Por Sociedade Espírita "André Luiz"
Praça Dr. Hermes Pintos Affonso, 59
“O
médico dos Pobres e um dos maiores Vultos do Espiritismo”
Adolfo
Bezerra de Menezes. Médico, político, jornalista e escritor. Nasceu
no Riacho do Sangue, Ceará, em 29\08\1831; faleceu na cidade do Rio
de Janeiro, em 11\04\1900. Custeou seus estudos com grandes
dificuldades, até conseguir o diploma de Doutor em Medicina pela
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Abolicionista,
liderou o Partido Liberal e entregou-se à campanha realizando obra
de grande mérito: A Escravidão no Brasil e as Medidas que Convém
Tomar para Extingui-la Sem Dano para a Nação. Preocupado com o
grave problema do nordeste, em 1877 escreveu: Breves Considerações
Sobre as Secas do Norte. Incansável em sua atividade, colaborou
nos jornais A Reforma e O País. No dizer do Barão de
Studart, ele foi o “operário infatigável a serviço da causa
pública”. Fez parte de diversas sociedades de época,
desenvolvendo múltiplas atividades, todas voltadas para o princípio
humanitário de dedicação aos mais necessitados. Foi
Tenente-cirurgião do Exército, mas deixou o cargo para servir às
causas populares como vereador na Câmara Municipal. A estrada de
ferro Macaé-Campos foi iniciativa sua. Exerceu essa atividade por
vinte anos, quando deixou-a também, desta vez para ensinar a
doutrina que abraçara solenemente na Assembléia da Federação
Espírita Brasileira, no ano de 1866. Datam desta época os romances:
A Casa Assombrada, A Loucura Sobre Novo Prisma, A Doutrina
Espírita Como Filosofia Teogônica. Espírito caridoso, dedicado
ao próximo, Bezerra viveu sua vida doutrinando e ensinando. Escreveu
também diversas outras obras: Problemas Educacionais, Casamento e
Mortalha, Pérola Negra, Lázaro, O Leproso, História de Sonho,
Evangelho do Futuro, etc. Morreu pobre, fiel aos princípios que
abraçou, quando preparava um importante trabalho sobre os
Evangelhos.
Bezerra
de Menezes é uma das figuras mais veneráveis do Espiritismo no
Brasil, desde os tempos do Segundo Império até os dias atuais. A
tal ponto que, ainda mesmo como desencarnado, suas mensagens e
orientações continuaram influindo e estimulando o desenvolvimento
dessa Doutrina no país.
Sua
dedicação e esforço no esclarecimento das massas fizeram reviver o
Espiritismo como sendo o Cristianismo puro e reavaliar os artigos de
fé com razão e verdade científica. Por isso mesmo, ele foi
cognominado o “Kardec brasileiro”.
A
completa abnegação em favor dos menos favorecidos, com sacrifícios
pessoais e familiares, exemplo vivo de amor ao próximo, levaram-no,
finalmente, a ser chamado de o “médico dos pobres”.
(Do livro
“Bezerra de Menezes” Autoria de F. Aquarone – Editora Aliança
– SP)
Edição de 26/08/2015 Ano VI nº 227