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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Jaguarão.Ontem,hoje!! Rua Cel. De Deus Dias

Por Cleomar Ferreira

Antiga Rua da “Figueira” ou Rua “03 de Novembro”, como registram alguns livros sobre a história das ruas de Jaguarão. A primeira denominação desta rua, a partir de 24 de Março de 1846, consta em ata da Câmara Municipal. Lembra uma antiga figueira que existiu, próximo ao cruzamento das ruas Cel. De Deus Dias e Gen. Osório. Ali onde hoje localiza-se a Igreja Imaculada Conceição. 

O segundo nome da rua, que foi “03 de Novembro” pode estar ligado a alguma data militar. Antigamente muitos nomes de ruas eram ligados à datas de conflitos militares, bem como levavam nomes de personagens que participaram e tiveram papéis decisivos nesses episódios. Em 03 de Novembro de 1867, por exemplo, houve um conflito entre os paraguaios e aliados (Brasil, Uruguai e Argentina) dentro dos vários confrontos que marcaram a Guerra do Paraguai. 

O nome atual é uma homenagem à Manoel de Deus Dias. Pelotense nascido em 1º de Janeiro de 1847. Residiu em Jaguarão onde possuiu propriedades rurais. Foi chefe do Partido Republicano. No município de Santa Vitória do Palmar, atuou como fazendeiro, pois lá, também possuía propriedades. Junto com o Dr. Carlos Barbosa Gonçalves, atuou na Santa Casa de Caridade prestando relevantes serviços em prol desta instituição. Em Santa Vitória do Palmar, nosso personagem teve forte influencia na economia local nos anos idos de 1906, trabalhando com gado e ovelha, já que naqueles tempos esses produtos tinham grande cotação no mercado internacional. Em 29 de Janeiro de 1910, criou por lá, o Matadouro Municipal, com o apoio de alguns companheiros que reuniu na sua inauguração os grandes e prósperos pecuaristas da região. 

Em 02 de Janeiro de 1912, fez surgir a Sociedade Pastoril Agrícola e Industrial, que daria início a uma fase próspera através da organização da produção local. Tendo sido o primeiro presidente desta entidade. Atuando de forma a surgir outras entidades, inclusive o Sindicato Patronal rural daquela cidade. Aqui, foi sócio-proprietário da empresa que prestava serviços de Telefonia, que denominava-se “ Empresa Telephonica”. Residiu na Av. 27 de Janeiro, esq. Barão do Rio Branco, ao lado onde está hoje a Confeitaria São José. Faleceu em 16 de Abril de 1919, vitimado por um ataque cardíaco. Está sepultado no Cemitério das Irmandades. É isso aí, um abraço e até a próxima edição. 

Fontes: Bibl. Públ.Mun. – BPP. Livro. –internet.  

Edição de 11/02/2015 Ano IV nº200



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