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terça-feira, 2 de junho de 2015

Jaguarão vive onda de insegurança: assaltos e roubos tem virado rotina

Desmonte da Segurança Pública causa onda de assaltos nunca vista na cidade
Em apenas uma semana, Jaguarão viveu uma onda de assaltos e roubos, tanto a estabelecimentos comerciais quanto a residências e até a pedestre. A insegurança tem pairado no ar. 

Para a delegada da Policia Civil, Juliana Garrastazu Ribeiro isso é reflexo principalmente dos cortes de investimentos na área da segurança no estado. “É claro que a impunidade acaba fazendo com que os bandidos voltem a reincidir, porém é impossível trabalhar sem horas extras, sem combustível para as viaturas, sem efetivo e ainda com a possibilidade de ter o pagamento de nosso salário parcelado. A situação esta muito difícil”, afirma. 

Recentemente o Prefeito Cláudio Martins esteve reunido com o subcomandante do 3º BPAF, Capitão Dilmar, para tratar do tema da segurança pública em Jaguarão. Na oportunidade Cláudio apresentou preocupação com o policiamento no município, em especial nos bairros. Ele destacou que tem recebido uma grande demanda da comunidade que solicita mais segurança, em virtude, principalmente, de casos de furtos e atos de vandalismo.

O prefeito também salientou a questão do efetivo de Jaguarão, já que recentemente foram transferidos sete policiais militares, diminuindo o policiamento local. Ele disse que em outro momento já havia abordado o tema com o Major Perachi, comandante do 3ºBPAF, e que segue a disposição para unir forças com o comando local para buscar soluções junto ao Governo do Estado, já que não houve a vinda de novos policiais.

De acordo com o Capitão Dilmar mesmo com essa redução no efetivo e com a diminuição de horas extras, o Comando do 3º BPAF estará organizando um planejamento de forma a contemplar a ação de policiamento nos bairros, para garantir a segurança da população. Ele ainda destacou a disposição em agir em parceria com a Prefeitura em prol da comunidade.

Já para o empresário José Eduardo Carvalho, que teve sua casa invadida, tendo dinheiro e objetos furtados, a situação só irá mudar com muita pressão da sociedade. “Acho que a sociedade tem que se mobilizar para que esta situação mude se não iremos virar reféns em nossas casas e locais de trabalho”, salienta.
Eduardo diz se sentir triste pelo que está passando. “A gente não vê solução para isto. A polícia prende e a justiça solta. Essa impunidade acaba contribuindo para o aumento da insegurança”, opina.
“Como comerciante, empresário, me sinto desprotegido. Estou inclusive pensando em alterar os horários de atendimento para correr menos risco”. Eduardo é proprietário de um Supermercado na cidade.

Sartori negocia para adiar reajuste aos servidores da segurança pública

Aumentos foram concedidos ainda durante o governo Tarso Genro mas governo atual não pretende pagar

Das dezenas de projetos de lei que o Palácio Piratini estuda enviar à Assembleia para ampliar receitas e enxugar despesas, o mais urgente é o que deverá propor a prorrogação da vigência do calendário de reajuste salarial dos servidores da segurança pública. A informação é do jornal Zero Hora.

Enquanto amadurece a decisão política, o governo inicia negociações com a base aliada para tentar obter apoio à polêmica proposta. Um plano B também está em curso: se os deputados recuarem, a alternativa poderá ser a judicialização dos aumentos concedidos ainda no governo Tarso Genro.

Com a crise financeira, o calendário de reajustes da área da segurança é visto com preocupação - custarão cerca de R$ 4 bilhões no período do governo Sartori. Somente em maio, quando passa a vigorar uma parcela, o impacto será de R$ 250 milhões. E isso ocorrerá apenas um mês depois de o Piratini ter atrasado o pagamento da dívida com a União para conseguir quitar em dia a folha do funcionalismo. A alegação é de que não há dinheiro para tudo.

A negociação do Piratini com a base aliada começa a partir de hoje, quando o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, receberá os líderes de bancadas para um café da manhã, como acontece às terças-feiras. Embora o prazo esteja se esgotando, o governo já fez as contas e sabe que ainda é possível aprovar a prorrogação do calendário de reajustes antes do final de maio. 

Os servidores da segurança receberão o salário reajustado no dia 28 do próximo mês. A folha precisa ser gerada até 48 horas antes. Isso indica que, até o dia 25 de maio, o projeto tem de estar aprovado na Assembleia. Mas, para isso, a base aliada será fundamental.

Se enviar a proposta em regime de urgência, a tramitação ocorrerá em 30 dias e poderá ultrapassar o limite de 25 de maio. A saída é o acordo de líderes, feito nas reuniões da Mesa Diretora. Se um deputado propuser, e a maioria concordar, um projeto de lei pode ser votado a qualquer momento.

Obter o acordo ficou mais fácil com a modificação do regimento da Assembleia. Antes, qualquer bancada de um deputado tinha poder para impedir uma votação. Agora o acerto se dá em caso de obtenção de maioria dos votos. A antecipação da análise da proposta em plenário só é vetada se três bancadas forem contra. Se a base aliada de Sartori abraçar a proposta, a aprovação poderá ser alcançada, já que os governistas são 35 dos 55 parlamentares.


Edição de 27/05/2015 Ano VI nº 214
 
 
 

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