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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Guarda Popular do Internacional em Jaguarão realiza campanha do Agasalho


Fazer o bem a quem precisa e desmistificar a postura violenta que algumas torcidas organizadas têm é o objetivo da Guarda Popular do Internacional em Jaguarão. Os integrantes da torcida organizada, Rafael Duquia, Lucas Feijó e Lucas Cabaldi, estão divulgando a campanha do agasalho que está sendo realizada pela entidade.

“Ao contrário do que algumas pessoas pensam as torcidas organizadas/barras bravas não são apenas grupos de baderneiros apaixonados por futebol, são também pessoas que têm família e estão sempre buscando o bem estar social do próximo”, conta Duqui. Até o dia 30 de julho eles estarão arrecadando todo o tipo de agasalho que será doado para a Creche Nosso Lar, mas que, dependendo do sucesso da campanha, pode se estender a outras entidades da cidade.

“O Internacional já vem fazendo um trabalho social, com a promoção da torcida mista e essa postura acabou incentivando nossa ação na cidade”, destaca Cabaldi. As doações podem ser feitas na rua Marechal Deodoro, 593 no Açougue do Magro. Quem não tiver como levar até o posto de coleta, pode entrar em contato com os meninos através dos telefones 8427- 6241 ou 8406- 8429, pois eles recolherão as doações onde estiver.

“Essa campanha do agasalho que estamos promovendo é a primeira de muitas, tendo em mente projetos para o dia das crianças, natal e páscoa”, finaliza Lucas Feijó.  

Edição de 17/06/2015 Ano VI nº 217









Jaguarense Júlio Gonçalves é proclamado Campeão brasileiro meio pesado


Noite de cinturões em Rio Grande em frente a prefeitura e com entrada gratuita. Pela primeira vez um título da WBU em disputa em terras gaúchas, que teve a supervisão do baiano Erick Luz, que também é árbitro internacional da organização. Em conversa com o presidente da ANB, Adimilson da Cruz, ele expressou sua contentamento com a organização e disse que o presidente da WBU Tosten Knille também está satisfeito com os resultados e quer ainda para este ano mais duas disputas em Rio Grande, e de um título mundial inclusive.

Rychard Guardalupi ganhou a categoria welter na disputa o título sulamericano WBU, nocauteando Lázaro Dominguez no primeiro Round.

A disputa do título nacional ANB, divisão meio pesado Júlio Gonçalves venceu Éder Campos pela vía rápida do KO no segundo round.

Na disputa estadual Pablo Guardalupi venceu Alex Tavares no peso galo, o combate entre Gustavo Silveira da Silva e Dener Santos foi cancelado dias antes devido a uma lesão de Dener Santos.

Edição de 17/06/2015 Ano VI nº 217






Policiais do 3° BPAF prendem autores de furto em propriedade rural


No dia 13 de Junho de 2015, aproximadamente às 14h30, em Jaguarão, a guarnição da Brigada Militar foi acionada via 190 a comparecer na localidade Mei’Água, onde quatro indivíduos teriam arrombado duas propriedades rurais. De posse destas informações e das características dos veículos utilizados (duas motocicletas), as guarnições de serviço das cidades de Jaguarão, Herval e Pedras Altas efetuaram buscas e barreiras nas redondezas, onde obtiveram êxito na localização dos indivíduos, O.M.S, 24 anos, I.M.S, 27 anos, O.M.S.S., 20 anos e um adolescente de 17 anos, e dos objetos furtados, 01 espingarda calibre .28, 01 Rifle calibre .22, e 01 espingarda calibre.20, sendo apreendidas também duas armas sem procedência 01 Garrucha calibre.22, 01 espingarda calibre.36, além de 02 (dois) facões, 01 furadeira, 16 munições de diversos calibres intactas, 09 cartuchos deflagrados, 03 (três) frascos de pólvora, 05 cartuchos de recarga vazios, 10 espoletas para recarga intactas, aproximadamente 200 gramas de chumbo e 06 espoletas para cartuchos de metal. 

Diante dos fatos foi dado voz de prisão aos indivíduos, sendo os mesmos conduzidos ao HPS e posteriormente a Delegacia de Polícia Civil.

Edição de 17/06/2015 Ano VI nº 217





As Mães são de luta

Por Andréa Lima

Todos os dias pela manhã, quando estou a caminho para o trabalho, vejo muitas mães levando seus filhos para as creches. Às vezes com frio e chuva e, já cedinho, os pequenos vão enroupados nos banquinhos de bicicletas, carrinhos, ou de mãos dadas com outros irmãos para as escolas infantis.

Dá certa pena de ver, principalmente no auge do inverno, mas sabemos que estes são os itinerários de muitas mulheres batalhadoras, que muitas vezes são chefes de família, e estão tentando ganhar a vida com dignidade. As mães são de luta, é o que sempre penso.

Tive meu primeiro filho aos vinte anos e sei que os desafios são grandes pra quem quer ser mãe e precisa trabalhar e estudar. Quando fiquei grávida, estava no penúltimo semestre da graduação de Artes Visuais, em Pelotas, e não foi nada fácil concluir a faculdade.

Levava o bebê para as aulas, o amamentava e trocava as fraldas no carrinho, pelos corredores. Ainda bem que contei com uma rede de apoio dos colegas e professores e pude seguir adiante, pois não seria justo desistir faltando tão pouco.

Quando me formei, voltei para Jaguarão e passei em uma seleção para o Mestrado. Contei com o apoio da minha família e lá se foram mais dois anos de muita vontade e persistência. O único horário que sobrava para estudar, muitas vezes, era madrugada, quando o silêncio chegava. E haja café para ficar acordada.

Sentava no computador para fazer os trabalhos e atendia pedidos de mamadeira, dava colo, dividia a atenção. Não sei como fomos levando, mas valeu a pena todo o esforço.

Hoje, prestes a nascer mãe pela terceira vez, não acho, sinceramente, que os filhos sejam empecilhos para seguirmos adiante. Mas haja força de vontade, pois as estruturas não são pensadas para facilitar a vida de quem se aventura pelos caminhos da maternidade.

Agora mesmo, enquanto escrevo este texto, minha filha de dois anos revirou os armários da estante e deixou a sala de pernas para o ar! Nos desdobramos em várias, para dar conta do recado.

Os dados não deixam mentir e demonstram que, apesar de mudanças significativas nos últimos anos, nosso sistema ainda é regido pelo patriarcado.

No mercado de trabalho, por exemplo, as mulheres recebem em média 20% a menos do que os homens para o desempenho das mesmas funções. Somos, também, a maioria entre os trabalhadores terceirizados e, por isso, temos que nos qualificar, e muito, para termos estabilidade e ascendermos à melhores postos.

Para isto, além da labuta diária, precisamos nos organizar social e politicamente. Ampliar a participação nos espaços decisórios, na construção das políticas públicas e lutar contra a hegemonia branca, hétero-normativa e masculina, que prevalece nas Assembleias e no Congresso Nacional.



Lutando juntas, teremos muito mais poder do que pensamos na construção das mudanças e da realidade que queremos.

Edição de 17/06/2015 Ano VI nº 217