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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Turistas motoqueiros falam sobre Jaguarão e a Motofest

Los Gorriones y Los Cuervos - motociclistas de Treinta y Tres 
Durante os quatro dias da 16° Motofest a cidade se transforma e passa a ser palco de um desfile de pessoas um tanto exóticas ao olhar do cidadão comum. São os motociclistas, integrantes de motoclubes que vem de várias partes do país e de países como Argentina e Uruguai.

A reportagem do Meridional esteve visitando no sábado o acampamento formado nas margens do rio Jaguarão a fim de escutar a impressão dos visitantes sobre a cidade e o evento. O espaço estava totalmente tomado pelos participantes da Motofest. Gente de todos os cantos do Rio Grande do Sul e Uruguai.

José Crossa, de Treinta y Tres, participa pela quarta vez da Motofest. Com os companheiros e companheiras do Grupo Gorriones saem a passeio e curtem sua paixão que é o motociclismo ( e a moto), conhecer diferentes lugares, compartilhar momentos com pessoas que não conhecem e fazer novas amizades. Para ele o principal dessa festa é o companheirismo. “Não se trata só de andar na estrada, nem das cilindradas. Pode-se ter uma moto menor e mesmo assim participar” conta.

José fala sobre a recepção que teve na cidade utilizando o adjetivo bem uruguaio e que revela o seu contentamento, “impecable”! Também da cidade de Treinta y Tres, Jenifer Rodrigues, do motogrupo Los Cuervos, participa sempre que pode deste encontro. Já viajou em sua moto por praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul e parte de Minas Gerais. Sobre o motociclismo diz que há muita gente que não entende o que isso significa. “ Compras uma moto e já te dizem que é melhor comprar um carro. Não entendem a adrenalina, as amizades que se faz sobre duas rodas”. Ele também elogiou a organização e a própria perseverança em manter o evento todos os anos, pois sabe que não é fácil.“ A única coisa que ainda precisa melhorar é a questão dos banheiros, que apesar de terem aumentado de número, ainda apresentam deficiências no que se refere à limpeza. E isto, talvez pelo próprio desleixo daqueles que utilizam o serviço”, completa.

Luciene, Sérgio e Jairo, do Grupo Olhos d’Água de Guaíba 
Sérgio Ávila participa pela primeira vez da Motofest. Esteve em Jaguarão há 30 anos disputando um torneio de futebol de botão, mas revela que não conheceu a cidade, pois só saía do hotel para a sala de jogos. “Não tive tempo”, diz ele. Estava impressionado com a beleza do rio, do centro histórico e do acervo de casas antigas. Assim como seus parceiros de viagem, do Moto Grupo Olhos d’Água, de Guaíba, Luciene Rocha e Jairo Ávila. “Em Guaíba se encontra alguns prédios históricos, porém não o conjunto que se observa em Jaguarão” comenta Luciene.

Quanto ao Jairo, participa do Encontro já pela quinta vez. Andou em quase todos os encontros pelo Rio Grande do Sul e sua viagem mais longa foi à Brasília. Já ouviu falar do carnaval em Jaguarão e tem vontade de conhecê-lo de perto. “Com tanta gente de fora aqui na cidade, só estranhamos que o comércio estivesse fechado no sábado à tarde. Precisávamos fazer umas compras, pois só trazemos praticamente a roupa do corpo e não encontramos nada aberto”, aponta Sérgio. Acontece o mesmo em Guaíba, admite ele. “Lá, implantaram a barca que faz a travessia do Rio e as pessoas que fazem o passeio se queixam que o comércio de Guaíba está todo fechado”

Os motociclistas do Olhos D’Água  sentiram falta também de um folder, ou um pequeno mapa da cidade com os pontos turísticos a visitar. No demais, elogiaram o evento e apontaram a melhoria de estrutura dos banheiros em relação aos anos anteriores. “Andar de moto, este é o espírito do motociclismo”, finaliza Jairo.  

Acampamento na Beira Rio - Foto Fernando Soares


Edição do dia 04/02/2015 - Ano IV- nº 199




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