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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Espaço do Saci - Final do CTjão enquanto esperamos o Galo

Por Marcos Sagrera

A semana termina com o internacional classificado em primeiro lugar no seu grupo na libertadores e projetando o duelo contra o galo mineiro em Belo Horizonte pelo primeiro jogo da fase mata-mata na competição mais importante do ano. Será um duelo complicado contra um adversário forte que vem jogando bem e que tem uma torcida que apoia muito.

Antes disso temos a obrigação contratual de disputar a final do CTjão no estádio da Copa. O técnico Diego Aguirre deveria abdicar desse jogo e deixar o técnico Clemer colocar o sub-23 para ver como está a base colorada para o ano que vem.

No primeiro jogo realizado no estádio da construtora OAS houve empate. O nosso ex-rival, apesar de estar disputando a sua copa do mundo, não conseguiu fazer com que a sua torcida lotasse o estádio. Sobraram 20 mil lugares no OASão e a construtora deve estar indignada com o prejuízo.

Durante o jogo, o time local, não conseguiu chutar uma bola sequer no gol do goleiro Alisson. Na semana em que se comemorava o dia do chimarrão, o goleiro colorado deveria ter levado sua cadeira e seu mate para tomar durante a partida, pois o adversário, mesmo desesperado por um título, não obrigou o goleiro colorado a fazer nenhuma defesa durante os noventa e cinco minutos do ex-clássico. Por outro lado, o goleiro segundino, foi disparado o melhor em campo evitando mais uma goleada em final.

Os destaques colorados foram o lateral Geferson que fez uma partida segura, o volante Rodrigo Dourado ( quando voltou a sua posição de origem no segundo tempo), Aranguiz que também no segundo tempo voltou a atuar de segundo volante, onde sabe jogar e Valdívia. Este último infernizou a defesa adversária provocando a expulsão do zagueiro Geromel que estava nervosinho no jogo e já deveria ter sido expulso no primeiro tempo quando agrediu seu pai Dalessandro.

Após a partida, como de costume, dirigentes e o treinador do Botafogo dos pampas, reclamaram da arbitragem, da federação, do Papa Francisco, da mãe Diná e de mais alguns. A choradeira foi tão grande que a sala de imprensa teve uma parte alagada.

O número de empates ultrapassou o número de vitórias do time bi-rebaixado nos confrontos tornando-se a segunda força do futebol gaúcho. É por essas e outras que de acordo com a última pesquisa, a torcida colorada aparece como a maior do Rio Grande do Sul e o nosso ex-rival caminha a passos largos para disputar a segunda divisão pela terceira vez.


Edição de 29/04/2015 Ano VI nº 210




Espaço do Mosqueteiro - Em busca da Taça


Por Santiago Passos

Começo agradecendo ao meu fã clube, organizador de uma calorosa recepção na minha chegada para assistir ao jogo na Arena do Grêmio, com direito a faixa e foguetório. Fiquei muito honrado e cada vez mais motivado a seguir escrevendo esta coluna. Após uma longa viagem de Jaguarão a Porto Alegre na excursão organizada pelo Tarek, um gremista muito influente junto às organizadas do Grêmio, chegamos no bairro Humaitá no início da tarde de domingo. Os arredores da nova casa gremista fervilhavam de torcedores que chegavam de todos os lugares do estado e do Brasil para apoiar a equipe no primeiro jogo da final do campeonato gaúcho o que mostrava que a Arena iria ter o seu maior público da história. O espírito de festa era muito grande e a confiança no time treinado pelo Felipão também, alguns torcedores mais exaltados bradavam que a vitória tricolor viria pelos pés do Braian Rodriguez, acredito que isso era efeito do álcool e do sol forte na cabeça. Após algumas horas ensaiando cânticos motivacionais e depois de comer dois pastéis de queijo nos dirigimos até o portão para adentrar a Arena, o que se consegue fazer numa tranquilidade incrível, em 15 minutos estávamos dentro do estádio nos nossos lugares apesar do público de quase 47 mil pessoas. Se fosse no antigo pavilhão tricolor teríamos que entrar duas horas antes no estádio para garantir nossos lugares, não é à toa que a Arena do Grêmio foi eleito o melhor estádio privado do Brasil.

A partida começou com o time do Grêmio indo para cima, mostrando que queria ganhar o jogo. Os colorados retrancados e para ganhar uma bola no contra-ataque, com o Dallesandro se revezando com o Anderson Daronco na arbitragem da partida. Daronco que ganhou nota nove da FGF-SCI pelo seu trabalho no Grenal, só não ganhou nota dez por que não marcou penalidade máxima para o internacional. 
 
O time do Grêmio novamente pecou pela falta de imposição no ataque, Braian Rodriguez praticamente é inexistente lá na frente, sendo facilmente anulado pela fraca defesa colorada. Infelizmente este jogador não pode ser referência no ataque gremista. 
 
No segundo tempo, após uma expulsão duvidosa do melhor jogador do Grêmio em campo, o time colorado começou a se assanhar mais no ataque gremista, mas Muralha Grohe estava lá para dar segurança à equipe, para ficar clara a diferença entre os times, o internacional não conseguiu vazar a meta gremista apesar de jogar com um a mais praticamente o jogo inteiro , isso que a folha salarial deles é 10 milhões mais cara que a nossa. O empate em zero foi menos pior para o Grêmio do que para o adversário, pois temos a vantagem de não ter tomado gol em casa e um empate com gols na próxima partida dará o título gaúcho ao tricolor.

Mesmo com um jogador a menos o torcedor gremista acreditava e continuava apoiando o seu time, nunca vaiando um jogador seu. É um espetáculo lindo de se ver e que ainda me emociona só de lembrar.

No próximo domingo o Felipão deverá fazer algumas modificações na equipe. Cristian Rodriguez, que jogou somente 20 minutos, deverá ser titular, junto com Yuri Mamute e Wallace que entrou muito bem para recompor a defesa e foi um cão de guarda na frente da área. Neste domingo iremos levantar a primeira taça no estádio remendado do adversário, com um gol de cabeça do zagueiro Erazo, el Elegante.

Edição de 29/04/2015 Ano VI nº 210