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terça-feira, 10 de março de 2015

Social - Vânia Baucke




Edição de 04/03/2015  Ano IV nº 202








MOCHILADA SEM FRONTEIRAS - Armando o Cenário

por Guilherme Larrosa

Chegamos na Serra segunda-feira passada, um grupo pequeno da produção até então, para reconhecer o local e começar as buscas de objetos para os cenários.

Minha equipe é composta por um Diretor de Arte, que decide o clima do filme, cores, estilos de móveis, escolhe as locações, enfim, ele decide como vai ser a estética do filme. Logo temos o cenógrafo que vai ilustrar os espaços escolhidos com algumas construções cenográficas e remanejar os móveis escolhidos no lugar da gravação. Uma coordenadora de arte, que cuida da parte burocrática, orçamento e logística do grupo e nós, os produtores de arte, que temos a função de garimpar os lugares e buscar todos os objetos que aparecem no filme.

Recebemos o roteiro, e lemos atentamente tudo que se pede, os objetos de cena e os objetos que enchem o cenário. Nas minhas visitas pelos lugares da cidade, fomos muito bem recebidos pelo povo serrano, diariamente vou caminhando pelas ruas, metendo a cara na janela das pessoas e vejo uma mesa bacana ou um vaso que pode servir. Automaticamente bato na porta e pergunto se ela quer alugar. Assim a gente vai produzindo o filme em cidades menores, com uma riqueza local. Nas cidades maiores, existem grandes acervos que é mais fácil.

O povo daqui se mobiliza para ajudar a equipe, comi muita cuca e tomei muito café com as vovós daqui. Sotaque carregado e muitas histórias no meio de muitas lembranças. Até o final de março, estaremos correndo para conseguir a maior quantidade de objetos possível, para começar a gravar em abril.

Edição de 04/03/2015  Ano IV nº 202