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sexta-feira, 3 de julho de 2015

CANAL DE COMUNICAÇÃO - Mãe Natureza

Por Arnoni Lenz

Nesta semana que passou, por duas vezes contatei com assuntos relativos à Mãe Natureza. O primeiro foi ao ler a encíclica Papal que trata dos cuidados e das mudanças que devemos ter em nossas atitudes, nossos atos, relativo ao planeta Terra e chamando a atenção para os graves e enormes problemas que o “bicho homem”, está criando pelo seu estilo de vida, suas produções e seus costumes. A principal causa é a desenfreada busca de maior riqueza material, onde não existe limite e quem muito tem cada vez mais quer. 

Onde a situação do ter se tornou muito mais importante que o fato de ser. Onde o homem é catalogado tanto mais importante por ter mais e onde o ser mais ou até melhor, fica em segundo plano. Essa inversão de valores não pode nem deve continuar. A encíclica é clara e impositiva. Não existe meio termo, o que existe é meio ambiente e esse deve ser preservado a todo e qualquer custo, sob pena de nós ou no mínimo nossos filhos e netos, sucumbirmos junto com ele. Realmente o papa Francisco é o cara. Podem os católicos crer que com seus posicionamentos e suas decisões, muitos cordeiros desgarrados voltarão ao rebanho sob os cuidados do mesmo pastor. O segundo foi quando no nosso jornal Meridional, na edição passada, (quarta feira, 17-06, pagina 06)li o assunto intitulado Monólogo da Árvore, escrito por Wenceslau Gonçalves, a quem conheci por intermédio do Pedro Bartolomeu Ribeiro, o Tutuca, quando o Wenceslau fundou em Porto ,Alegre, uma espécie de Colônia Jaguarense. Amigos da Cidade Heróica que se reuniam na capital às vezes, com a intenção de matar as saudades e se reconhecerem. Não sei se a entidade ainda existe, mas se não, é de se lamentar. O Monólogo da Árvore é um relato do que esse vegetal diria se pudesse falar e seus lamentos são dirigidos às autoridades responsáveis pelas suas mutilações, se não diretamente, pelo menos por não tomarem posições proibitivas para com esses fatos. O Poder Legislativo aí está e não só pode, mas deve legislar nesse sentido, com multas caras e fortes para com os infratores. O povo quase que sempre só aprende, só se educa, se “doer” no bolso. Anos se passaram e em outras épocas tratei desse mesmo assunto com bastante intensidade. Mandei imprimir uma poesia com o título de Súplica da Árvore e a distribuí em escolas, clubes e em todas as oportunidades que me eram oferecidas até a declamava. Fiz várias palestras para crianças nas escolas e tenho certeza que motivei algumas pessoas. É uma causa nobre que precisa ser encampada pelas autoridades. Penso até que deveria fazer parte do currículo escolar das escolas municipais, assim como noções sobre o trânsito, preservação do patrimônio público e muitas outras. Possivelmente não veríamos nossas praças danificadas, nossos bancos das praças quebrados ou virados de pernas para o ar. Paredes públicas ou não, pichadas ou com dizeres ofensivos. Tudo é caso de educação que precisa ser iniciada em casa, na família, e complementada nos bancos escolares. 

Mas nesse momento o mais importante é a busca da conscientização do adulto e da criança para com a responsabilidade com o meio ambiente. É nele que vivemos e ele será tanto melhor quanto melhores formos para com ele. A natureza é muito forte, basta nos lembrarmos dos estragos que ela produz quando se enfurece. Não existe força criada pelo homem que contenha seus ataques, sejam eles pela terra, pelas águas ou pelo ar. Por isso a importância dos assuntos que vem à tona e que não vão se esgotar nesse artigo. Na próxima semana trarei a Súplica da Árvore com intenção de reforçar ou despertar o interesse pelo problema. E é bom não nos esquecermos que: A NATUREZA NÃO É VINGATIVA ELA SÓ DEVOLVE COM MUITO MAIOR INTENSIDADE TUDO QUE O HOMEM LHE FAZ..

Edição de 24/06/2015 Ano VI nº 218
 
 

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