação Mauá, parava o comboio em estilhaços de ferro pelos trilhos. A velha figueira entrelaçada por ervas daninha parasitas deixava cair folhas pelo chão. Muitas foram às vezes nos dias quentes de verão, acolheu na sua sombra viajante a espera do trem.

Desponta entre o mato a pequena Capela do padre Neves, branca do cal e amarelada pelo tempo, deixando em seus registros batizados e casamentos, entre alguma missa e outra, a benção pelo campo. Plantações e pomares com galhos secos dão sinal outonal. A ponte de pedra e o ferro sobre os dormentes da madeira, ainda mostram sinal de firmeza quando lentamente se passava para não descarrila ladeira a baixo, pois o penhasco inclinava na vegetação baixa podendo ver o musgo.

Trabalhadores ferroviários à beira dos trilhos debruçam nos piques do alambrado o suor esticado pelo tempo. Das pequenas casas de madeira pintadas de amarelo queimado, crianças e mulheres acenam em alvoroço. Humildes quadros e retratos enfeitam salas com pequenas mesas cobertas de toalhas estampadas.
A porteira estava aberta sobre a encruzilhada, ao longe se via o corredor sumindo entre a sanga e o curral. Chaves gigantes no cruzamento dos trilhos e algum vagão boiadeiro, esperando a carga dos animais.

As folhas já começaram a cair, sopra o vento mais forte. São quatro horas mais ou menos. O Sol deve estar bem por cima do morro e, se há brisa, as ondulações do açude estarão vibrando nos seus reflexos... Os paraísos cresceram muito nestes últimos anos. Alguma coisa mudou, mas ainda podia sentir-se o perfume e o sabor do butiá maduro por toda a Vila Basilio. Pelo caminho da estreita ruazinha, cachos caídos pelo chão, verdes, maduros e outros apodrecendo.

O Caminho de Ferro chega ao destino de sua baldeação. Esperava agora o próximo trem. Cai a tarde. Encostado num banco de madeira com pregos crivados a martelo, fazia mirar ao longe o crepúsculo da noite sumindo vagarosamente entre as árvores.

Os matizes cambiantes do outono, bancos de estações, trabalhadores e suas famílias, fez retornar... Com a chegada do frio, pelos baixos do clima já se podia sentir constantes madrugadas geladas e ver o campo esbranquiçado, desfalecida, bem invernal. Janelas fechadas, vidros embaçados pela chuva fria que caía no amanhecer, o fogão a lenha, aquecem, criando um clima especial e nostálgico na simplicidade dos casarios. Fez muito tempo, as férias de julho. Corriam agasalhadas na cobertura da estação, arteiras gurizadas esperando o trem.

Entre um potreiro e outro as flores do campo. Passarada ecoando tons de primavera cruzava o céu azul. As flores nos jardins davam nova forma de vida, até a própria figueira à beira do caminho, vestia-se de um manto verde acre para a sombra do verão. Nisto o viajante observa que o campo a vida fica mais exposta sobre o caminho de ferro, ele resume tudo, porque além da geografia privilegiada, é a vida que renasce.
Nesta breve pintura, quando o verde das coxilhas ao longe, prende-se ao horizonte. Revela-se o matrimônio insólito, entre o momento preciso das estações e a suavidade da paisagem.

O Caminho de Ferro podia mostrar a possível contribuição da atividade turística para a preservação paisagística, histórica e poética de uma região, e isto ocorrendo possa ser de extrema relevância, pois muitas paisagens possuem valores simbólicos sobre a história, a cultura e o modo de vida de um povo.

Edição de 25/03/2015  Ano IV nº 205





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

MOCHILADA SEM FRONTEIRAS - Buenos Aires


Por Guilherme Larrosa

Hoje vou falar de uma cidade que me acolheu muito bem, onde passei uma parte da minha vida estudando e conhecendo mais de uma cultura tão próxima a nossa – vou contar um pouco sobre Buenos Aires.

O povo argentino é muito receptivo e simpático. – Alguns porteños são diferentes – mas no geral, são muito amáveis. Minha experiência com Buenos Aires foi mais que uma visita, fui para conhecer a cidade antes de ir morar um tempo. Decidi mudar pra lá e cursar Direção de Arte para trabalhar com TV e cinema.

A cidade é muito espanhola, com muitos cafés, vida urbana e culturalmente rica.

Lugares legais:
Buenos Aires tem alguns bairros legais de conhecer, como Palermo, Recoleta, San Telmo, Belgrano y otros más. Em Palermo tem o famoso Zoo, os animais viverem em mansões temáticas. Os Bosques de Palermo, são parques espalhados por Palermo, programa ideal no final da tarde tomando um mate argentino.

Em San Telmo, tem muitas lojas de objetos, galerias de arte e cafés legais. No domingo pela manhã, a famosa, gigante e interminável feira de objetos é imperdível.

Em Puerto Madero, tem coisas legais rolando lá. É uma nova área de Buenos Aires em ascensão, tem uma pegada mais sofisticada, mas ao mesmo tempo, uns parques bem projetados e com visual bem descolado.


Tango é muito bonito de ouvir e ver, mas pra dançar e ser um perna de pau é uma tortura. Tem alguns tablados de tango espalhados pela cidade, mas nenhum é tão bom como o La Catedral. Esse lugar eu recomendei a quase todos meus amigos e todos que foram me disseram que foi incrível.
Eu tentei aprender em uma aula que tem na terça a noite, eu por azar peguei uma porteña e ela me mandou sentar e tomar vinho... :(
Vale a pena ver o show do Fuerza Bruta, grupo argentino que faz performance em cima de um plástico e plateia embaixo, um show de luzes e dança imperdível.


Galerias de arte tem muitas e isso se descobre na programação semanal. Sempre tá rolando uma mostra diferente na cidade. Mas tem a Pabellon 4 e a Galeria Patio del Liceo que são as mais legais. Não deixe de ir no MALBA, onde tem alguns quadros de Tarsila do Amaral e outros artistas latino americanos.

Do resto, os pontos turísticos são legais de ver, o metrô clássico de madeira da linha A, Casa Rosada, Avenida Santa Fé, Parques da Recoleta e La Boca.

Edição de 11/02/2015  Ano IV nº200