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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Espaço do Saci - Ainda é Muito Cedo

Por Marcos Sagrera

O internacional enfrentou o Corinthians em São Paulo pelo campeonato brasileiro no domingo passado de apesar de ter quase meio time de desfalques, fez uma boa partida. Não merecia ter perdido. Criou chances, meteu bola na trave, teve posse de bola e teve o domínio de jogo em boa parte do jogo. Merecíamos uma melhor sorte no jogo, mas futebol é assim, às vezes se joga bem e perdesse o jogo, em outras, não jogasse nada e o time sai com a vitória.

Jogando com Ernando deslocado para a lateral esquerda, com Jorge Henrique no meio de campo e Rafael Moura de centroavante, o time ficou muito descaracterizado. Os reservas Lisandro Lopes e Anderson fizeram muita falta. Jogando com dois jogadores que são terceiro reservas e mais outros dois reservas imediatos no meio de campo, um time não tem como manter um entrosamento e uma mecânica de jogo que se exige, apesar de tudo isso, fizemos um enfrentamento a altura e poderíamos ter saído do Itaqueirão com a vitória. A conclusão que se tira de tudo isso, é que realmente o internacional tem um grupo qualificado para o restante do ano e os jogadores estão focados para conquistar os títulos.

Sem Aránguiz ou Anderson, o meio de campo perde muito na saída de jogo e a bola não chega redonda no ataque e nos jogadores de frente, Nico Freitas é um jogador de marcação e apenas isso. Alex melhorou um pouco em relação ao último jogo, mas não é Dalesandro. Rafael Moura, apesar de ter feito uma boa partida, dentro do que se espera dele, fica muito abaixo de Lisandro Lopes e Jorge Henrique em relação à Valdívia, não preciso nem comentar. O Colorado foi a São Paulo sem Geferson, Aranguiz, Dale, Sasha, Valdívia, Lisandro Lopes e Anderson e mesmo assim enfrentou o time forte do Corinthians fora de casa de igual pra igual.

Para o próximo jogo, voltam Anderson e Lisandro, o time já terá outra cara e terá que vencer. Uma sequência de vitórias para ficar próximo dos líderes se faz necessária e elas terão que vir, mesmo sem os principais jogadores.

Ainda é muito cedo e times conhecidos como cavalos paraguaios e e sem tradição como Grêmio, Sport, Atlético Paranaense, Havaí e outros mortos estão na parte de cima. Esses, a gente sabe que não ganharão nada e no final do ano estarão brigando para não serem rebaixados. Mas outros, como São Paulo, Corinthians, Atlético Mineiro e Cruzeiro, estão crescendo e é com esses que o colorado precisa se preocupar.

Edição de 17/06/2015 Ano VI nº 217





Parceria entre Prefeitura e FURG oferece curso de atualização em dependência química


Na última quarta-feira (03) profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social e segurança participaram do curso de atualização em dependência química com oficinas de prevenção e tratamento, ministrado por profissionais da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A atividade que aconteceu na Biblioteca Pública contou com a presença de brasileiros e uruguaios.

Conforme o secretário de Saúde, Celso Caetano, este é o segundo ano que o curso é realizado em Jaguarão. “Essa parceria que firmamos com a FURG é muito importante e positiva para o nosso município. Considero serem fundamentais estas ações em torno de um tema que está muito presente em nossa sociedade”, destaca o secretário que participou da abertura do curso juntamente com a secretária de Educação e Desporto, Roseli Calvetti.

Ainda segundo Celso cabe ressaltar a importância da atualização e preparação destes profissionais. “É muito importante que os profissionais da educação saibam como lidar com este tema. O trabalho na escola é extremamente importante neste processo, pois através da educação muitas vezes consegue-se evitar que crianças e jovens partam para o uso de drogas. Infelizmente muitos caem no vício e a partir daí são os profissionais da assistência social e da saúde que estarão realizando esse atendimento. No caso da saúde temos muitas demandas no Caps e no hospital, por isso é fundamental que os profissionais estejam preparados”, observa.


O curso terá continuidade nos dias 10/6, 17/06, 24/06 e 1º/07, oportunidade em que serão abordados diversos temas específicos, entre eles, a família e a dependência química, a rede de Jaguarão, a política nacional sobre drogas e a política nacional sobre o álcool além de abordagens terapêuticas do usuário de crack e outras drogas.

Edição de 10/06/2015 Ano VI nº 216




Coluna Gente Fronteiriça - As políticas públicas para o patrimônio em Jaguarão - II

Por Carlos José Maninho

Dando continuidade ao texto desta coluna de 14 de maio sobre o Projeto Jaguar do inicio dos anos 80. Que importantes frutos desse Movimento germinaram nas últimas duas décadas do século XX!

Vamos a eles: Um convênio entre Prefeitura e Ufpel (1987), que leva ao surgimento posterior do PRIJ - Programa de Revitalização Integrada de Jaguarão (1992). Ainda em 1987 foi fundada a SIC, Sociedade Independente Cultural, com forte influência deste movimento e que vai protagonizar atividades importantes na área cultural, e servir de base para a equipe da gestão de Cultura em 2009. Em 1990 a cidade teve 04 prédios tombados pelo IPHAE (Teatro Esperança, Ruínas da Enfermaria Militar, Igreja Divino Espírito Santo e Casa de Cultura). Em 1997 começa o processo de municipalização do Teatro Esperança, que completou 100 anos em 1998. A partir daí, a linha histórica já mais afastada daquele movimento inicial segue, porém tocando naqueles pontos já levantados no Projeto Jaguar. Mais recentemente o projeto de Turismo na Costa Doce formatou em Jaguarão o primeiro dos Roteiros de Arquitetura e iniciou em 2005 a promoção de um encontro anual sobre arquitetura, turismo cultural e preservação, o Seminário de Arquitetura de Jaguarão. Em 2006 é fundada a Universidade Federal do Pampa, onde Jaguarão é contemplada com um Campus desta instituição, o que irá potencializar a cidade e região do ponto de vista cultural. Em 2009 vem o lançamento da obra "Roteiros de Arquitetura da Costa Doce - Rio Grande do Sul" organizada por Luiz Antônio Custódio, Ceres Storchi e Vlademir Roman, trazendo um panorama sintético e visual do patrimônio da cidade, oriundo desta última movimentação.

Com a mudança da Gestão municipal em 2009, a Secretaria de Cultura e Turismo é desmembrada do Desenvolvimento Econômico, e o grupo que assumiu esta pasta tinha influência direta do Projeto Jaguar e da SIC. Este é um fator importantíssimo para que um setor público de cultura possa ter êxito, e especificamente aqui o patrimônio cultural: Pessoas que tenham envolvimento direto com a questão patrimonial, e estejam abertas ao debate público. Por isso, é um momento onde os passos se dão de forma mais acelerada para a consolidação de políticas públicas para o Patrimônio Cultural, dando sequência a uma nova fase deste processo que vinha caminhando positivamente, mas a passos mais lentos desde o final dos anos 80. Neste novo momento a gestão pública conseguiu juntar alguns quadros ligados ao movimento cultural associados ao conhecimento técnico em algumas áreas. Isto, associado a vontade de colocar em prática políticas públicas que dessem conta desta riqueza patrimonial que a cidade possuía, levou o município a dialogar mais diretamente com o IPHAN. Em abril (2009) organizou-se o Fórum de Patrimônio Histórico e Cultural de Jaguarão, em parceria com aquele órgão. A partir daí, aconteceram muitos outros encontros, destacando o Seminário Internacional do Bioma Pampa, em abril do mesmo ano, e a criação da Associação das Cidades Históricas do Rio Grande do Sul. Neste mesmo ano selou-se a parceria entre IPHAN e Prefeitura Municipal para o Centro de Interpretação do Pampa nas antigas ruínas militares. Porém mais do que isto, foi estabelecido outra parceria, desta vez com a Unipampa, onde esta se responsabilizará pela Gestão do Centro de Interpretação do Pampa, bem como os procedimentos futuros para sua revitalização.

Para deixar mais claro esta “aceleração”, que também foi possível pela mudança da conjuntura nacional a partir de 2002, citarei alguns acontecimentos: a restauração do Teatro Esperança que está sendo concluída nos próximos três meses; Em 2011 o tombamento nacional do Centro Histórico de Jaguarão; Em 2012 o tombamento Binacional da Ponte Internacional Mauá e ainda em 2013 teve 11 projetos aprovados pelo PAC das Cidades Históricas, que totalizarão 40 milhões de reais; Ainda, com os debates com grupos que não tinham maior visibilidade como aqueles ligados a religiosidade afro-brasileira, também se despertou as atividades relacionadas às festas de Iemanjá e São Jorge, tradicionais porém se encontravam invisíveis para muitos jaguarenses. Nos últimos três anos já tivemos duas visitas de Ministros da Cultura, sendo a última no mês passado, num evento do Mercosul, tendo a presença da Ministra de Educação e Cultura do Uruguai, além de autoridades de outros países do bloco. Por fim, a criação do Conselho Municipal de Politicas Culturais é outro exemplo deste momento importante para a cidade neste campo.


Concluindo, entendo que neste processo de discussão patrimonial em Jaguarão, que começou a tomar fôlego no início da década de 80, e que veio lenta e gradualmente se construindo nas duas décadas posteriores, vai ter uma efetividade maior quando se partiu para um pensar e uma prática governamental e não governamental que implicou a busca de participação de vários grupos envolvidos com o tema, e a vontade, incomum em gestões, de colocar a cultura como tópico principal em suas políticas públicas.

Edição de 10/06/2015 Ano VI nº 216




Medidas propostas pelo governo do estado podem acabar em greve na educação e segurança pública

O governo do Estado encaminhou um pacote com 11 projetos à Assembleia Legislativa, no começo da tarde do dia 03 de junho. Segundo o Executivo gaúcho, o objetivo é estancar a crise financeira. Há medidas que aumentam a alíquota sobre doações e heranças, mexe em conquistas de servidores e proíbe, por exemplo, que um governo conceda reajuste e deixe para a próxima gestão pagar. Das 11 propostas, apenas uma foi em regime de urgência e poderá trancar a pauta da Assembleia. É o projeto que altera os critérios de promoção dos oficiais da Brigada Militar. A maioria das medidas, se aprovadas, vale para 2016.

O pacote chamado pelo governo de “ajuste fiscal gaúcho – fase 2 -”, foi apresentado pelo chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, que estava acompanhado dos secretários Geral, Carlos Búrigo, e da Fazenda, Giovani Feltes. Com as medidas que aumentam a receita, o governo projeta uma arrecadação de R$ 400 milhões por ano no futuro, já que os projetos, se aprovados pelos deputados, passavam a valer em 2016. Questionado se o nome do pacote é uma tentativa para sensibilizar a oposição, principalmente o PT (já que o Governo Federal, petista, também tenta promover um ajuste fiscal), Biolchi foi taxativo: “Não é uma estratégia, nós precisamos fazer um ajuste fiscal de verdade”. “É uma necessidade”, completou Feltes.

Além dos projetos, o governo do Estado apresentou três decretos, que serão publicados posteriormente no Diário Oficial. O primeiro deles prorroga por mais 180 dias o documento em vigor desde janeiro de 2015 e que corta diárias e horas-extras e suspende o pagamento de fornecedores. A medida deve gerar uma economia de R$ 1,07 bilhão neste ano. O segundo cria o Programa de Reorganização, Aperfeiçoamento e Promoção da Eficiência da Administração Pública Estadual. Já o último trata da publicação nominal dos salários dos servidores em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Alguns das medidas devem provocar polêmica na Assembleia Legislativa e entre as diferentes categorias de servidores. Uma delas é a Lei Estadual de Responsabilidade Fiscal que proíbe que o administrar faça compromissos para o futuro gestor. Isso vetaria, por exemplo, os reajustes concedidos pelo governo Tarso Genro (PT) ao funcionalismo, já que foi parcelado. “Ela não traz uma política fiscal de governo, mas uma política de Estado”, afirmou o chefe da Casa Civil, ressaltando que essa legislação possibilitará somente os reajustes “que se tem condições”. “Entendemos que esse é um dos principais projeto de alcance perene”, acrescentou ele, apesar de não ter impacto financeiro.

Outro projeto que deve gerar polêmica é o que transforma a licença prêmio em licença capacitação e retira o caráter cumulativo e indenizatório. Na justificativa, o governo argumenta que as despesas com indenização dessas licenças aumentaram “de forma considerável” nos últimos anos. Como se trata de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), em caso de ser aprovada, a PEC não atingirá só os servidores do governo, mas dos outros poderes do Estado.

Também deve repercutir a proposta que põe fim à incorporação da Função Gratificada (FG) que os servidores adquirem ao trabalhar em outros poderes, como Assembleia Legislativa, Poder Judiciário e Ministério Público. A medida, conforme Biolchi, reduzirá o número de cedências e também os gastos futuros do Estado com aposentadorias. “Ele conquista o benefício por um lado e manda a conta para outro Poder. Certamente aumentamos o passivo de aposentadorias”, argumentou o chefe da Casa Civil. Questionado se o projeto não causaria descontentamento entre servidores, ele afirmou que não, ao contrário, uma vez que é uma minoria beneficiada. “Nem todos têm a oportunidade de incorporar FG na carreira”, justificou Biolchi.

Ainda em relação a conquistas dos servidores, o governo propõe o fim da promoção por merecimento dos policiais militares. Hoje, os brigadianos que trabalham em órgãos do governo, como a Secretaria de Segurança, ou em outros poderes têm direito à promoção. “Julgo uma boa inovação que faz com que privilegie quem está em atividade”, avaliou o chefe da Casa Civil, referindo-se ao trabalho específico na área de segurança.

Presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Leonel Lucas disse que recebeu “com preocupação” o pacote do governo e que as medidas anunciadas só prejudicam a segurança pública e, em consequência, a sociedade. “O governo não está dando bola para a segurança pública ao não chamar os concursados”, argumentou ele, sobre os 2 mil concursados que aguardam nomeações. Sobre o projeto para trazer os inativos de volta, ele acredita que não irá ocorrer, porque os atrativos não compensam ao contrário do que, conforme Lucas, renderia “os bicos” feito pelos aposentados. “O incentivo é muito pouco”, completou ele.
Mas o projeto que mais desagradou o presidente da associação foi o que transforma a licença prêmio em licença capacitação. “Isso nós não concordamos, isso é direito nosso e nós não perderemos”, adiantou Lucas, destacando que os policiais irão se mobilizar contra parte do pacote.

Policiais Civis aprovam estado de greve em assembleia

Os policiais civis entraram em estado de greve. A decisão foi aprovada na assembleia convocada pelo Sindicato de Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia (Ugeirm) e realizada na tarde desta segunda-feira (8). Cerca de 100 lideranças da categoria de todo o Estado participaram do encontro.

O estado de greve, explica o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, significa que os policiais civis podem paralisar “a qualquer momento”, caso o governo José Ivo Sartori (PMDB) encaminhe à Assembleia Legislativa projetos que retirem direitos ou conquistas da categoria. “Se precisar entrar em greve, vamos entrar sem muita delonga”, avisa o sindicalista.

“Vemos com muita preocupação (o pacote), só vem deixar o policial mais intranquilo do que ele já estava”, diz Ortiz. Uma delas é a prorrogação por mais 180 dias do decreto em vigor desde janeiro e que corta despesas, diárias e horas extras, além de suspender contratações de servidores e a realização de concursos. “O que nos assusta mais é a falta de segurança, o risco aumenta cada vez mais. Antes de sermos policiais, somo cidadãos”, argumenta o presidente da Ugeirm, sobre a fragilização da área devido aos cortes feitos pelo governo.

“Ele (Sartori) não pode deixar a banalização da vida como está ocorrendo”, sustenta Ortiz, referindo-se aos riscos aos quais as pessoas estão expostas devido ao aumento da criminalidade e que o reforço da segurança não pode esperar o governo “acertar as contas ou fazer ajuste fiscal”. A decisão tomada na assembleia desta segunda-feira será informada ao governo pelo sindicato, que pedirá uma agenda com o comando da Segurança.

Além do estado de greve e “assembleia permanente”, os policiais civis de todo o Estado – hoje, são mais de cinco mil – irão fazer uma marcha no dia 7 de julho com saída do Palácio da Polícia até o Piratini, que terá também a participação de brigadianos e de funcionários da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e do Instituto Geral de Perícias (IGP).

Cpers critica pacote e começa caravana pelo Interior

Vieira da Cunha esquece professores ao falar de metas e projetos da SEC
A direção do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) também se reuniu na tarde desta segunda-feira para avaliar o pacote. Presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer critica a Lei Estadual de Responsabilidade Fiscal, uma das propostas do conjunto de medidas apresentadas por Sartori. O projeto barra, por exemplo, reajustes para pagamento dos sucessores em caso de a receita não comportar. Além disso, limita em 75% os gastos com custeio e investimentos e 25 com a folha de pagamento. Para a professora, a lei “poderá deixar” os servidores sem aumento.

Também foi alvo de críticas da presidente do Cpers,  a proposta que transforma a licença-prêmio em licença-capacitação concedida a cada cinco anos pelo período de três meses. Pelo projeto, o servidor terá que usar o período para capacitação e não receberá mais indenização. “É um absurdo! Vai nos tirar direitos, o que temos é melhor”, protestou Helenir, referindo-se à licença-capacitação indenizada e de até um ano garantida no plano de carreira dos professores.

A representante do sindicato demonstrou preocupação ainda com a suspensão de nomeações de professores devido à prorrogação do decreto. “Hoje, faltam professores. Não sei o que o Estado está pensando em relação à falta de professores. Vamos denunciar isso no interior”, afirmou a professora. A presidente do Cpers se refere à Caravana da Educação pelo Interior do Estado, que começa nesta terça-feira (9), para discutir com os núcleos atos com o objetivo de garantir que os direitos de professores e dos funcionários de escola “não sejam atacados” pelo governo Sartori. A comitiva focará, além das medidas do pacote, na defesa do plano de carreira da categoria e no pagamento do piso nacional do magistério. No roteiro, o comando do sindicato também já deve mobilizar os núcleos para uma possível greve.



Edição de 10/06/2015 Ano VI nº 216