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quinta-feira, 12 de março de 2015

Jaguarão. Ontem, Hoje - EXEMPLO DE RESISTÊNCIA OU PERSISTÊNCIA

Por Cleomar Ferreira

Sempre que passo pela beira do rio, (Av. 20 de setembro, esq. Gen. Osório ), me chama atenção um “coqueiro” ali existente. Quase no final da fila, onde estão outros de sua espécie. Ao contrário dos outros, parece que luta para manter-se em pé. Seu caule tomado por alguma “doença” ou “parasita”, está longe de ter a mesma robustez dos outros. – É fino, parece frágil, talvez quebre a qualquer momento. Mas ele permanece ali, insistente, fazendo o seu papel na fila.

Quantos ventos e temporais já enfrentou em sua jornada, naquela avenida aberta?! – Mesmo na sua aparente fragilidade, ainda produz, ou ao menos tenta. Já esteve pior, quase seco. Persistiu e hoje está com folhas e frutos.

Passa despercebido, sem chamar atenção, mas segue seu ritmo, produz talvez para si. Para provar ou contrariar a natureza. Posso chama-lo de “Herói da Resistência”, pois para mim, comparando com os outros é assim. Para os outros, frondosos e fortes, é fácil produzir, mas e pra ele ?? –

É um bravo que não tem reconhecido o seu valor. Assim como o nosso rio, que desempenhou um importante papel na famosa data de “27 de Janeiro”, impedindo que o cerco a “Vila de Jaguarão fosse completo e com isso mudando certamente o rumo da história. No limite de suas forças, resiste assim como a Vila.

Essas coisas, plantadas no meio do caminho, sempre me chamam atenção. Não estão ali por acaso. Poderia ser um animal, um objeto qualquer. Nos mostram exemplos. Nos fazem enxergar que cada um pode ter seu ritmo próprio e mesmo assim fazer o mesmo papel dentro de uma sociedade ou na vida de um modo geral. Não adianta querermos ser os coqueiros fortes e frondosos se não enfrentarmos e vencermos primeiros as nossas limitações. Vencermos a nós mesmos é um grande desafio.

Deixo este texto como mensagem de reflexão aos amigos leitores desta coluna.
É isso aí, um abraço e até a próxima edição.


Edição de 04/03/2015  Ano IV nº 202




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