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terça-feira, 3 de março de 2015

CANAL DE COMUNICAÇÃO - Foi-se o Carnaval

Por Arnoni Lenz

Já hoje quarta feira de cinzas, terminou-se o carnaval que em Jaguarão novamente foi sucesso. Lembro-me que alguns anos passados escrevi que o carnaval em clubes estava com os dias contados, fui criticado por alguns, mas a realidade aí está. Não existem mais condições, nem vontade do povo “se entocar” num clube para brincar, suar e não ter condições mínimas de botar para fora tudo que vem acumulando durante anos de muito trabalho, muita conta para pagar, impostos que só aumentam e maus governos, que pouco fazem em resposta ao muito que arrecadam. Isso tudo sem falar na corrupção que já faz parte do sistema administrativo de qualquer governo, estatal, autarquia , ou onde quer que seja e exista alguém mandando ou comandando. 

Tivemos uma fatalidade que enlutou uma família e que meu pai, fosse vivo, diria: excessos da juventude.A ninguém podemos culpar ou responsabilizar, talvez exigir um pouco mais de segurança por parte dos organizadores de trios, mas quem contém uma população nas horas de maior delírio. Foi realmente uma fatalidade , o que não pode ser dito com respeito ás brigas, poucas ainda bem, mas que já podem e devem ser contidas e posteriormente penalizadas por quem de direito. Para o carnaval como um todo, o que aconteceu não vai atingir e diminuir a receptividade que conseguiu em todo o sul do estado e além fronteiras. Está de parabéns o governo municipal, a comissão organizadora, os participantes como trios e escolas e principalmente o povo que é quem dá todo essa grandiosidade ao carnaval de rua. 

Agora, mãos no trabalho. Começando pela limpeza da cidade e retornando à vida normal, ao cotidiano, pois sabemos que está bom para os hermanos comprarem aqui, mas nosso comércio se queixa. Só não tem motivo de lamúrias nossa rede hoteleira ou gastronômica. Viam-se mais rostos “estrangeiros” do que jaguarenses. Não havia uma peça, um quarto ou uma posada que não estivesse lotada. Isso é muito bom para nós. Agora, falta devolver à nossa Cidade Heróica, nossa cidade que tem tudo para se tornar turística, aquele aspecto de limpa, ordeira, receptiva e que tem um povo educado. Acho que tem mesmo, falta poli-lo. Falta dizer à ele que não se joga papel no chão, que não se riscam paredes, que não se viram bancos em praças, que se plantam flores que não devem ser arrancadas por outros. Que podemos, sabemos e queremos ser tratados como um povo educado, atencioso, prestativo e que nos sentimos bem com isso. Vamos experimentar, nem que seja só por uma semana, convido até os que não são educados a brincarem que o são, por pouco tempo, vão ver que vão gostar, que podem até continuar a sê-lo e todos vamos ganhar com isso.

A frase diz que NINGUÉM DÁ O QUE NÃO TEM, mas tem outra que diz: NINGUÉM ATIRA PEDRAS EM QUEM OFERECE FLORES.

Edição de 26/02/2015 Ano IV nº201