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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Tarifa da Corsan terá reajuste de 7,66% a partir de junho

O Conselho Superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs) aprovou o reajuste da tarifa da Corsan de 7,66% na tarde desta quinta-feira (28). O índice passa a valer a partir de 1º de junho em todos os municípios atendidos pela concessionária.

A Corsan atende dois terços da população do Estado, o que equivale a 7 milhões de gaúchos, divididos em mais de 321 localidades. Cidades como Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, entre outras, não são afetadas pelo reajuste, porque possuem agências próprias, que são responsáveis pelo abastecimento. Em 2014, o reajuste foi de 6,04%.

Edição de 03/06/2015 Ano VI nº 215





Unipampa lança concurso de artesanato regional

A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Pampa promove o Concurso Cultural Artesanato do Pampa. O Edital tem como público alvo artesãos, que podem candidatar-se como pessoas físicas ou grupos, associações, coletivos constituídos em pessoa jurídica.

O objeto do concurso consiste na aquisição de peças de artesanato tradicional ou de referência cultural representativos do pampa gaúcho e confeccionados com pelo menos um dos seguintes materiais: couro, osso, madeira, lã natural.

Cada candidato selecionado receberá premiação de R$ 3 mil. Serão selecionadas até 20 propostas no total. As propostas deverão ser enviadas via Correios, até o dia 15 de julho, para o seguinte endereço:

PROEXT UNIPAMPA / CONCURSO ARTES DO PAMPA
AV. GENERAL OSÓRIO N. 1139 CEP 96400-100 – BAGÉ/RS

Cada candidato poderá apresentar apenas uma proposta, escolhendo uma das seguintes modalidades:

Artesanato tradicional: Conjunto de artefatos mais expressivos da cultura de um determinado grupo, representativo de suas tradições e incorporados à vida cotidiana, sendo parte integrante e indissociável dos seus usos e costumes. A produção, geralmente de origem familiar ou comunitária, possibilita e favorece a transferência de conhecimentos de técnicas, processos e desenhos originais. Sua importância e valor cultural decorrem do fato de preservar a memória cultural de uma comunidade, transmitida de geração em geração.

Artesanato de referência cultural: Sua principal característica é o resgate ou releitura de elementos culturais tradicionais da região onde é produzido. Os produtos, em geral, são resultantes de uma intervenção planejada com o objetivo de diversificar os produtos, dinamizar a produção, agregar valor e otimizar custos, preservando os traços culturais com o objetivo de adaptá-lo às exigências do mercado e necessidades do comprador. Os produtos são concebidos a partir de estudos de tendências e de demandas de mercado, revelando-se como um dos mais competitivos do artesanato brasileiro e favorecendo a ampliação da atividade.


Edição de 03/06/2015 Ano VI nº 215



Prefeitura realiza atividades para marcar a luta contra o abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes

Nos dias 2 e 3 de junho o Largo das Bandeiras foi palco de atividades que marcaram a luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. O evento em parceria entre a Secretaria de Educação e Desporto e a Secretaria de Desenvolvimento Social, através do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) teve como público alvo os estudantes das escolas municipais e estaduais, porém a ideia é também despertar o olhar de toda a comunidade diante desta importante luta.

Os estudantes tiveram a oportunidade de assistir a peça “Nosso Segredo”, da companhia teatral de Porto-Alegre Xebebel. Também integrando a programação deste movimento foi realizada na última semana uma visita dos organizadores às escolas, oportunidade em que conversaram com as crianças, distribuíram materiais informativos e convidaram para a peça teatral.

Segundo a coordenação do CREAS a ideia é que as crianças e adolescentes entre 09 e 16 anos, após assistirem a peça, façam um desenho que represente esta luta em Jaguarão, e que cada escola crie uma comissão para avaliar e escolher um desenho que irá para votação popular a fim de ser eleito como o símbolo municipal da campanha. Os desenhos selecionados estarão expostos no saguão da prefeitura para que toda a comunidade possa participar da votação marcada para os dias 15, 16 e 17 de junho. O prêmio para o desenho vencedor será uma bicicleta.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é celebrado em 18 de maio, porém esta luta deve ser lembrada sempre.


Edição de 03/06/2015 Ano VI nº 215


Doe Sangue, salve vidas “O amor corre nas veias”


Dia 20 de junho,  o Hemocentro Regional de Pelotas estará em Jaguarão para coleta de sangue de doadores voluntários na Santa Casa nos seguintes horários: das 09h às 11h30 e das 13h30 às 16h. 

Venha e seja um doador!

Edição de 03/06/2015 Ano VI nº 215







CANAL DE COMUNICAÇÃO - Audiência Pública

Por Arnoni Lenz

Participei na noite de hoje de uma audiência pública que tratava do lixo em nossa cidade. Fui até à biblioteca porque pensava que iria assistir alguma aula sobre o que vão fazer com os resíduos em geral em nosso município. Não interessando seu estado físico, sua origem, sua classificação. E desde já há muito tempo, mais de vinte anos, tenho uma grande preocupação com esse problema. Fui até penalizado judicialmente, contrariado politicamente e contestado de inúmeras maneiras. Não que pensasse que era eu, o único soldado de passo certo, mas por acreditar que o certo é o mais simples, é o obvio, é tentar, se não eliminar o lixo, pelo menos diminuí-lo num bom percentual. E isso, ainda acredito e podem ter certeza que estou certo, é vender a ideia certa para as pessoas certas. Para as crianças, para os jovens, para os futuros líderes, ocupantes dos cargos públicos, mas principalmente para o povo em geral. Ninguém limpa uma cidade sem a colaboração “consciente” do povo. Uma coisa ouvi na audiência: cidade limpa não é a que mais se limpa, cidade limpa é a que menos se suja. E se for suja constantemente, erroneamente, insistentemente, então só tem uma solução, penalizar quem suja e a penalização só é eficiente se for pecuniária. Se doer no bolso, e tem que ser uma dor forte. Para isso são preciso leis, são preciso fiscais, são necessárias cobranças efetivas e que tenham prazo para o pagamento. Isso além de “educar” por conseqüência vai aumentar a arrecadação municipal. E podem crer que num momento tão difícil, que se diz não existir dinheiro para nada, essa poderia ser uma maneira para consegui-lo. E como resultado, teríamos verba para limpar, melhorar e recuperar essa cidade que já foi bela, já foi limpa e já teve ruas com muito menos buracos, pois hoje ratifico minha afirmação: Jaguarão tem buracos no asfalto, no calçamento, onde não tem calçamento e tem buraco dentro de outro buraco, pois um não está terminado e já se inicia outro. 

A educação para a urbanidade deve começar em casa, deve fazer parte do currículo escolar. E aí deve estar incluído o respeito ao patrimônio público, noções elementares de educação social, um pouco de civismo e tantas coisas que em outras épocas já eram ensinadas nas escolas. Mas os tempos são outros, as exigência são outras, os costumes mudaram. A tecnologia já não quer mais saber de nada disso e quem não tem seu brinquedinho tecnológico ficou no passado. Mas quando se vê uma criança educada, uma criança que mostra respeito pelos mais velhos, uma criança que no frigir dos ovos ,sabe se portar, todo mundo a admira e tem simpatias especiais por ela. Mas fugi totalmente do assunto, nada falei sobre a audiência pública, então lá vai: foi ótima do ponto de vista deles. Foi ótima se tivesse sido apresentada para pessoas que estão ligadas ao problema como técnicas. Foi razoável para o leigo entender que para o ano vem mais imposto, pois a balança entre receita e despesa, com os valores de tudo que trata do lixo hoje está deficitária. Foi muito técnica e com dados muito falhos, não errados, dados faltando. A metade não tinha dados fornecidos pela prefeitura. Mas também nos foram vendidas algumas esperanças, não pelos palestrantes de fora, por gente nossa. Vamos aguardar que tudo não fique só nas promessas e queremos estar aí para testemunhar. È bom lembrar que para isso não pode demorar muito pois o tempo passa célere. Bem, para finalizar só peço que pensem nas seguintes situações: a primeira quando um adulto corrige uma criança e tenta educá-la e a segunda, quando uma criança educa um adulto e tenta educá-lo. Qual das duas tem efeito mais positivo.O problema maior é que tudo se explica pela frase: NINGUÉM DÁ O QUE NÃO POSSUE.

Edição de 03/06/2015 Ano VI nº 215


Reduzir, Reutilizar e Reciclar

Por Andréa Lima

Acompanhei, na noite desta segunda-feira, a audiência pública voltada para a apresentação e o debate do diagnóstico do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. A atividade, que aconteceu na Biblioteca, foi uma realização da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, em parceria com uma equipe multidisciplinar da Azonasul.

O evento possibilitou aos presentes um maior conhecimento da realidade que enfrentamos hoje em Jaguarão, no que diz respeito à gestão e à destinação dos resíduos que produzimos, sejam eles recicláveis ou orgânicos, entre outros.

Para quem não sabe, está em curso uma política nacional, amparada em legislação no país, estados e municípios, que atribui à toda sociedade a responsabilidade pela segregação dos resíduos, bem como seu reaproveitamento e a implantação de projetos de reciclagem. Isto quer dizer que não basta pensarmos, de forma cômoda, que o somente o poder público é responsável por dar conta daquilo que descartamos, mas precisamos entender, de uma vez por todas, que também somos agentes deste processo.

Observando os dados, também vimos que em nosso município são coletados, em média, 400 toneladas/mês de resíduos sólidos domiciliares. Considerando a população urbana de 27.942 habitantes, teremos a média de geração de 171.8 Kg/habitante/ano, e uma geração per capita de 0,47kg/habitante/dia.

Para onde vai o que jogamos fora a partir de nossas casas?

Após a coleta para a estação de transbordo, este material é transportado até o Aterro Sanitário Metade Sul, em Candiota. Desde 2009, contamos, também, com a coleta seletiva, com os trabalhadores e trabalhadoras organizados através da Cooadesps, que é contratada pela Prefeitura Municipal. É estimado que este serviço abranja cerca de 80% do Município, mas ainda pode e deve ser ampliado.

No que diz respeito aos tipos de materiais que descartamos, os estudos demonstraram que, em termos de volume, 50% são rejeito (papel higiênico, fraldas, etc), 33% recicláveis e 17% orgânicos.

Tratando da parte financeira, são alarmantes os recursos públicos que precisamos aplicar para a coleta, transbordo e destinação final do lixo. Somente em 2014, foi aplicado mais de um milhão de reais nestes serviços.

Pensando um pouco nos números, é possível perceber que poderíamos reduzir, e muito, o nosso lixo, ao invés de pagarmos para mandá-lo para outra cidade. Em boa medida, isto poderia ser feito com medidas simples.

Outro dia assisti em um programa, por exemplo, uma experiência super bacana implantada em São Paulo. Lá, a Prefeitura construiu uma política pública para o incentivo da compostagem caseira, com um programa chamado Composta São Paulo.

Com o cadastro de interessados a partir da internet, foram distribuídos kits simples de compostagem para cerca de duas mil pessoas. Estas também receberam formação para a correta transformação dos resíduos orgânicos em adubo, que passaram a ser utilizados como fertilizantes naturais para o cuidado com as plantas e o cultivo de hortas domésticas. Quem recebeu os kits, passou a disseminar o aprendizado para os amigos e vizinhos mais próximos e, assim, formou-se uma rede de pessoas envolvidas com a popularização desta prática.

Os dados não deixam dúvidas sobre seus benefícios: passados seis meses do início do projeto, mais de 250 toneladas de resíduos orgânicos foram compostados e dados coletados de mais de 1.500 domicílios demonstram que, além de uma alternativa viável, a compostagem é uma poderosa ferramenta de educação ambiental e promoção da qualidade de vida.

Eu, ainda que tardiamente, comecei a implantar aqui em casa. A produção de lixo caiu para bem menos da metade. Imagina se esta conta fosse multiplicada para todos os lares?

Edição de 03/06/2015 Ano VI nº 215