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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Protestos em Rio Branco por medidas do novo administrador da Aduana uruguaia


Na sexta feira passada foram feitas duas mobilizações em Río Branco protestando contra as últimas medidas adotadas pela Dirección Nacional de Aduanas nesta localidade do Departamento de  Cerro Largo.
Um grupo de manifestantes concentrou-se no paso de frontera, no acesso à cidade. O segundo interrompeu o trânsito na Ponte Mauá, que une Río Branco com a cidade de Jaguarão, defronte à aduana uruguaya, formando uma corrente humana, com o objetivo de sensibilizar as autoridades aduaneiras pelos  "rígidos controles" que exercem .
O motivo dos protestos são as medidas adotadas pelo novo administrador da aduana fronteiriça, Horacio García Daglio, que "leva a lei ao pé da letra", sem que haja uma "flexibilização" sobre a passagem de alguns produtos provenientes do Brasil.
Os moradores denunciam que ao cruzar a fronteira brasileira em direção ao  Uruguay lhes tem sido retidas plantas, comestíveis, além de que foram detido automóveis com chapa brasileira, adquiridos por uruguaios que também tem documentação do Brasil.
A Prefeitura Naval do porto de Río Branco reforçou os controles aumentando o número de efetivos para controlar a mobilização.
García Daglio, que chegou em março para substituir Héctor Martínez, anteriormente foi administrador da aduana de Paysandú desde março de 2013 (cuando começou a implementar-se a medida do "cero kilo" no litoral) até dezembro de 2014.
Quando assumiu nesse departamento foi entrevistado pelo diario El Telégrafo. Consultado por esse meio sobre se aplicaria mão dura na fronteira com a Argentina, García Daglio disse “que as vezes,  para cumprir a lei não basta o diálogo, e se há que impor-se mão dura, é o que se fará. Em meu caso, venho de um lugar onde a lei se cumpre e a tolerância é zero”.
Em 2014, logo de apresentar à Dirección Nacional de Aduanas uma denuncia por corrupção de funcionários, os aduaneiros da ponte Paysandú-Colón indicaram que García Daglio havia começado a circular pela rambla sanducera armado com uma pistola nove milímetros e com um chaleco a prova de balas por baixo da camisa, devido às tensões e incidentes gerados com a medida do zero kilo.