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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Jaguarão. – Ontem, Hoje: Homenagem ao Coronel Manoel Pereira Vargas

Manoel Pereira Vargas
Por Cleomar Ferreira


Por ocasião dos festejos de 27 de Janeiro. ( 1980 )

Ficou à cargo do Poeta Léo Santos Brum esta “charla” em homenagem a um dos heróis desta data, publicada na imprensa local em Janeiro de 1980.

“Vinte e Sete de Janeiro”, como um eco retumbante do passado, voltam os gaúchos remanescentes, pelo sangue e pela tradição dos heróis que te acompanharam na guapa resistência da Cidade de Jaguarão, nos longínquos anos de 1865, agora para trazer-te uma lembrança carinhosa e uma homenagem sincera e de gratidão, assim como a mereceram também aqueles que já tombaram e que deixaram marcada a sua passagem neste rincão, como lutadores pela preservação das crioulas tradições do pago, que foram os Patrões e Patrões Velho do Centro de Tradições Gaúchas “ Rincão da Fronteira”: Arnaldo Valdomiro Ferreira, Hermes Pintos Affonso, Izabel Garcia Tinoco, João Carlos Bandeira Affonso, Ourestes Paiva Coutinho e Walter Dutra da Silveira.

Pois estas flores nativas, que ainda trazem em suas pétalas e em seus talos, o cheiro e a seiva da terra das coxilhas e canhadas, terra riscada pelos cascos dos cavalos, montados pelos guerreiros no ímpeto das cargas de lanças, pelas rodas gemedoras das lentas carretas, que puxaram o progresso, pelo gado que firmou a riqueza do pampa e também pelos rastos de sangue valente dos gaúchos que tombaram nos entreveros e nos combates, em defesa dos ideais de liberdade e da posse do chão nativo, são assim, como um pedaço vivo da verdadeira tradição, que souberam cultuar e que tem em ti, Cel. Manoel Pereira Vargas, um dos maiores forjadores da têmpera que marcou os grandes homens do nosso passado fronteiriço.

Nesta hora de culto nativista em memória à esses velhos guerreiros, parece-nos que. . . . . há tremores sobre o pampa num arrepio de flexilhas, . . . ao lembrar-se velhas trilhas, da macheza do rincão, pois, . . . com cheiro de sangue e pasto, ficou demarcado o rasto desta “gaúcha tradição”,. . . a tradição jaguarense do 27 de Janeiro e do seu Vulto maior, o Cel. Manoel Pereira Vargas.

Aos guapos heróis da brava data de 27 de Janeiro a nossa reverência, admiração e gratidão.

É isso aí, um abraço e até a próxima edição.

Fonte : Bibl.Públ. Mun, Imprensa local – 1980.

Edição de 21/01/2015


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