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sexta-feira, 10 de julho de 2015

A Copa América dos chilenos - por vicentepimentero

O Chile abraçou o tão almejado prêmio de seleções continentais de forma inédita, desengasgou de uma longa história sem troféus na cristaleira e em meio a um torneio conturbado por tenebrosas atuações da arbitragem. Há de se dizer que a seleção de Sampaoli passou por seleções fortes e resistiu a uma corrida contra o tempo, contra o nervosismo e a responsabilidade de ganhar aquele primeiro título, entre empates e vitórias muito acirradas conquistou a Copa América 2015.

As finais de terceiro e quarto e de primeiro e segundo lugar mostraram o que realmente foi a desenvoltura do torneio. O Peru confirmou seu excelente novo momento da mão de Gareca, o técnico argentino organizou um futebol de muito toque de bola e pouca definição. Soube utilizar bem seus talentos e criou uma defesa coletiva com o meio de campo, formando um time admirável e coeso, mereceu e poderia ter surpreendido o Chile, e por que não, logo, os argentinos. O Terceiro lugar do grupo incaico alerta para as dificuldades que se encontrarão nas eliminatórias, uma vez que, o terceiro melhor time da América, em torno à seleções, não foi à Copa passada e seu bom momento o fará disputar por essa vaga. Por sua parte o Paraguai também deve estar satisfeito de estar entre os 4 melhores do continente, também ausente na Copa do Brasil em 2014, os rayados guaranís também estarão confiantes em retornar à elite do futebol mundial, no seu campinho, já o conseguiram.

A Argentina demonstrou cansaço no final do torneio, e o preparo físico deveria ser a prioridade do técnico Martino, um time com o elenco dos albi celestes não poderia se dar ao luxo de perder uma final por desgaste físico. Notoriamente exaustos de suas temporadas, em sua maior parte na Europa, os companheiros de Messi e inclusive ele, arrastam esse cansaço físico, somado ao mental, desde a final da Copa do Mundo. Se o futebol não fosse tão mercadológico, as seleções sul americanas poderiam usar uma maior porcentagem de jogadores locais, evitando ofuscar as grandes estrelas e ainda possibilitando a renovação das mesmas.

Em fim o Chile, um time que mostrou na Copa do Mundo que começava ali uma equipe, uma legião de talentos que talvez não existisse em outras seleções chilenas, e se pôs à prova em sua Copa, o maior desafio, dever de casa e conversa interna. O futebol chileno precisava desse título. Para eles não importa os descarados ajustes do apito, a Copa América está lá, e a cada final de jogo confirmou-se, o Chile é o atual campeão e defenderá o título ano que vem, nos Estados Unidos, numa edição especial de 100 anos de Copa América. Até lá ficaremos com a imagem do Alexis Sanchez e seu refinado último toque para as redes argentinas.

Edição de 08/07/2015 Ano VI nº 220




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