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terça-feira, 7 de julho de 2015

Copa América, os 4 melhores do Continente - Por Vicente Pimentero

Não tem Brasil e nem Uruguai, a fronteira continua a assistir o maior campeonato de seleções do Continente sem os países hermanos. Ambos jogaram sua realidade atual e mostraram que o processo de renovação pode vir a ser longo e complicado. Sabemos que há muito tempo não tem mais bobo no futebol, os sacos de pancadas sumiram, pelo menos na América do Sul, com exceção da Bolívia que continua com um futebol medíocre e sem futuro.

Na peneira das quartas de final confrontam-se em dois jogos de tirar o fôlego as quatro seleções, que ao meu ver, são sim as melhores do Continente. As semi-finais da Copa América serão representadas pelo jogo de combate e não o jogo bonito. Tanto Chile, Argentina, Paraguay e Perú jogam em cima de marcações fortes e um futebol moderno, como citou meu amigo Felipe Rosales, diferentemente do jogo retrancado do Uruguai ou o jogo burocrático e sem graça do Brasil e da Colômbia.

O Chile, sorrateiro e desesperado por levantar um título importante e internacional pela primeira vez, chegou à Copa, talvez, com a melhor seleção de todos os tempos da terra de Allende. Nem na época de Salas e Zamorano o time de Sampaoli conseguiu reunir tantos jogadores habilidosos, e o melhor, do meio pra frente, o que o faz ser um time goleador e difícil de aguentar quando pressiona. Ainda mais em sua casa, onde tem assistido ao espetáculo de um grande público de um povo fanático necessitado de copas.

O Perú, adversário do anfitrião, mostrou desde o primeiro jogo, mesmo com a derrota para o Brasil, que veio da mão do técnico Gareca para jogar futebol. Veio retocar aquele detalhe que o põe entre as quatro melhores seleções da América e que, se jogar bola nos 90 minutos da semi, sem se retrancar, pode surpreender e brigar pelo título com o vencedor do outro confronto. Volto a destacar o jogador Farfán, o meia atacante desenvolve com Lobatón todo o tramite bem jogado do meio de campo Incaico.

A Argentina vive num relógio de areia, tão desesperada como o Chile, para dar a sua torcida um caneco levantado pelo seu astro Messi é a que chega com melhor desempenho no torneio, não em gols, mas em posse e toque de bola e em finalizações. Digo que a Argentina é a Alemanha da América. Consolida uma base de jogadores trazida desde o começo da década e apresenta o elenco mais equilibrado de todos. Em todos os aspectos o ex-time de Maradona é o grande candidato. Vice no mundial e dona de um retrospecto justo a albi celeste está com fome de taça e com sangue no olho, pronta para passar pelo Paraguai.

O Paraguai chega à semi com mérito de poucos. Fez uma ótima campanha, considerando-o como um dos menos cogitados à classificação. Conseguiu empates com as tradicionais seleções da Argentina e do Uruguai, e segurou o Brasil, também com empate, que vinha no seu melhor momento, no embalo da renovação e da adaptação. Contra a Argentina procurará seu jogo épico, cientes de que uma semifinal é quase um cartão de visitas para demonstrar a fibra e identidade do finalista. Quanto mais batalhada seja a luta melhor chega-se ao duelo do dia 04 onde se conhecerá o novo campeão das Américas.
A propósito, os quatro técnicos são Argentinos.


Nos palpites anteriores acertei em partes os empates dos jogos do Brasil e Argentina, porém com gols, a esperada vitória do Perú, errando na precisão do resultado, e como bom torcedor errei o jogo que eliminou o Uruguai.
Para esta rodada palpito:
Chile 2 x 1 Perú
Argentina 1 x 0 Paraguai

Edição de 02/07/2015 Ano VI nº 219





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