Por Guilherme Larrosa
Caso
“Central telefônica antiga” resolvido. Depois de muitas
indicações, eis que surge a esperança no topo da montanha, na
cidade de Salvador do Sul, existe uma central dessas. Dito e feito,
peguei o carro e fui checar com a prefeitura local. Além do ótimo
estado das mesas, as pessoas foram muito educadas e prestativas.
Esta
semana estamos focando em testes de materiais, temos comprado
retalhos de tecidos para escolher as peças para compor os cenários
e também na caça de objetos em feiras e lojas de doações. Como
todo filme, existem alguns “mundos” de personagens que tem uma
estética definida, assim fica mais fácil o direcionamento para
idealizar esses universos. Nesse filme teremos 2 realidades, duas
cidades que dialogam através de uma viagem, porém são cidades bem
diferentes, marcadas pela arquitetura, cores e vivência.
Temos
como tarefa também, buscar os PROPS, ou seja, objetos de cena, que
são especificados no roteiro, por exemplo, o telefone que o fulano
fala na cena, ou o maço de cigarros que o ator pega, enfim, tudo que
é usado vira PROP. E esses objetos precisam ser bem escolhidos, pois
eles tem a carga que o personagem vai carregar durante o filme.
Estamos a
quase um mês do início das gravações e ainda falta muita coisa, já
encontramos muita coisa interessante, agora é hora de negociar com
os fornecedores e recolher o material. Todos os objetos muito bem
embalados e etiquetados com diferentes cores, para saber de qual
fornecedor veio – porque né? Imagina a zona...
Ontem fui
fazer produção em Porto Alegre e consegui comprar um jogo de sofá
por uma pechincha no Mensageiros da Caridade, esse tipo de negociação
funciona muito bem, pois depois do filme, geralmente esse material
comprado é doado para instituições ou comunidades – ou então,
quando tem cenas com jantares, almoço ou comida de cena em geral, ou
vira um almoço pra equipe ou também é doado para os que não tem
nada. No fim, todo mundo se ajuda.
Edição
de 18/03/2015 Ano IV nº 204