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quarta-feira, 10 de junho de 2015

CANAL DE COMUNICAÇÃO - Audiência Pública

Por Arnoni Lenz

Participei na noite de hoje de uma audiência pública que tratava do lixo em nossa cidade. Fui até à biblioteca porque pensava que iria assistir alguma aula sobre o que vão fazer com os resíduos em geral em nosso município. Não interessando seu estado físico, sua origem, sua classificação. E desde já há muito tempo, mais de vinte anos, tenho uma grande preocupação com esse problema. Fui até penalizado judicialmente, contrariado politicamente e contestado de inúmeras maneiras. Não que pensasse que era eu, o único soldado de passo certo, mas por acreditar que o certo é o mais simples, é o obvio, é tentar, se não eliminar o lixo, pelo menos diminuí-lo num bom percentual. E isso, ainda acredito e podem ter certeza que estou certo, é vender a ideia certa para as pessoas certas. Para as crianças, para os jovens, para os futuros líderes, ocupantes dos cargos públicos, mas principalmente para o povo em geral. Ninguém limpa uma cidade sem a colaboração “consciente” do povo. Uma coisa ouvi na audiência: cidade limpa não é a que mais se limpa, cidade limpa é a que menos se suja. E se for suja constantemente, erroneamente, insistentemente, então só tem uma solução, penalizar quem suja e a penalização só é eficiente se for pecuniária. Se doer no bolso, e tem que ser uma dor forte. Para isso são preciso leis, são preciso fiscais, são necessárias cobranças efetivas e que tenham prazo para o pagamento. Isso além de “educar” por conseqüência vai aumentar a arrecadação municipal. E podem crer que num momento tão difícil, que se diz não existir dinheiro para nada, essa poderia ser uma maneira para consegui-lo. E como resultado, teríamos verba para limpar, melhorar e recuperar essa cidade que já foi bela, já foi limpa e já teve ruas com muito menos buracos, pois hoje ratifico minha afirmação: Jaguarão tem buracos no asfalto, no calçamento, onde não tem calçamento e tem buraco dentro de outro buraco, pois um não está terminado e já se inicia outro. 

A educação para a urbanidade deve começar em casa, deve fazer parte do currículo escolar. E aí deve estar incluído o respeito ao patrimônio público, noções elementares de educação social, um pouco de civismo e tantas coisas que em outras épocas já eram ensinadas nas escolas. Mas os tempos são outros, as exigência são outras, os costumes mudaram. A tecnologia já não quer mais saber de nada disso e quem não tem seu brinquedinho tecnológico ficou no passado. Mas quando se vê uma criança educada, uma criança que mostra respeito pelos mais velhos, uma criança que no frigir dos ovos ,sabe se portar, todo mundo a admira e tem simpatias especiais por ela. Mas fugi totalmente do assunto, nada falei sobre a audiência pública, então lá vai: foi ótima do ponto de vista deles. Foi ótima se tivesse sido apresentada para pessoas que estão ligadas ao problema como técnicas. Foi razoável para o leigo entender que para o ano vem mais imposto, pois a balança entre receita e despesa, com os valores de tudo que trata do lixo hoje está deficitária. Foi muito técnica e com dados muito falhos, não errados, dados faltando. A metade não tinha dados fornecidos pela prefeitura. Mas também nos foram vendidas algumas esperanças, não pelos palestrantes de fora, por gente nossa. Vamos aguardar que tudo não fique só nas promessas e queremos estar aí para testemunhar. È bom lembrar que para isso não pode demorar muito pois o tempo passa célere. Bem, para finalizar só peço que pensem nas seguintes situações: a primeira quando um adulto corrige uma criança e tenta educá-la e a segunda, quando uma criança educa um adulto e tenta educá-lo. Qual das duas tem efeito mais positivo.O problema maior é que tudo se explica pela frase: NINGUÉM DÁ O QUE NÃO POSSUE.

Edição de 03/06/2015 Ano VI nº 215


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