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terça-feira, 12 de maio de 2015

Jaguarão. Ontem, Hoje - Campanha Cívica (1990)

Por Cleomar Ferreira

CÂMARA JÚNIOR DE JAGUARÃO

O Rotary Clube Jaguarão Leste desenvolveu em 1990, uma campanha cívica no sentido de resgatar principalmente no jovem a exteriorização de atitudes de respeito e consideração para com os “Símbolos Nacionais”.

É consenso aceito internacionalmente, que um povo revela o seu grau de educação e cultura de acordo com o tratamento dispensado aos seus símbolos.”

O RCJL, observando, durante as comemorações da Semana da Pátria, atitudes as mais variadas por parte da população, por ocasião dos hasteamentos e arriamentos do Pavilhão Nacional em praça pública, considerou a necessidade de levar à população conhecimentos que lhe possibilitassem desenvolver ações condizentes com a representatividade dos “símbolos nacionais”.

Com esta finalidade o RCJL, programou e desenvolveu visitas a todos os estabelecimentos de ensino estaduais e municipais de Jaguarão naquele ano. Eram feitas palestras e após era hasteado ou arriado o Pavilhão Nacional acompanhado do canto do Hino Nacional.

Diversos órgãos municipais participaram destes eventos com representantes do Executivo, Legislativo e outros clubes de serviços e entidades.

O 12º RCMec se fazia presente enviando oficiais e praças, além de uma banda de clarins que dava mais brilhantismo aos atos.

Em suas palestras que antecediam os atos cívicos, o RCJL procurava enfatizar a responsabilidade das gerações em transmitir às próximas, um País cada vez melhor, - mais culto, mais patriótico, melhor educado, redundando num melhor desenvolvimento político e social.

Através desta campanha era lembrado aos jovens , os sacrifícios de nossos antepassados para nos legar o hoje continental e democrático País. – O tanto de vidas humanas, de sangue derramado, que custaram as atuais e definitivas fronteiras do Brasil.

A esses fatos é associada a representatividade da Bandeira e do Hino Nacional. Faz ver aos jovens a existência de povos sem Pátria que peregrinam pelo mundo. Para que meditem e convençam-se da gratidão de vida a seus antepassados, representados hoje ( e sempre ) na majestade de nossa Pátria e simbolizados, principalmente na Bandeira Nacional.

Interessante esta campanha do Rotary. Seria bom repeti-la nos dias atuais. É triste de ver a pouca participação popular e também escolar nos eventos cívicos, principalmente na semana da Pátria.
É isso aí, um abraço e até a próxima edição.

Fonte: imprensa local. – Bibl. Públ.Mun. 1990.

Edição de 06/05/2015 Ano VI nº 211



Cultura em pauta

Por Andréa Lima

Maio será um mês de grande movimentação cultural em nossa fronteira. Isto porque nos dias 11 e 12, segunda e terça-feira da semana que vem, haverá a 3ª Conferência Municipal de Cultura e, entre os dias 27 e 30, sediaremos as atividades do Mercosul Cultural em nossa cidade, com a 11ª Reunião da Comissão de Patrimônio Cultural, que pretende mobilizar gestores e representantes dos países membros e associados ao bloco. 

Esta atividade conta com a organização do Ministério da Cultura e faz parte de uma série de agendas que estão acontecendo no país em distintas cidades, ao longo deste mês, para a articulação de estratégias e políticas de integração internacional, no contexto da Presidência Pro Tempore brasileira do Mercosul. 

O debate sobre o patrimônio cultural acontece simbolicamente em nossa cidade, pois, nem todo mundo sabe, mas a Ponte Barão de Mauá, além de ser o primeiro bem binacional – transfronteiriço -, reconhecido como patrimônio cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é, também, o primeiro bem cultural protegido pelo Mercosul. 

O reconhecimento internacional foi aprovado durante a  7ª Reunião da Comissão do Patrimônio Cultural do Mercosul, que foi realizada na sede do IPHAN em Brasília, no ano de 2012, com representantes dos organismos gestores do patrimônio cultural da América do Sul. 

Os integrantes da Comissão destacaram no monumento os critérios estabelecidos pelo Mercosul Cultural como preponderantes para o reconhecimento integrado de bens, como, por exemplo, a expressão de “valores que, no passado ou no presente, estejam associados a processos históricos vinculados aos movimentos de autodeterminação ou expressão comum da região perante o mundo; esforços de união entre os países da região; estar diretamente relacionado a referências culturais compartilhadas por mais de um país da região; e oferecer, no presente ou no futuro, fator de promoção da integração dos países, com vistas a um destino comum”. 

Esperamos que esta agenda promova bons debates para a formulação de políticas públicas mas, mais do que isto, culmine em ações concretas para a valorização da cultura e do patrimônio cultural nos países da América do Sul. 

Falando, agora, da 3ª Conferência Municipal de Cultura, seu objetivo principal será o de reunir gestores públicos e a comunidade cultural para o debate e a articulação de ações visando à regulamentação do Sistema Municipal de Cultura, instituído em Jaguarão pela Lei nº 6.102, de 07 de janeiro de 2015. 

O evento dará início ao processo de construção do Plano Municipal de Cultura, que deve ser aprovado por lei e ter a vigência de dez anos, do Programa de formação na área cultural e ao Sistema de Financiamento através de editais públicos, com o objetivo de democratizar, fomentar projetos e assegurar a garantia dos direitos culturais da população. Como uma das principais atividades, também acontecerá a eleição do Conselho Municipal de Política Cultural, órgão colegiado de caráter deliberativo, consultivo, normativo e fiscalizador, que será o principal espaço de participação social institucionalizada, de caráter permanente, na estrutura do Sistema Municipal de Cultura. 

Amplia-se, assim, o controle efetivo da sociedade na formulação, implementação e fiscalização das políticas culturais, o que não deve ser encarado como um favor ou privilégio, mas, sim, como a garantia de um direito social, assegurado à todos e à todas pela Constituição. Parabéns, Jaguarão! Salve a cultura em nosso horizonte. 

Edição de 06/05/2015 Ano VI nº 211