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sábado, 27 de junho de 2015

Como chegam as seleções às quartas de final da Copa América - por Vicentepimentero

Há quem oscila entre torcer ou acompanhar a Copa América, mas se pararmos pra pensar, as semelhanças com a Libertadores fazem deste torneio um dos certames que mais identificam o futebol do continente. Sua história exige a aplicação das seleções e a reorganização das mesmas para as eliminatórias e confronta em seus clássicos e etnias a marca que traça sua trajetória. Prestes a completar seus 100 anos, a Copa América Edição Chilena está apresentando um futebol equilibrado entre as principais seleções.

Depois de uma primeira fase com algumas surpresas e classificações truncadas como o próprio futebol sul americano é, desenharam-se as quartas de final com jogos interessantes e pouco previsíveis. O Chile tem sua primeira guerra de morte, com o algoz de duas edições anteriores, na Venezuela 2007 e na Argentina 2011, onde o Uruguai eliminou o anfitrião. A Celeste Olímpica chega descompromissada, sem Suárez e Cáceres e sem achar ainda um bom futebol, conta ao menos com um banco versátil que possibilita ao Maestro montar diferentes formações acompanhando a necessidade da ocasião. O Chile, como gosta, com a torcida embalada depois da goleada contra a Bolívia, tentará manter a posse de bola no meio de campo ofensivo e pressionará o Uruguai até o último suspiro. O espírito do bom futebol de seus craques está em alta, Vidal, Aránguiz, Sánchez, Valdívia, Medel. Se passarem pela atual campeã será grande candidata ao título inédito.

Do clássico Incaico Peru e Bolívia sairá o adversário do primeiro jogo. Ambos com pouco aproveitamento na copa chegam a apostar tudo num futebol com pouca criação e submisso aos talentos de Guerreiro e Moreno. No Peru destaque para Farfán, o meia ofensivo dá uma qualidade à seleção peruana que pode desiquilibrar o confronto.

O Brasil melhora a atitude, mas ainda não apresenta um bom futebol, contra o Paraguai terá que fortalecer o combate, um jogo muito equilibrado que poderá se estender aos pênaltis como na edição passada. Com a bola no chão a seleção de Dunga pode levar uma boa vantagem, o Paraguai pipoca muito a bola e impossibilita o domínio do adversário. Um jogo para uma escalação mais compacta no meio de campo, da parte do Brasil e de saída rápida de bola para um Paraguai que supostamente jogará retrancado.

O jogo entre Argentina e Colômbia convida para um jogo de muito toque de bola e de muita correria, com características parecidas, argentinos e colombianos ainda esperam o despertar de seus craques, Leonel Messi e James Rodríguez, usufruem de um elenco de talentos, Tevez, Aguero, Falcón García. Haverá uma grande chance de ser um dos jogos mais bonitos da Copa. Desse confronto poderá sair o clássico Brasil e Argentina na semifinal da copa chilena.

Os palpites deste cronista:
chile 1 uruguay 2
peru 2 bolívia 0
argentina 2 colombia 2 (4x2)
brasil 2 paraguai 2 (5x2)

Edição de 24/06/2015 Ano VI nº 218


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