A
quarta-feira não chega nunca, parece uma eternidade para o torcedor
colorado. Libertadores é assim, quando parecia que tínhamos
passado pelo pior adversário possível, veio outro, com
características diferentes, não com a mesma qualidade do galo, mas
igualmente perigoso. O jogo em Bogotá mostrou um típico adversário
sul americano, mas diferente dos times colombianos que estamos
acostumados a ver.
O time do
Santa fé não joga com a mesma intensidade e velocidade do futebol
colombiano. Aquele futebol faceiro e irresponsável é coisa do
passado. Esse time marca forte, cadencia o jogo, e imprime velocidade
na hora certa. A zaga é alta e veloz. O jogo aéreo e o
contra-ataque será a aposta do time colombiano que tenta chegar pela
quarta vez em uma semifinal de libertadores.
No jogo de
ida, o colorado mereceu a derrota e o resultado poderia ter sido
pior. Não conseguiu ter a posse de bola e quando teve chance de
fazer os gols, não aproveitou. No segundo tempo os colombianos
encurralaram o time gaúcho no seu campo e exerceram uma pressão
avassaladora até o minuto final quando conseguiram a vitória em um
lance de escanteio, o que já se desenhava desde o início do
primeiro tempo.
Mas o 1 a
0 não desanimou a equipe do técnico Diego Aguirre. Já na recepção
no aeroporto Salgado Filho na volta de Bogotá, a torcida se fez
presente para apoiar o time. Todos os ingressos foram vendidos e
restam poucos lugares nas áreas vips. O Beira-rio será um caldeirão
novamente.
A
escalação colorada só será divulgada poucos minutos antes do
jogo. Apesar de ter treinado com Lisandro e Ernando entre os
titulares, o treinador uruguaio, deve iniciar o jogo com Nilmar e
Alan Costa, este último, para tentar conter a bola aérea do Santa
Fé. Desta vez não precisaremos improvisar na lateral esquerda, o
lateral Geferson está recuperado de lesão e iniciará a partida. O
atacante Sasha não está em uma fase boa, mas é importante
taticamente porque recompõem a defesa muito rápido e está sempre
brigando pela bola. E a posse de bola será fundamental no jogo. Se
continuarmos a dar balão pra frente sem fazer a bola passar pelo
meio, não chegaremos a lugar algum. É mais um jogo pra ser jogado
com inteligência, não pode se atirar pra cima feito louco, pois se
tomarmos um gol, a coisa vai ficar feia. Temos jogadores experientes
para não confundir velocidade na transição e no ataque, com
pressa. A pressa acaba tornando-se mais um adversário, gera erros
bobos, decisões equivocadas e impaciência na torcida. Tudo isso
acaba gerando nervosismo nos jogadores à medida que o tempo vai
passando e os gol não saem. Confio em nossos jogadores, saberão
fazer o resultado. Sorte pra nós.
Edição de 27/05/2015 Ano VI nº 214
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