Um espaço aberto para o leitor

domingo, 3 de maio de 2015

Jaguarão. Ontem, Hoje - Centro de Comércio Informal (1994) Um Sonho Que Ficou No Passado!!

De acordo com o Prefeito da época, “Um negócio da China para Jaguarão”!- Mas esta obra perdeu-se no tempo. E o tão sonhado Centro de Comércio Informal embora tenha parcialmente saído do papel, sim, pois do seu projeto original que teria um segundo piso, não foi concretizado, e não alcançou o sucesso esperado.

Esta obra foi construída pela Incorporadora Zanin, vencedora da licitação e a mesma que construiu o Edifício Querência, na Praça Comendador Azevedo.

A Prefeitura entrou com o terreno, avaliado na época em 100 mil dólares e o projeto teria um custo final em torno de um milhão de dólares, sendo que a prefeitura receberia um patrimônio de aproximadamente 350 mil dólares. Isto porque em troca do terreno, a administração municipal receberia 95 lojas, que seriam alugadas. 
 
O Centro de Comércio Informal seria composto de dois andares tendo como acesso esterno uma rampa e internamente, escadas em caracol. No piso térreo ficariam localizadas 240 lojas, tendo como tamanho padrão, 6,84m² . – A altura das lojas seria de 4,50m, para permitir a construção das sobrelojas. Ainda havia projetos de paisagismo com colocação de canteiros e uma área destinada a exposições temporárias.

O prédio seria estruturado de forma que fosse possível a ligação das lojas entre si e até entre os andares. No andar superior ficariam localizadas quatro lojas maiores, medindo cada uma cerca de 200m², sendo que uma delas, pertenceria a Prefeitura.

Esta obra tinha previsão para iniciar em Maio de 1994, com prazo de um ano para sua conclusão. Paralelamente, foi realizado a urbanização e o paisagismo da Beira-rio. A mureta quase que totalmente destruída nos dias de hoje, e os coqueiros são parte desse projeto.

O Centro de Comércio Informal nunca deslanchou. Embora tenha sido um bom projeto. Lembro que muitos contemplados com essas “lojas” não queriam mudar-se para o outro lado da ponte, pois o movimento maior era sempre para o lado direito de quem vem do Uruguai. Seria muito difícil mudar o hábito de quem vem a pé, descer para o lado esquerdo da ponte. 
 
Na época, cogitaram até, abrir outra passagem por baixo da ponte nas proximidades do início da Rua Gen. Marques, Esq. Do Supermercado Paraiso.

Com esta polêmica, aliada ao movimento de fronteira que caiu muito com a entrada do “Real” cujo valor se sobrepôs ao poder aquisitivo dos uruguaios, o Centro de Comércio Informal transformou-se numa obra abandonada, tendo sua estrutura corroída pelo tempo e pela ação dos vândalos.
Só não entendi porque o projeto original não foi concluído. Será que faltou verba ???

É isso aí, um abraço e até a próxima edição.
Fonte: Imprensa local. 1994. 

Edição de 29/04/2015 Ano VI nº 210
 
 
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário