Acontece nesta sexta-feira, 18 de dezembro, as 21 horas, no Teatro Esperança, o Lançamento do CD Náufragos Urbanos - Cartas de Marear, com músicas de Martim César e Ricardo Fragoso. Fragoso é um talentoso músico pelotense sempre acompanhado da bela voz de Ro Bjerk.
Participam como convidados especiais, os músicos Paulo Timm e Aluísio Rockembach.
Na Abertura, show da cantora uruguaia Laura Correa e Grupo.
Os ingressos custam 10 reais e podem ser comprados antecipadamente na Tabacaria Tulipa, Livraria Contexto, Confeitaria Panemio e Restaurante Sinuelo.
Sobre o CD , diz um dos mais conceituados críticos de música do Brasil, Juarez Fonseca, em artigo publicado na sua Coluna de ZH: Do universo em Jaguarão
Raríssimos
letristas gaúchos navegam com naturalidade entre a música nativista
e a chamada MPB. Lembro dois grandes: Apparício Silva Rillo e Sérgio
Napp. Também poeta e escritor com cinco livros, e prêmios em muitos
festivais, Martim César é um deles. Em 2011, com “Já Se
Vieram!”, fez ao lado de Marco Aurélio Vasconcellos uma obra-prima
do regionalismo.
Neste novo disco, sétimo em 20 anos de carreira,
comprova o talento para versos universais e ritmos nacionais já
testado em “Canções de A(r)mar e Desa(r)mar”, de 2007,
mesclando parcerias com Paulo Timm, Cardo Peixoto e Ricardo Fragoso.
Músico pelotense de larga trajetória, com a experiência de ter
atuado três anos em Paris e hoje viver entre Montevidéu e Porto
Alegre, Fragoso é o parceiro exclusivo de “Náufragos Urbanos”.
Ao lado da ótima Ro Bjerk, ele afirma o caráter discursivo,
incisivo, até político das letras de Martim - que têm parentesco
com Bob Dylan, Geraldo Vandré, Belchior. Trecho da faixa-título:
“Somos sim o passo errado, o descompasso, a imprecisão, a perdição
dos bem criados, mas mesmo assim o engraçado é que pensamos que ser
livres não nos parece ser pecado”.
Vale dizer que há forte
sotaque gaúcho na MPB que eles criam, mesmo um samba tem ares de
milonga. Se Vitor Ramil fez seu mundo em Pelotas, Martim César faz o
seu em Jaguarão, no extremo Sul do mundo. Não precisa estar em Nova
York ou Berlim para cantar/filosofar sobre os encontros e
desencontros da vida, “sem bússola, sextante ou astrolábio”.