Um espaço aberto para o leitor

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Desfiando al Destino - por VicentePimentero

Sempre naquela paranoia de saber ou entender de onde viemos ou para quê e por que estamos nisso que chamamos vida (pois tudo na existência deve ter um nome, assim como todo nome deve ter uma existência) ou me perguntando para onde vamos ou temos vontade de ir, assim as quatro e pico decidi escrever esta crônica. Eu chamo assim, e nem me dei o luxo ou o tempo de pesquisar sobre a denominação 'crônica'. Da palavra ou da condução crônica, pois a cavalgada da escrita deixa paisagens para trás ou alvoradas jamais vistas, ou apenas guardadas na tal da memória, mas se foi chamada assim e tiver alguma coisa a ver com crânio é por que era coisa da cabeça. E ou, ou e, e a cabeça não para de pensar.

Mas nem todas as cabeças ou métodos de pensamento tem a fórmula certa para harmonizar o tal do bicho homem. Isso é mais do que vivo e notório, embora ignoremos esse desastroso detalhe da história da humanidade. E essa palavra é tão pequena e tão profunda para alguns milhões de crânios sós. Fica difícil mesmo de entender o que eu nem consigo dizer. Se existe uma explicação ou verdade ou coincidência em qualquer destas linhas confortavelmente lidas, mas incômodas ao passar, é por quê nada é tão incrível do que a falta de sentido verdadeiro de tudo.

Vou contar até três para não ser descoberto como filósofo, pois há guardiões preocupados em guardar algo naqueles bolsos costurados que precisam ser preenchidos, nem que seja com balas de gorjeta, ou nylons de proveta.

Paralelamente estou no Face. Preciso e prefiro ser lido, limpo ou queimado por aqui do que pactuar sobre a inércia dos que nunca foram ou voltaram e mesmo assim tiveram a inexplicável arte de não estar em lugar nenhum.

Estou impossível de escrever sobre cozinha, música ou literato. Acredito saber ou mentir sobre outras coisas. Sobre a louca poesia da vida, sobre tudo isto que é apenas um sonho.

Edição de 23/09/2015 Ano VI nº 231
 
 
 

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