Um espaço aberto para o leitor

sábado, 16 de maio de 2015

Eleições departamentais no Uruguai: analise e resultados

O cientista político Juan Carlos Doyenart analisou os resultados das eleições departamentais no país vizinho, Uruguai, onde o Partido Nacional conquistou doze departamentos, o Frente Amplio quatro e o Partido Colorado, um. Ainda faltam os resultados de Salto e Paysandú. O Partido Nacional alcançou a vitória em Artigas, Lavalleja, Tacuarembó, Durazno, Treinta y Tres, Soriano, Flores, Florida, Cerro Largo, Maldonado, Colonia y San José.

O Frente Amplio ganhou em Montevideo, Canelones, Río Negro e Rocha e disputa com o Partido Colorado a Intendência de Salto e com o Partido Nacional a de Paysandú.

Já o Partido Colorado ganhou em Rivera, e espera o final do escrutínio em Salto, onde poderia se confirmar a vitória de Germán Coutinho.

O cientista político Juan Carlos Doyenart afirma que um dos aspectos mais destacados é a votação de Edgardo Novick em Montevideo (cerca de 21%) e recordou a trajetória de Pedro Bordaberry a partir da boa votação nas eleições departamentais de 2005, quando obteve 26%.

Para Doyenart não seria difícil que Novick ocupe o lugar de Bordaberry, sendo que o mesmo utilizou a estrutura do partido colorado em Montevideo para posicionar sua candidatura , porém ele ressalta que ainda é muito cedo para afirmar quais serão os que seguirá o candidato, no caso em que decida projetar-se nacionalmente. 

Doyenart disse ainda que a vitória de Novick na Concertación é um golpe duro para o Partido Nacional e o Partido Colorado que deverão replanejar sua estratégia em Montevideo, onde o Partido Partido Colorado elegeu somente um edil. “O objetivo de Novick era ingressar na vida política e isso ele conquistou”, completou.

Quanto ao desempenho do Partido Nacional, Doyenart destacou a quantidade de departamentos ganhos e particularmente a força que tem os líderes locais. Nessa linha apontou aqueles dirigentes que foram colocados ou apoiados por líderes de projeção nacional como Álvaro Garcé y Sebastián Andujar en Montevideo e Canelones.

Sobre esse ponto, lembrou que os líderes locais do Partido Nacional deveriam repensar sua posição no partido dado o respaldo que tiveram em todo o país. 

Sobre a vitória de Daniel Martínez, Doyenart disse que ficou claro que o “MPP não é o Mujica e que Lucía Topolansky também não é o Mujica”. “Os uruguaios tem a maturidade para não votar no filho de ou na esposa de”, afirmou. 

Resultado das eleições em Cerro Largo:

PARTIDO NACIONAL 36640
Sergio Botana 30845
Milton da Silva 3245
Nelson Cuadrado 2250

FRENTE AMPLIO 20157
Alfredo Fratti 9922
Yerú Pardiñas 5003
Pablo Guarino 5030

PARTIDO COLORADO 1771
Walkiria Olano 1771

ASAMBLEA POPULAR 116
Paul Saravia 116 

Resultados em Rio Branco

PARTIDO NACIONAL: 7170
Christian Morel 3318
Marcos Lopez 2656
Jorge Antonio Rivas 929
Luis Machado 56
Julio Wassen 104
Beatriz Nader 55
Héctor Méndez 29

FRENTE AMPLIO: 2825
Geener Amaral 967
Sandro Telis 377
Leonardo Acevedo116
Maria Julia de Los ángeles 129
Yamila Bondad 759
Marcelo Amaya 433

PARTIDO COLORADO: 178
Juan Lay 178

Edição de 13/05/2015 Ano VI nº 212

 

Bella Medicina e Estética tem promoção no Mês das Mães


Santas Casas e Hospitais Filantrópicos realizam mais uma manifestação

Manifestantes pedem que o Estado cumpra os contratos com hospitais e 
reveja a questão do financiamento da saúde pública Foto: Bruna Scirea / Agência RBS
No dia de hoje (13), as 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul realizam mais uma manifestação com intuito de chamar atenção da comunidade sobre a grave crise que estão inseridas e, especialmente, cobrar do Governo do Estado repasses atrasados que alcançam, atualmente, mais de R$ 230 milhões.

No dia 06 de maio diversas atividades marcaram o Dia D Municipal das Santas Casas do RS. Em Jaguarão o ato foi em frente à sede do Banrisul. De acordo com o Gestor- Presidente da Santa Casa, João Cláudio Pedroza a ação foi uma oportunidade de mostrar para as pessoas as razões dos problemas que o Hospital vem enfrentando.

O dia D Estadual acontece às 11h, na Frente do Palácio Piratini, em Porto Alegre. Dezenas de caravanas dos mais diversos municípios do Estado apresentarão ao Governador José Ivo Sartori o montante de atendimento que será reduzido, tendo em vista os cortes orçamentários efetuados.

As Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS integram a maior rede hospitalar do Estado, respondem por 73% dos atendimentos SUS, empregam mais de 65 mil trabalhadores e vem trabalhando, desde outubro do ano passado, com atrasos e cortes no seu orçamento. Repasses dos meses de outubro e novembro de 2014 ainda estão pendentes (R$ 132,6 milhões) e desde janeiro de 2015 não recebem verbas do co-financiamento Estadual (R$ 25 milhões/mensais).

Entenda o porquê das manifestações:

O que o Governo do Estado vem pagando em dia?
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul vem pagando em dia as verbas que são repassadas pelo Tesouro Federal. Verbas referentes à produção das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. As entidades recebem pela prestação de serviços.

O que as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos estão exigindo se os pagamentos estão em dia, segundo o Governo do Estado?

Nos meses de outubro e novembro de 2014, R$ 132,6 milhões referentes à produção dos hospitais não foram repassados. Não se trata de uma questão de Governo “A” ou “B” e sim de uma questão de Estado. Desde início dos atrasos nos repasses estamos reivindicando o pagamento desse montante.
Em 2015, outra fonte de recurso dos hospitais foi cortada. O denominado co-financiamento estadual (criado em 2002), foi excluído do orçamento (mesmo com a aprovação na Assembleia Legislativa). Este recurso de custeio, equivalia a R$ 25 milhões mensais para a rede. Logo, em 2015 serão R$ 300 milhões a menos para os hospitais.

O Governo do Estado diz que está aberto ao diálogo, porque as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos não sentam para negociar?
Muitas reuniões foram feitas para chegarmos em um consenso com o Governo do Estado. As únicas respostas que temos são: reconhecemos a dívida de 2014 mas não temos verba para pagar e o Governo do Estado não reconhece o programa de co-financiamento que já vem sendo aplicado há 13 anos. Com a redução de orçamento, não resta outra alternativa senão a redução nos atendimentos/leitos/pessoal. Não há como manter o mesmo número de atendimentos/leitos/pessoal, com a redução de orçamento, é básico.

O Governo do Estado vem afirmando que já aumentou imensamente os valores para as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. Fala-se até de mais de 600% de aumento. Como essas instituições estão em crise?

Estes valores dizem respeito ao pagamento de programas específicos criados pelos Governos Estaduais. São mais de 16 programas criados. Os hospitais tiveram que adaptar sua estrutura para proporcionar atendimentos relativos aos mesmos. Contratação de pessoal, adequação de locais dentro dos hospitais, criação de mais leitos, entre outros. Ou seja, os hospitais receberam mais, sim. Porém, investiram e aumentaram estrutura para a realização destes programas. Entre eles: rede cegonha, mamãe canguru, saúde mental, etc.

Edição de 13/05/2015 Ano VI nº 212




Senzala - Oferta de Imóveis em Jaguarão


Interior apto Carlos Barbosa