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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

CANAL DE COMUNICAÇÃO - Manchetes

Por Arnoni Lenz

Há órgãos governamentais que tomam decisões dúbias a cada pouco tempo. Às vezes são totalmente contraditórias e criam enormes problemas para todo mundo. Existem situações tão absurdas que além de serem causadoras de enormes despesas para todos que tem um mínimo de participação com o assunto, criam inclusive problemas legais. Hoje tenho a total certeza que a intenção não é de resguardar a população, mas sim extorqui-la. Os que tomam as decisões são certamente beneficiados com as famosas propinas ou presentes que tem muita influência nessas mesmas decisões. Para isso não é preciso que sejam políticos, que o assunto tenha que ser votado, ele pode simplesmente ser decidido pelo órgão determinador das medidas. O que interessa é que o povo, sempre ele, compre determinada coisa exigida e que em poucos dias será revogada. 

Nas decisões do DENATRAM temos exemplos recentes e característicos. Houve um tempo em que o “quite saúde” foi obrigatório, dava multa e outras penalidades. Não durou mais que o tempo de um carnaval. Foi abolido, mas muita gente já tinha comprado e repassado dinheiro beneficiando os amigos do rei. O cinto de segurança teve várias idas e vindas, hoje ele permanece como obrigatório e acredito, útil. O extintor de incêndio é uma piada. Era obrigatório, foi mudado com prazo para ser substituído e agora e opcional. Quando é que a justiça vai também fiscalizar esse órgão fiscalizador? E assim acontece em tudo e em todos os níveis governamentais. As manchetes de nossa mídia são ridículas, contraditórias e mentirosas. O governo pensa em permitir os jogos de azar. Sou totalmente favorável. Joga quem tem e quem quer e não criar impostos que atingem a todos e que além de penalizar vão ser igualmente desviados. As armas foram totalmente proibidas, para mim uma das leis mais ignorantes que já vi. O criminoso vai tranquilamente à tua casa, te toma o carro, o celular ou a carteira, pois está certo que não tens como te defender. Parece que algum dos poucos políticos que pensam, está querendo revogar a proibição, ou pelo menos tornar a lei mais branda. No mínimo deve ter tido um parente próximo ou ele mesmo foi atingido pela bandidagem. No tempo de Getúlio Vargas o jogo foi legalizado associado a espetáculos artísticos e criou a época áurea dos cassinos. Por treze anos, de 1933 até 1946 o jogo legalizado era uma grande fonte de renda para a Nação. Ainda nos resta como recordação o que foi chamado de “o maior cassino da América Latina”, O Quitandinha. Algumas autoridades da época principalmente o presidente Eurico Gaspar Dutra, decidiu proibir o jogo, pois o mesmo era um local conhecido como “fábrica do crime e do vício”.

Pois bem esse lugar agora não é determinado, todo lugar é lugar. Podem então voltar a existir os cassinos e as casas de jogo. Lula, pressionado criou normas proibindo bingos e caça-níqueis, pois não queria todo mundo se locupletando com dinheiro fácil. Até parece, né? Até agora as últimas notícias sobre o arrocho nas despesas federais, o cortar na própria carne, a diminuição de dez ministérios, tudo é mentira. Para solucionar em definitivo a causa deficitária no Brasil é muito fácil, insisto em dizer: é só cortar os altos salários dos poderes intocáveis, daqueles que ganham salários bem mais altos, mas bem mais altos mesmo, do que o teto e que só de penduricalhos e ajudas de custo recebem valores que nem podemos imaginar. É só diminuir o número de senadores e deputados e principalmente fiscalizar o que ganham e o que verdadeiramente recebem. Nós não tomamos conhecimento desses valores. Nem sonhamos o que eles ganham. Dá pena e preocupação com o que vai acontecer com o País e o Estado, mas não vejo saída. Não para minha época. De lá onde vou estar vou cuidar para ver como é que tudo se encaminhou e vou ver também quando foram iniciadas e principalmente terminadas as duas segundas pontes, do Guaíba e do Jaguarão.Muito se tem dito e prometido, mas...

A frase é de Baruch Spinoza: A EXPERIÊNCIA NOS TEM MOSTRADO QUE NADA É MAIS DIFÍCIL AO HOMEM DO QUE CONTROLAR SUA PRÓPRIA LINGUA.

Edição de 23/09/2015 Ano VI nº 231
 
 
 

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