Espaço do Saci - Aguirre defenestrado antes do Grenal

Por Marcos Sagrera

. Chegamos em agosto e o internacional ainda não apresentou um futebol convincente. No meio da tabela do campeonato brasileiro e com remotas chances de conquistar o título, o colorado precisa reavaliar o trabalho que vem sendo feito pra conseguir ter uma chance de ainda salvar o ano. E essa avaliação tem que começar pelo trabalho do treinador Diego Aguirre.

. É hora da direção sentar com a comissão técnica e esclarecer algumas coisas. O treinador uruguaio tem que rever seus conceitos obrigatoriamente. Não pode mais abrir mão de um meio de campo consistente e equilibrado. Suas convicções até este momento não se mostraram eficientes. Insiste em jogar com três atacantes sendo que a bola não chega redonda pra nenhum deles. O ataque não tem nenhum entrosamento , os atacantes estão mal posicionados e acabam ocupando até os mesmo espaços no decorrer dos jogos.

. O centroavante Lisandro Lopes se movimente, recua, sai da área pra buscar o jogo e abrir espaços e ninguém infiltra porque não existe meio de campo. Valdívia joga aberto pela esquerda, não se desmarca e quando consegue driblar, não procura a linha de fundo, sempre corta pro meio afunilando as ações ofensivas. Ele pega a bola e não tem passagem do lateral, até porque o que temos é horroroso ou então é um zagueiro improvisado.

. Rodrigo Dourado como sempre, marca sozinho por todos os lados e é o melhor em campo junto com Alisson. O treinador insiste em empilhar atacantes deixando o time sem mecânica de jogo e totalmente desequilibrado. E pra piorar deixa Dalessandro cansado em campo e não coloca Alex , que poderia fazer a mesma função. Parece que está pedindo pra ser demitido.

. A sorte do técnico Diego Aguirre é que temos pela frente um adversário fraco e que joga em campo neutro no próximo domingo. Terá que conseguir os 3 pontos de qualquer maneira. É hora de tirar um atacante e colocar Wellinton Martins no meio, formando um losango com Dourado, Anderson e Dale. Pode tirar Sasha ou Valdívia, jogando em um 4-4-2 clássico, sem invenções de professor pardal. Se perder pro ex-rival, será sua última partida como técnico do inter.

Edição de 06/08/2015 Ano VI nº 224