Um espaço aberto para o leitor

sábado, 29 de agosto de 2015

Jaguarenses conquistam Festival Nacional da Moenda da Canção

Martim César e Zebeto Correia, grandes  vencedores com "Aprendizagem"

Por Elis Vasconcellos

O festival terminou na madrugada do dia 16 de agosto e premiou a música Aprendizagem, de Martim César e Zebeto Correia, representando Jaguarão e Belo Horizonte-MG, como a grande vencedora, melhor letra e melhor melodia do festival. A música As mãos de um mago, de Martim César e Alessandro Gonçalves, representando Jaguarão, obteve o terceiro lugar, fazendo assim com que a cidade de Jaguarão tivesse duas músicas premiadas nesse que é um dos maiores festivais do Brasil, atualmente, tanto em número de inscrições, como em participações de outros estados do país.

A milonga-tango “As Mãos de um Mago”, com letra de Martim César, música de Alessandro Gonçalves e arranjo do também jaguarense Fábio Costa, foi interpretada por Chico Saratt e é uma homenagem a um dos grandes nomes do cenário artístico do Rio Grande do Sul: o uruguaio Carlitos Magallanes, que reside há 40 anos no nosso estado e se notabilizou como um dos mais importantes instrumentistas de tangos e milongas em terras brasileiras, bem como solista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e como músico premiado em quase todos os festivais do sul do país.

"As Mãos de um Mago", interpretada por Chico Saratt, foi terceira colocada 



Edição de 26/08/2015 Ano VI nº 227



sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Coluna Gente Fronteiriça - Memórias de um piano

Por Maria do Carmo Passos

Sou um piano. Fui idealizado e construído na Alemanha nos primórdios do século XX . Recebi o nome de MANEGOLD, em tradução livre para o português MEU OURO, o que repercutiu imensamente em minha existência já que, em tese, deveria ser entregue a alguém que realmente fizesse jus à minha reputação. Importado pelo Armazém de propriedade da família Cassal, situado na cidade portuária de Jaguarão, Brasil, Estado do RS, parti com a finalidade de encantar o lar dos Cassal, uma respeitada, conceituada e próspera família jaguarense dedicada ao comércio e adepta das artes, que abrigava em seu berço uma talentosa menina, chamada Clarita.

Fui cuidadosamente embalado, amarrado ao convés de um navio, garantindo assim que chegaria intacto ao meu destino. A viagem foi deveras assustadora, atravessando mares e oceanos, fazia mil conjecturas sobre meu futuro incerto e distante do continente europeu.

Aportando em jaguarão todo o meu espanto com o desconhecido desvaneceu-se. A cidade na qual chegara era encantadora, parecia tudo perfeito. A magia dominava o ambiente, o cais do porto estava repleto de gente linda e elegante, cenário perfeito para alguém como eu estabelecer moradia. Homens e mulheres vestidos ao estilo da época, portando chapéus, bengalas e esbanjando muito charme aguardavam a chegada de diversos produtos importados. Havia automobiles e carruagens circulando nas proximidades.

Porém, eu continuava apreensivo, chegando a pensar na hipótese de permanecer eternamente parado em uma residência fazendo parte da mobília de alguma casa servindo apenas de ornamento. O risco de ser apenas apreciado sem ser jamais tocado me aterrorizava.

Fiquei surpreso quando finalmente encontrei Clarita, uma bela e formosa jovem que prontamente me deu as boas vindas acariciando-me delicadamente. Juntos passamos a ter momentos muito especiais, enquanto Clarita explorava minhas teclas eu vibrava correspondendo ao seu entusiasmo e habilidade de pianista. Acabamos nos tornando quase inseparáveis, juntos tocávamos harmoniosamente em diversos saraus, frequentes na época, levando vida e alegria a muitos lares jaguarenses.

Entretanto, com o passar dos anos fui vendido para o sr. Ney Fernandes Passos, proprietário da Casa Aspiroz localizada em Rio Branco, Uruguay. A destinatária era sua filha, ainda menor, Maria do Carmo. Mais uma vez, fui obrigado a partir do país que já considerava minha pátria rumo a um país para mim desconhecido. Naturalmente sofri um grande desgaste emocional. Pensei que talvez pudesse ser vítima de uma garota mimada e consentida que me trataria como um objeto de seus caprichos.

Inicialmente passei a ter uma saudade, quase dolorida, de minha antiga proprietária. Entretanto, o tempo se encarrega de curar cicatrizes. Comecei timidamente a me entrosar com a pequena e voluntariosa menina. Percebi que seu objetivo era aprender a tocar piano às minhas custas e decidi colaborar. Juntos trabalhamos arduamente em busca da perfeição, meta costumeira para os adeptos da arte. Precisávamos treinar diariamente, sabíamos que a busca pela perfeição é um labirinto sem fim, quanto mais avançamos mais almejamos. Vivia a maior parte do meu tempo, sempre que fosse possível com minha dona, pois na sua concepção, tocar e ouvir música correspondia a rezar e encontrar-se no paraíso. Em inúmeras ocasiões a ouvi argumentando com seu pai, homem extremamente religioso, que ela não precisava ir à Missa Dominical porque já havia realizado suas preces quando tocava piano, tanto era sua convicção de que a música nos conecta com o universo e o divino.

Com o passar dos anos, estabelecemos entre nós um casamento, nossos destinos foram entrelaçados. Acabamos nos tornando amantes, companheiros, confidentes e até cúmplices em momentos difíceis que a vida nos apresenta. Num convívio de aproximadamente 60 anos, construímos lado a lado a carreira de seus filhos, em cujo êxito tive uma considerável parcela. Porém, como em qualquer relacionamento que se estende por tanto tempo, acabamos vítimas de um desgaste natural.

Ela já não acariciava meu teclado com o mesmo encanto e emoção de outrora, nos anos dourados de sua juventude e posterior maturidade. Concluída a tarefa de formar seus filhos e consequente partida dos mesmos, que tomaram rumos diferentes, Eu e minha Ama começamos a estreitar nossos laços prestando maior atenção em nós mesmos. O fim do outono e a proximidade derradeira do inverno, tornaram-se fatores decisivos em nossas existências. Seria ainda possível um futuro juntos? Quais as perspectivas? Chegara a hora de pensar e decidir sobre o que a vida nos aguardava e pensar na melhor estratégia para manter a nossa relação diante do que se apresentaria num futuro não muito distante. A perda seria inevitável.
Senti que, com sua partida, poderia ficar sozinho e parar em um asilo para móveis usados, sujeito a permanecer para sempre numa inércia mortal.

Em sonhos implorei para que ela me deixasse partir. Foi então que o destino conspirou a meu favor. Para nossa surpresa, apareceu na residência a visita inesperada de um jovem, com o nome de Octávio acompanhado de seu pai, Flávio. Logo em seguida tive a intuição de que o nome Octávio, era forte e combinava com Manegold. Apresentou-se como adepto de piano e minha companheira pediu para que ele me tocasse. Vibrei ao seu toque, entre uma nota e outra, renasci. Logo em seguida percebi que através de suas mãos alcançaria êxito. Além de intérprete, o jovem é compositor de originais e belas melodias. Seu estilo de natureza clássica, não impede que seu desempenho atravesse as fronteiras até chegar à música popular. Eu e minha companheira ficamos deslumbrados com o talento do rapaz e meu destino foi selado. Ela decidiu que eu deveria partir. Num sábado à tarde, fui transportado para a residência da família Machado, onde atualmente resido. 

Hoje posso dizer que me encontro feliz e faço jus a meu nome. Octávio é um rapaz alegre, criativo e muito carismático conseguindo facilmente penetrar no mundo enigmático da musica. Soma-se a isso o grande apoio que encontra em seus dedicados e orgulhosos pais Flávio e Andreia. Adepto das artes em geral, incluindo a literatura e pintura, um futuro de brilhante o aguarda.

Edição de 26/08/2015 Ano VI nº 227








quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Espaço do Saci - Agora é jogo a jogo

Por Marcos Sagrera

. A rodada do domingo passado deu início ao segundo turno do campeonato brasileiro. O colorado venceu o Atlético Paranaense no Beira-rio e chegou aos vinte e oito pontos no certame nacional. Ocupa a décima posição e está a cinco pontos do G-4.

. Mais importante do que a vitória foi à maneira como que ela veio. O time escalado pelo técnico Argel passou por cima do furacão praticamente os noventa minutos da partida. Ganhou quase todas as dívidas, deu pouquíssimos espaços ao bom time do Paraná e amassou o adversário em seu campo de defesa. O resultado não poderia ser outro, vitória tranquila e justa e que poderia ter tido um placar mais elástico se não fosse às inúmeras oportunidades perdidas incluindo um pênalti perdido por Dalessandro.

. É inegável que o técnico Argel deu uma nova cara ao time. As alterações táticas promovidas pelo treinador mudaram o comportamento e a forma de jogar dos jogadores. As entradas de Nilton no meio de campo, jogando a frente de Rodrigo Dourado deu um enorme poder de marcação ao meio de campo colorado. O guri colorado, melhor jogador disparado na temporada, não mais está sozinho na marcação. Nilton marca, morde no meio campo, não perde uma dividida e ainda sai jogando bem quando tem a bola. Nossos volantes têm características semelhantes, os dois são uns monstros marcando. Tem tranquilidade com a bola nos pés, boa técnica e o principal, a personalidade. São machos dentro de campo e não se abalam com qualquer errinho. Nilton vai dar ainda mais experiência a Dourado.

. Argel recuou Sasha e adiantou um pouco Dalessandro. Esta foi à segunda alteração tática importante. Sasha não é um jogador cerebral, pelo contrário, têm características de atacante. É limitado tecnicamente e meio burro até, joga de cabeça baixa, mas é um leão em campo, cumpre o que o treinador lhe pede e joga pro time. Briga o tempo inteiro. Marca no meio de campo, marca a saída de bola, volta na defesa. E o principal, libera Dalessandro para jogar solto sem se preocupar com a marcação. Mais um acerto do treinador, pois o nosso capitão, não tem mais perna pra isso. Quando a bola cair no pé dele, tem que estar descansado para fazer o que sabe.

. Outro acerto do técnico que vem dando certo foi colocar dois atacantes rápidos e movediços na frente. Valdívia e Vitinho vêm jogando bem e com vontade, ambos se movimentam por todos os lados do ataque e quando roubamos uma bola, temos duas opções de velocidade e qualidade na frente. Espero que o treinador consiga fazer com que se mantenham mobilizados e motivados, pois futebol, sabemos que sabem jogar.

. Um dos problemas que vejo ainda é a mecânica de jogo, mas creio que com o passar dos treinos e jogos, isso tende a melhorar. Outro problema e esse sim não tende a melhorar é Paulão como titular e Rafael Moura virando opção na frente de Lizandro Lopes, além de Geferson que ainda não foi vendido o que vem causando aflição na torcida. Pelo menos um alento, já que Argel pretende manter Paulão, ao menos vai um alento à torcida. O treinador mandou este cabeça de bagre recuperar a bola e entregar para o companheiro mais próximo, ele está proibido de fazer lançamentos.

. Quinta feira temos que seguir ganhando confiança, jogando bem e passar de fase na Copa do Brasil. Nosso campeonato daqui pra frente é jogo a jogo.

Edição de 26/08/2015 Ano VI nº 227
 
 
 
 

Espaço do Mosqueteiro - A Glória pode estar na Maratona

Por Santiago Passos

A corda está esticando demais. As últimas atuações do tricolor tem demonstrado que a maratona de jogos está cobrando seu preço. O time do Grêmio não tem conseguido manter a intensidade das suas melhores partidas.

Pela Copa do Brasil, no primeiro jogo das oitavas de final, contra o Coritiba, o time visivelmente jogou administrando a partida, e não fosse o golaço marcado pelo Marcelo Oliveira o empate seria o resultado mais justo. Levamos a vantagem para a Arena, mas não podemos achar que a partida está ganha, pois o Coritiba vem de uma crescente boa e pode complicar nossa vida, é uma final e o time do Grêmio tem que entrar ligado.

Pelo Brasileirão, conseguimos um ponto importante jogando fora de casa. Apesar de enfrentarmos um time mediano como a Ponte Preta, a atuação tricolor foi pífia, uma das piores desde a chegada do Roger no comando técnico da equipe. Falo que o ponto foi importante porque nos manteve na terceira colocação do campeonato e seis pontos à frente do quarto colocado, nos consolidando na parte de cima da tabela. O horário do jogo também não ajudou, uma partida disputada as 11 horas, no calor paulistano, os jogadores já vinham desgastados do jogo no meio da semana, diferente da Ponte Preta que só havia atuado no final de semana. Mas isso não é desculpa, a equipe jogou abaixo do esperado, com muitas lambanças do sistema defensivo, que era um dos destaques da equipe. Ainda bem que a sorte está do nosso lado, duas vezes o poste nos salvou de tomar o gol da derrota, e quando não tínhamos a sorte, pode-se contar com o goleiro de seleção Muralha Grohe. No final da partida Braian Cone Rodriguez desperdiçou uma chance clara de gol, batendo fraco na bola e facilitando a defesa do goleiro Marcelo Lomba. Mesmo assim o resultado foi bom, os deuses do futebol foram justos neste domingo.

Para os próximos jogos teremos o desfalque do nosso capitão Maicon, sentiu uma lesão muscular e deverá ficar no departamento médico por duas semanas.

Veremos como a comissão técnica vai conseguir enfrentar os desfalques que ainda virão pela sequência desgastante de jogos, já que o Roger falou que não aplicará o rodízio de jogadores no time e priorizará as duas competições. 

Edição de 26/08/2015 Ano VI nº 227
 
 

 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Crise no Estado preocupa Prefeitura de Jaguarão

Vice Prefeito e secretário da administração Lisandro Lenz
Foto Fernanda Cassel
A crise de gestão que vem assolando o Rio Grande do Sul tem atingido diretamente os cofres dos municípios. O anúncio do governador José Ivo Sartori, de atraso da dívida com a União, ocasionando o bloqueio das contas do Governo do Estado, aumentou ainda mais a preocupação dos gestores municipais.

Em Jaguarão a dívida do Estado para com a área da saúde se aproxima de R$ 2 milhões. A fim de manter o atendimento à população a Prefeitura vem investindo recurso livre, ou seja, dinheiro próprio do município. “Estamos fazendo um esforço inimaginável para manter o funcionamento da Santa Casa e de diversos serviços que envolvem o atendimento da população na área da saúde. O não cumprimento dos repasses do Governo do Estado vem sangrando os cofres dos municípios”, alerta o secretário de Administração e vice-prefeito Lisandro Lenz.

Outro fator de preocupação é a arrecadação do IPTU para o ano de 2015. Em função da não aprovação da lei que previa uma reformulação no formato da cobrança do imposto e do atraso no calendário de cobrança, o município arrecadou até agora menos da metade do que havia sido projetado. “Realizamos uma reavaliação predial, junto à uma empresa contratada, para regularizar a arrecadação do IPTU no município. Em função da não aprovação da nova lei, foi impossível fazer o cruzamento destes dados e a atualização destes valores”, afirma o vice-prefeito.


A gestão municipal já iniciou uma força-tarefa envolvendo os secretários e servidores das secretarias de Administração, Fazenda e Planejamento na construção de um estudo das medidas que serão adotadas frente à situação financeira do município. “Temos como prioridade a garantia dos serviços essenciais para a população e a manutenção do pagamento do funcionalismo”, garantiu Lenz.

Edição de 19/08/2015 Ano VI nº 226






terça-feira, 25 de agosto de 2015

Menu Primaveral Por Vicente Pimentero

Fui convidado para criar e executar um menu comemorativo em alusão aos 70 anos de uma conhecida. Uma festa para aproximadamente cinquenta pessoas, entre amigos e familiares, idades de zero a cem, ou por aí. Com esse veranico de maio que se estende por todo o outono e também inverno, pensei num cardápio leve, porém farto, onde dispuséssemos de uma ilha central à vista e a mão dos chegados.

Dividi o menu em quatro momentos, duas entradas e dois pratos. Com a intuição de apresentar tudo em pequenas porções e propiciar, além de uma noite degustativa, uma noite duradoura e contemplativa. O que sempre crio como tábua de frios, quentes, queijos e fiambres torna-se um mini banquete de tapas, tartas e pintxos. Não excluo os tradicionais, mas os desconstruo e os construo, com a vontade de surpreender e reinventar sabores, texturas e combinações.

No bombardeio inicial, naquele tempo de fim de tarde onde os convidados chegam com o apetite em dia, enviei para a mesa espetinhos frios montados e produzidos pela Jozie, cozinheira amiga de longa data. Copas e queijos de porco, queijos coloniais suaves, azedos e fortes, tartas artesanais em xadrez, ricotinhas temperadas na chapa, linguiças salteadas, guacamoles, cottages, mostardas e chimi churrys, azeitonas verdes, italianas e gregas em escabeche e bruschetas caprese com tomatinhos desidratados, entre outros bocatos selecionados no intuito.

Logo, reeditei a salada Waldorf e substitui o aipo, por três tipos de folha, alface crespa, radite e agrião roxo, maçãs verdes, pedaços de gorgonzola, nozes e castanhas e um bom azeite de oliveira. Servida em belas taças abertas, esta salada agridoce neutralizou e preparou os paladares para experimentar o ceviche de linguado de 5 horas. Com cebola roxa, sumo de limão siciliano, chilli, cardamomo e coentro, o pescado adormeceu no cítrico durante algumas horas, para cozinhar e ao mesmo tempo manter a carne consistente.

Já fervia o azeite para receber os frutos do mar e as outras carnes. Lula em anéis, Mexilhões e Camarões para molho. Embebidos e reduzidos em vinho branco cúrcuma e páprica doce, o mijunje hidrata o arroz em fundo de vegetais e cascas de marisco e entre outros ingredientes, toque de dendê, açafrão da terra, pimenta branca e calabresa piladas, ervilha, tomates pelados, sal grosso, alho, louro e as carnes, porco e frango. Também levados em cumbuca, finalizamos o prato com lagostim, limão siciliano e salsa.

Nos créditos, vi passar umas travessas de doces de Pelotas, sempre caem bem para voltar a harmonizar o paladar e ficar com os sabores na memória sensitiva e visual. A todos, um bom apetite!

Edição de 19/08/2015 Ano VI nº 226






Escola Senac oferece curso técnico em Administração à distância em Jaguarão


A Escola Senac escolheu a cidade de Jaguarão como 1º Polo de Educação à distância para a realização do curso Técnico em Administração, com apenas um encontro presencial mensal.

O curso Técnico em Administração proporciona para o estudante, ao final de cada módulo exercido, certificações intermediárias, para atuação no mercado de trabalho.

Já no final do primeiro módulo o aluno estará apto a atuar como Assistente Administrativo, em seu segundo módulo poderá atuar como Assistente de Recursos Humanos e no terceiro módulo como Assistente de Marketing e, ao final dos três, tornara-se Técnico em Administração.

As aulas acontecerão no Balcão Sesc Senac, na rua Júlio de Castilhos, 711. Mais informações no local ou pelo telefone (53) 3261-2941.


Público alvo: Os Cursos Técnicos são destinados a todos que estão cursando ou já completaram o Ensino Médio e que desejam aprender uma profissão, entrar no mercado de trabalho ou complementar a formação acadêmica já adquirida, buscando uma melhor colocação na empresa em que trabalha.

Edição de 19/08/2015 Ano VI nº 226



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Coluna Gente Fronteiriça - A propósito de receitas

Por Wenceslau Gonçalves

 Sem medo de errar podemos dizer que, em relação a crises, todas elas acabam se tornando socioeconômicas, tendo em vista o grau de entrelaçamento que esses setores costumam apresentar. A de agora, mesmo em termos internacionais, não é diferente. Onde começa um problema econômico e quando passa a confundir-se com a questão política é uma coisa muito difícil de definir, se é que se consegue. As decisões a serem tomadas para enfrentar-se uma crise econômica são, obrigatoriamente, políticas. A simplicidade de que possa ser tomada esta ou aquela medida para sanar-se um problema apresentado como econômico é, geralmente, turbada por consequências relacionadas à questão política. Exemplos existem aos milhares. Basta examinarmos os jornais do dia, que estão repletos deles.

Reduzindo a questão ao cenário brasileiro, tanto no âmbito federal quanto no estadual, podemos enquadrá-lo no que acabamos de comentar no parágrafo anterior. Temos ouvido diversas declarações de lideranças, tanto políticas quanto empresariais ou mesmo de segmentos de categorias de trabalhadores, e todos têm apontado soluções que, a primeira vista, podem parecer tão óbvias quanto pueris. Algumas completamente inseridas no terreno da utopia, quanto outras que podem ser incluídas na categoria de impossíveis, dado o número de “se” (condicional) que apresentam e dos quais dependeriam para que fossem minimamente viáveis.

Não sou especialista na matéria, mas considero que algumas providências poderiam ser tomadas que, certamente, carreariam considerável valor monetário às combalidas finanças dos entes financeiros do Estado (sentido amplo). O leitor pode pensar que caí em minha própria armadilha. Em que classificação estariam enquadradas minhas sugestões, que passarei a definir? Modestamente, reconheço que as incluiria entre as que dependem apenas do “se” houver vontade política do Governo, obviamente seguida, também, da vontade política do Congresso Nacional. A meu favor, reconheço que existe um “clima favorável” dada as circunstâncias pelas quais estamos atravessando.
Vejamos, então, algumas sugestões para apreciação e debate daqueles que têm a paciência de acompanhar-me até aqui, que poderiam contribuir para uma sensível melhoria das finanças públicas do País.

1 – Por que, até hoje, não foram legalizados os chamados jogos de azar que, em alguns casos, é a principal fonte de receita de alguns países, além de concorrerem para o desenvolvimento do turismo regional e a ampliação do mercado de trabalho? Alguém já calculou quanto o País perde por ano por não explorar essa fonte de divisas? Haverá alguma coisa que não conhecemos que determina que existam vários projetos que simplesmente se encontram engavetados no Congresso Nacional?

2 – Imposto sobre Grandes Fortunas. Está questão só é polêmica porque implica onerar uma pequeníssima parcela da população que detém ou domina a maior parte da renda nacional, encastelada em seus privilégios, que se negam a dar sua contribuição para solucionar a questão. Também sobre o tema já existe um (ou mais) projetos trancados no Parlamento por óbvios interesses daqueles que têm poder de decidir sobre a vontade política de grande parte de nossos representantes em Brasília.


3 – Contribuição sobre Movimentação Financeira. Este imposto - talvez o mais justo que foi instituído até hoje no Brasil - carrega uma pecha, erradamente, de ser um tributo que prejudica toda a população. Isto é o que foi inventado para a elite justificar sua extinção, com o apoio de um grupo de parlamentares que também se sentia prejudicado pela sua existência. Nada mais mentiroso. A CPMF só era aplicado a partir de um determinado valor, mas servia sim, para que fosse exercido um controle sobre valores que não passavam pelo crivo da Receita Federal. Isto significa que servia para “dedurar” a circulação de grandes capitais – legais ou não - que não pagavam o tributo devido. Era, também, uma forma exitosa de reprimir a chamada “lavagem de dinheiro”, que tanto mal causa à população. Por isso foi suprimido. A alíquota relativamente baixa - se não me falha a memória, de 0,038% – era o suficiente para produzir uma arrecadação de 20 bilhões de reais/ano que foram suprimidos da receita do País e servia para minimizar a estúpida má distribuição contributiva mantida no Brasil através de um sistema onde quem menos ganha é quem mais contribui.

Edição de 19/08/2015 Ano VI nº 226



domingo, 23 de agosto de 2015

Espaço do Mosqueteiro - Postulante ao título

Por Santiago Passos

Após vencer o então líder Atlético-MG em pleno Mineirão lotado, o time do Grêmio mostrou que a goleada aplicada encima do colorado não foi apenas um jogo casual. Jogando um bom futebol o time treinado por Roger Machado conseguiu ganhar do Galo Mineiro com dois gols feitos em jogadas de contra-ataques mortais. Duas estocadas certeiras que mataram o galo em seu galinheiro. O lance do primeiro gol foi uma aula de como jogar. Depois deste jogo Mourinho e Guardiola estão vindo a Porto Alegre passar uma semana observando o trabalho do técnico gremista e tentarem aprender algo. 

Essa vitória colocou o time do Grêmio como um dos postulantes ao título do campeonato brasileiro, algo impensável até então, pois ainda paira muita desconfiança dos torcedores pelo time treinado por Roger. No jogo contra o Joinville o time sentiu a falta do atacante Luan, o melhor jogador do campeonato brasileiro até o momento e o goleador do time na temporada. Não conseguimos repetir a boa atuação dos últimos jogos, mas o mais importante foi a vitória de virada contra um time bem postado em campo, que só valorizou ainda mais os três pontos, e quando não dá pra ganhar jogando bonito, fazendo gol de placa, vai gol de bola parada mesmo. Em cobrança de escanteio Erazo, "El Elegante", marcou de cabeça em jogada muito trabalhada nos treinos. O gol da virada veio de uma belíssima cobrança de falta do lateral Galhardo, que está na seleção do primeiro turno do campeonato.

O diferencial do time do Grêmio é que é um time humilde, sem estrelas, sem vaidades, todos jogando juntos e com um único objetivo, a vitória. Todos ajudam na marcação e todos ajudam no ataque e quem está no banco quando entra o faz com o mesmo brio de como se fosse um titular, pois sabe que faz parte de um grupo, não é melhor ou pior de quem está jogando. Essa união e a confiança no trabalho do técnico que está sendo fundamental para o time tricolor estar na terceira colocação com o mesmo número de pontos do segundo colocado e a apenas quatro pontos do líder, apesar de todo o descrédito no começo da competição, e a onze pontos do co-irmão, que com um time recheado de estrelas está na 11ª colocação, eles gostam mesmo desse número onze, heim?

Seguindo o lema de seu mascote Mosqueteiro, Um por todos e todos por Um, esse time do Grêmio calando a boca de muitos e surpreendendo todos com vitórias e um futebol muito bem jogado!


Agora é focar na Copa do Brasil e encarar o Coxa em Curitiba no primeiro jogo das oitavas de final. Jogo que deverá ser muito difícil pela boa fase que vem o time paranaense. Mas o importante é sair de lá com um gol a favor para garantir o resultado no próximo jogo em casa e assim garantir a classificação para as quartas de final.

Edição de 19/08/2015 Ano VI nº 226







sábado, 22 de agosto de 2015

VEREADORA MIRIAM COELHO- PT GABINETE MÓVEL – CERRO DA PÓLVORA


No sábado (08) a Vereadora Miriam Coelho (PT) retornou com as atividades do Gabinete Móvel, desta vez no Cerro da Pólvora.

A iniciativa visa dar atendimento à população nos bairros de forma itinerante. Segundo a vereadora Miriam, as pessoas ficam satisfeitas em vê-la no seu bairro para ouvir as reivindicações, as reclamações e as necessidades da população. “Acredito que este trabalho tem sido produtivo de contato com a população, assim podemos identificar de fato quais os principais anseios de cada bairro. Sabemos que os cidadãos não se deslocam até a Câmara de vereadores por isso, esta iniciativa desde o início tem colocado em prática o meu compromisso de trabalhar pela comunidade”.

Entre uma conversa e outra, um chimarrão, ou aperto de mão, as pessoas vão relatando a rotina do bairro e as solicitações. Na oportunidade além de informar sobre as duvidas dos moradores, também são anotadas as demandas que serão encaminhadas aos órgãos competentes.

Neste dia, foi apontado o problema do lixo, que resulta na conscientização das pessoas em cuidar do meio ambiente colocando o seu lixo em lugares apropriados e em horário de coleta. O Gabinete Móvel, segundo a vereadora, resulta na proximidade com as pessoas e permite ao legislador ouvir muitas histórias de vida. “Essa é nossa função maior, ouvir com atenção e ser o porta voz da comunidade na busca de soluções para os seus problemas”. A Vereadora Miriam agradece a presença e a participação dos moradores do Cerro da Pólvora. O próximo Gabinete Móvel será na Zona Rural, na Charqueada. Em breve divulgaremos data e local.

Edição de 12/08/2015 Ano VI nº 225




CANAL DE COMUNICAÇÃO - Dia dos pais

Por Arnoni Lenz

Esse Dia dos Pais, vou colocar a data para daqui a cem anos não terem dúvidas, nove de agosto de dois mil e quinze, realmente foi um dia especial. Para mim não foi completo, pois a filha Denise e genro Roberto, os únicos dois colorados do clã, mais a neta Helena com seu namorado Dimitri, não puderam estar presentes fisicamente, mas tenho certeza que o estavam espiritualmente. Pois bem, os demais Bruno e Kiki, e netos Luisa e Pedro, a Maria Helena e a cunhada Ana Elisa. estavam todos aí. Uma champanhe ou como dizem ser mais correto, um espumante, para comemorar a data e o término de uma dor no pescoço diagnosticada como contratura da coluna cervical, mas acredito também que premeditadamente comemorando o GRE-NAL que se esperava, mesmo com um pouco de medo de uma surpresa, seria uma vitória de todos os presentes, uma vitória do “IMORTAL”. Mas vitória não precisa ser acachapante como a que aconteceu. Até acredito que o pênalti perdido foi proposital, foi por “pena” de que se fosse convertido, a derrota do “campeão de tudo” seria mais desmoralizante. 

Bom, tudo começou com um aperitivo de salsicha, asa de galinha e depois um assadinho de gado vacum. Tudo regado a água mineral, refrigerante e aquele único espumante. Acompanhou um pãozinho aquecido nas brasas pelo assador Pedro e depois um papo tranqüilo até as quinze e trinta. Uma sesta até perto das dezessete horas e fomos nos preparar para o “CHOCOLATÃO DAS DEZOITO E TRINTA”. Sabem que nunca fui muito por chocolate, por isso mesmo estranhei o quanto esse me agradou. Descia redondo como aquela cerveja geladinha num dia quente ou um vinhozinho num dia de inverno. Nos primeiros minutos, eu como me considero um pé frio, ainda sentia aquele frio na barriga e aquele medo da surpresa, pois uma equipe às vezes se supera em momentos mais difíceis. Mas, difícil mesmo deve ter sido para os coitados papais noéis de vermelho. 

O goleiro, ótimo por sinal, não podia acreditar do que estava sendo vítima. Mas a realidade é que o colorado, time que respeito muito por tudo que já conseguiu, não entrou em campo. Tenho muitos amigos colorados, até parentes o que considero estranho, pois desde guri ouvia dizer, alemão que se preza é gremista. Mas deixando as brincadeiras de fora, pois nem sempre temos oportunidade de fazê-las, já vivi situações inversas, afirmo que se não existisse o inter, o grêmio não seria tão grande, e vice versa. Isso é o Rio Grande. Aos meus amigos, hoje tristes o meu abraço fraternal da mesma forma. Hoje ao levar o suplemento da Zero Hora para meu neto Pedro, 10 anos, disse a ele: cuidado com as brincadeiras, as gozações, não podem ser a ponto de irritar os outros, por outro lado, quem faz gozações tem que saber aceitá-las quando a situação se inverte. A frase é do grande compositor, poeta e cantor gaúcho, Lupicínio Rodrigues: COM O GRÊMIO ONDE O GRÊMIO ESTIVER.   

Edição de 12/08/2015 Ano VI nº 225



Salve a vida!

Por Andréa Lima

Escrevo este texto do leito 9A, da Maternidade da Santa Casa de Jaguarão. Hoje completo uma semana de internação, com expectativa de alta, e me recupero de uma complicação grave que tive em minha terceira gestação, que poderia ter custado a minha vida e a da minha filha, conhecida como descolamento de placenta.

Escrevo cansada, mas com a alegria de quem nasceu de novo, nasceu mãe, pela terceira vez. Meu sentimento de gratidão se completa por minha filha ter sobrevivido e estar saudável, pois, mesmo muito pequena, precisou lutar para estar aqui.

E agora vivencio um momento de paz e tranqüilidade, ao vê-la dormir enrolada em seu cobertor rosa, saciada pela amamentação.

Passei bem durante toda a gravidez, mas ao chegar às 36 semanas fiquei com a pressão alta e tive orientação médica para fazer repouso. Estava, inclusive, alimentando a expectativa de ter um parto natural, depois de já ter passado por duas cesáreas. Li e me informei muito durante toda a gestação para evitar uma cirurgia desnecessária, mas neste caso ela foi fundamental e permitiu, em tempo, a nossa sobrevivência.

Tudo começou na semana passada, na terça-feira, onde durante todo o dia senti algo diferente, como se a bebê tivesse mais agitada e empurrando, de leve. Como já estava em idade gestacional avançada, achei que fosse um sintoma normal, pois, afinal, estava se aproximando a hora.

Quando fui dormir, notei que estava sangrando e só deu tempo de pegar a bolsa e correr para o hospital.

No caminho o sangramento se acentuou e, ao chegar à maternidade, já estava acompanhado de fortes dores, enjôo e da sensação de que iria desmaiar.

Como se tivesse combinado, encontrei minha obstetra à postos, de plantão. Ela logo diagnosticou o descolamento e fomos às pressas para o bloco cirúrgico.

Quando ocorre um descolamento, o suprimento de oxigênio e de nutrientes para o bebê fica comprometido e pode ocorrer um sangramento grave, perigoso para a mãe e para a criança.

Nos casos mais severos, como foi o meu, avaliadas as condições de prematuridade, o bebê deve ser retirado imediatamente do útero. Tive que ser submetida a uma anestesia geral, sem poder assistir ao nascimento da minha filha e sem saber ao certo se, ao acordar, iria encontrá-la viva.

Passada a cesárea e estancado o sangramento, acordei escutando um chorinho de bebê na sala. Ela nasceu praticamente inerte e passou por um momento de sofrimento, mas foi reanimada.

Quando fui para o bloco de recuperação, já a levaram para o meu lado e logo começamos a estimulá-la a mamar, ao que respondeu prontamente. A batizamos com o lindo nome de Isabela.

Durante o período em que estou aqui aconteceram muitas coisas... um dos meus rins  quase parou de funcionar, mas já está voltando ao normal, fiz transfusão de sangue, precisamos submeter minha filha a dezenas de exames, o leite demorou para descer, por conta da cesárea, mas, aos poucos, tudo vem dando certo e a vida pulsa e brota, voltando ao normal.

Os dias difíceis foram brindados pela alegria de ter o meu companheiro e a minha família sempre presentes, bem como o apoio de muitos amigos e amigas que, em alguns momentos, chegaram a encher o quarto do hospital.

Também quero destacar que, mesmo passando por uma severa crise desencadeada pelo não pagamento dos repasses assumidos pelo Governo do Estado, durante todo este tempo fui atendida com excelência pelas equipes da Santa Casa de Caridade de Jaguarão, com internação pelo SUS.

Meu agradecimento especial a minha obstetra, a Dra. Eunice, e a Dra Lélia, que vem acompanhando a família por vários e vários anos. Ao cumprimentá-las, agradeço o carinho de cada uma das enfermeiras, técnicas e de todos os trabalhadores e trabalhadoras dedicados da saúde. Valeu mesmo, de coração!

Edição de 12/08/2015 Ano VI nº 225





Jaguarão. Ontem, hoje - O Ano que um craque de seleção visitou Jaguarão

Por Cleomar Ferreira

Tempos Passados - 1991

Em Janeiro deste ano, noticiava-se a construção do Ginásio Municipal da Integração, cuja inauguração aconteceria em Dezembro.

A historiadora Maria Dutra da Silveira, iniciava a publicação de uma série de artigos sobre datas Históricas de Jaguarão. . . e também publicaria uma série de artigos com o título, “Teatro Esperança no século passado”.

A Chama Crioula das festividades do “27 de Janeiro”, foi trazida da cidade de “Treinta Y Tres, por mais de 100 cavalarianos. . .

Em 27 de Janeiro é inaugurado o Parque Dr. Fernando Correa Ribas. . .

Em 31 de Janeiro, era inaugurada a Praça do Desembarque. . .

A Agência local do Banco do Brasil comemorava em Março deste ano, 50 anos de sua inauguração, bem como o 25º aniversário da AABB. . . .

Foi ventilada a possibilidade da criação de uma Faculdade de Direito, a qual ficou estagnada apenas na intenção. . .

O Rotary Club de Jaguarão completava em Abril, 50 anos de existência. . .

O Escritor e Professor Cléo dos Santos Severino, mantinha uma coluna intitulada “Fatos-Lugares-Pessoas”. . . escreveu muito sobre nossa terra e personagens como Carmelo Goulart (músico extraordinário), conhecido como Carmelito. . .

A Sociedade Rádio Cultura aumentava sua potência para 2,5 KW. . . comemorando seus 47º aniversário. . .

Prédio da APAE era arrombado em Maio. . . em ação rápida da Polícia Civil e Brigada Militar o fato foi logo esclarecido. . .

Em Julho, foi criado pelo Prefeito Municipal, o “Diploma Mérito Augusto César de Leivas” destinado a distinguir pessoas físicas ou jurídicas, jaguarenses ou não, que mais se destacaram em filantropia e benemerência em nossa cidade. . .

Foi instalado em Jaguarão o Juizado de Pequenas Causas. . .

Com grande repercussão acontecia a Campanha Cultive Jaguarão, com o objetivo de promover o debate sobre urbanismo e preservação histórica. .

Instalado os Conselhos Municipais para um melhor entendimento e desenvolvimento de diversos seguimentos da sociedade. . .

Agência da Capitania dos Portos em Jaguarão, é desativada.

A candidata de Jaguarão vence o Concurso Miss Mulata Rio Grande do Sul.

O eterno craque e ídolo Paulo Roberto “Falcão”, ex Internacional e Seleção Brasileira, visitava Jaguarão em Novembro, dando exclusiva entrevista na imprensa local. . .

É isso aí, um abraço e até a próxima edição. !!

Fonte: Imprensa local. Bibl. Publ.Mun. 1991

Edição de 12/08/2015 Ano VI nº 225



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A volta dos Mercados Públicos por Vicentepimentero

Restauro Mercado Público Jaguarão - foto Brasil Arquitetura

Existe um lugar onde o bem comum paira entre caixotes de verduras, artesanatos, secos e molhados, transeuntes e populares, e os aromas de temperos à céu aberto. São os Mercados Públicos. No coração das cidades esses centros foram sempre locais de abundância, novidades e principalmente, grandes locais de trabalho e geração de empregos. Em seus primórdios, navios e carroças chegavam abarrotados de mercadorias para abastecer esses grandes palácios do comércio, couros, grãos, aves, cestos, e todo tipo de mercadoria artesanal e orgânica eram despejados nesses templos que até hoje vivem e sobrevivem nas grandes e pequenas cidades históricas do país.

De norte a sul, os Mercados Públicos dão aquele charme arquitetônico e genuíno que destaca e traduz os poderes estéticos da cidade e de seu povo. É ali que se encontrarão a preços justos as iguarias ou objetos que caracterizam o seu povo. Se quisermos conhecer a cultura local nada melhor que uma visita ao Mercado de sua cidade, cachaças, melados, sandálias, especiarias, panelas, lembranças, berimbaus, tambores, frutas, hortaliças, poções, elixires, brinquedos, sais, incensos, e infinitas raridades se encontrarão nesses feirões entre ferro e paredes antigas. No Mercado antigo do Recife os peixes são expostos ali, à moda antiga, na intempérie e calor seco do nordeste, entre as bancas de caldo e buchadas, misturando os odores e remetendo-nos às mais antigas histórias, as mesmas que ajudaram e ajudam a construir, Brasil de tantas estórias. Na pele de seus vendedores o tempo é recíproco à velhice desses enormes casarões, o sol, as rugas, as mãos calejadas do trabalho árduo, tudo isso nos faz viver mutuamente a vida e a lida dos Mercados. Em São Paulo a imensidão de seus corredores abarrotados de conservas, anchovas, sucos, batidas, fiambres e queijos, dão lugar ao clássico sanduíche de mortadela, não há como visitar a cidade da garoa e não visitar seu Mercado Público, seria quase uma ofensa pro paulistano. Em Florianópolis a banca 35 e sua tradição em petiscos e folclore turístico, em Porto Alegre a salada de frutas da banca que não me lembro do número, mas que fica no térreo. O bar naval, os choppes, e os imigrantes que colonizam fielmente as lojas de insumos, delicatessen, umbandas, cafés.

Descendo ainda mais, chegamos ao Mercado Público de Pelotas, recém-aberto, nessa nova etapa depois da reforma. Em poucos meses ganhou novamente vida de Mercado. Feira da Pulga, Samba, Cafés, e a torre contemplada como nunca, seu desenho, sua luz, um símbolo para a Princesa do Sul. E têm frutos do mar, parrilla, pizza, temperos, cachaças, floriculturas, cabeleireiro, cheio, gentes interessantes, que escolhem um café para ler, contemplar, fotografar, e por que não dançar.

Ah que beleza a velha nova vida dos Mercados Públicos. E as figueiras de Jaguarão, suas sombras esperam ansiosamente que abram as portas do nosso velho e majestoso Mercado. Ali também teremos um tempo para parar um instante no tempo e apreciar aquilo que sempre nos pertenceu e que nos põe entre as cidades que desenham a história deste sofrido Brasil.

Um lugar para aproveitar, uma casa de vó, um Mercado só pra nós e pra aqueles que amam nossa cidade.


Em breve, muito breve, me verei escrevendo sobre esta cidade única bebericando um suco, um café, um chopp, e vendo que se existe história, existe um Mercado Público. Saúde!!

Edição de 12/08/2015 Ano VI nº 225




quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Espaço do Saci - Remontando o time

Por Marcos Sagrera

. O colorado iniciará o segundo turno do campeonato brasileiro de treinador novo. Argel é um treinador jovem, identificado com o clube e por onde passou sempre foi elogiado pela sua capacidade de impor disciplina no vestiário e por seu um técnico estudioso e que forma equipes com um bom padrão tático. Sempre treinou times pequenos e por isso mesmo aprendeu a formar sistemas defensivos sólidos. No momento, é exatamente o que estamos precisando. Agora treinando um gigante do futebol mundial terá que ser um pouco flexível nas suas ideias, mas nunca abdicando de uma postura aguerrida e um forte poder de marcação.

. Em sua primeira entrevista, disse que gosta de jogar em um 4-4-2 clássico, com dois volantes de marcação na frente da área. Provavelmente quando todos estiverem à disposição, colocará Wellinton Martins na terceira função dando liberdade total a Dalessandro. Disse também que gosta de jogar com um atacante fixo e outro de mobilidade. Espero que jogue com Valdívia mais Lizandro ou Sasha como centroavante.

. Enquanto escrevo, para nossa alegria, o lateral Geferson foi vendido para o futebol italiano por inacreditáveis 5, 5 milhões de euros. Não vale cinquenta reais. Agradeçam ao técnico Diego Aguirre e ao Fabrício. Nos livramos de uma pereba por uma boa grana. Está caindo de maduro colocar o Alex na lateral ou na ala. Se jogar no 3-5-2 com Réver, Juan e Ernando, mais Dourado e Nilton na frente da zaga, Alex poderá jogar tranquilamente. Mesmo no 4-4-2, se jogar Wellinton Martins, também poderá jogar. É inteligente para saber dosar o seu gás e dará muita qualidade ao setor. Isso se tiver uma boa cobertura, pois se deixarem ele sozinho como deixaram Willian contra o Tigres, de nada adiantará. Além de ganharmos uma saída de bola qualificada, sem dar balão, pelos dois lados do campo.


. Como se pode ver, alternativas não faltam, é só saber montar um time compacto e equilibrado. O meia Anderson parece que vai comer o pão que o diabo amassou. Não entrou no último jogo e nem foi escalado entre os reservas para o jogo contra o Ituano. O recado é o seguinte, ou vira um profissional dedicado de uma vez, ou vai ficar no ostracismo. Espero que essa direção fraca e amadora dê respaldo as decisões do treinador.

Edição de 19/08/2015 Ano VI nº 226