Edição
de 08/07/2015
Ano VI nº 220
Um espaço aberto para o leitor
segunda-feira, 13 de julho de 2015
CANAL DE COMUNICAÇÃO - Pré Julgamentos
Por Arnoni Lenz
Tenho escrito muito
sobre a humanidade, mais especificamente sobre a maldade do homem. A
crueldade do homem é tal que parece que o mundo não tem mais jeito.
Sabemos que violência gera violência, mas combater com o que, como,
tudo isso que nos aterroriza. O Estado Islâmico, os assaltos com
mortes, os estupros, os roubos, as vinganças, enfim tudo que
assistimos por esse mundo afora e que realmente nos deixa sobre
maneira preocupados e sem saber que atitude tomar que possa mudar
qualquer coisa, por mínimo que seja. Os atos contra os mais fracos,
mais pobres, em alguns países contra a mulher, parece não caberem
mais no mundo de hoje e isso nos faz ficar desconfiados, preparados
para sempre reagir também de maneira não convencional, ou pelo
menos de maneira que não agimos no cotidiano. Estamos convictos que
a solução não está na diminuição da idade penal, até acredito
que isso poderia frear um pouco todo esse banditismo praticado por
menores de dezoito anos, mas e daí? Onde colocaríamos os detidos?
Já não temos condições de manter presos os que se enquadram no
aspecto maior idade. Por isso que existem tantos condenados em
liberdade ou semi liberdade e diferentes maneiras que permitam alguns
de não se tornarem tão onerosos para o governo e liberarem um lugar
para outros que serão presos logo em seguida. Essa situação é tão
cruel, tão forte que já não nos dá mais condições de aceitar
alguém que não conhecemos, só pelo fato de ser desconhecido, esse
é o pecado dele e nós o pré julgamos assim. Na gíria diríamos,
sempre o recebemos com um pé para trás. E não pode ser diferente
pensará a maior parte dos que estão a ler este artigo. Isso é que
entendo ser um pré julgamento. A pessoa mal se apresentou e já está
catalogado. Insisto em dizer que só existe uma solução para esse
enorme problema. É investir em educação, educação e educação.
Os países que tomaram essa atitude estão hoje liderando o mundo.
Mas voltando ao pré julgamento, temos que convir que ele também é
uma forma violência e que é muito comum. É muito fácil, sem ter o
mínimo de informação, formarmos conceitos sobre as pessoas,
principalmente no aspecto moral e de conduta. Para os mais
conscientes, quando um pré julgamento maldoso é descoberto e
consequentemente desfeito, causa até um mal estar no autor do mesmo
e o constrangimento será tanto maior se a avaliação errada já foi
espalhada ao vento. Por isso vou contar uma pequena estória
elucidativa: uma mãe viu sua pequena filha de cinco anos com uma
maçã em cada mão, e falou: filhinha bem que poderias dar uma
dessas maçãs para a mãezinha. Imediatamente a criança mordeu em
ambas as maçãs, e até com certa pressa. A mãe ficou triste por
ver tanto egoísmo, mas ato contínuo, a filha disse , toma mãe essa
é muito mais gostosa. Também não podemos nos esquecer que quando
apontamos um dedo para alguém, existem os outros quatro dobrados que
estão apontando em nossa direção.E para pensar um pouco mais, a
frase de Baden-Powell: UM SORRISO É UMA CHAVE SECRETA QUE ABRE
MUITOS CORAÇÕES.
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Ano VI nº 220
Prefeitura realiza ação de modernização da gestão
Implementação
de novo sistema traz melhorias e promove acesso rápido e fácil de
informações ao funcionalismo e população em geral
Dando um
novo passo em direção ao avanço da tecnologia, a Prefeitura
Municipal de Jaguarão, através da Secretaria de Planejamento e
Urbanismo, vem desde o final do ano passado realizando a implantação
de um novo sistema de gestão que irá abranger todas as áreas da
administração municipal e ainda disponibilizar serviços online a
população.
De acordo
com o diretor de Transparência e Informação do Município, Mauro
Croucillo, as alterações trazem diversos benefícios. “O processo
de implementação do novo sistema trará inúmeras melhorias no
atendimento a população no município, qualificando o serviço
público e trazendo modernidade e agilidade para o cidadão”,
afirma.
O
software utilizado é o E-Cidade, um sistema informatizado de gestão
pública disponibilizado pelo Governo Federal, através do Ministério
do Planejamento que permite aos seus usuários ter total autonomia.
Uma das grandes vantagens do sistema é rodar em uma plataforma web
podendo ser acessado através de computadores, tablets e celulares,
em qualquer parte do mundo, diferentemente do software anterior que
possuía apenas acesso local.
Além da
parte de gestão, o que chama a atenção são as vantagens para
empresas e a população em geral que terão acesso a alguns serviços
como guias de IPTU, certidões negativas, ITBI, andamento de
processos, ISSQN, licitações, Nota Fiscal Eletrônica, dentre
outros.
Ainda
segundo o diretor de TI, é importante destacar o acesso do
funcionalismo público aos seus dados, que podem, com o novo sistema,
consultar toda a sua vida funcional assim como ter seus contra
cheques online a disposição em qualquer momento. “Algumas destas
funcionalidades ainda estão em fase de implantação e devem estar
completas e a disposição dos usuários dentro de alguns meses”,
ressalta Mauro.
Quanto
aos contracheques, a Prefeitura informa que a grande maioria do
funcionalismo já tem acesso livre, entretanto, em virtude de alguns
cadastros divergentes, parte dos servidores pode ter problemas ao
realizar seu acesso, devendo procurar sua respectiva Secretaria a fim
de regularizar esta situação.
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Ano VI nº 220
Parto Humanizado também é um direito nosso
Por Andréa Lima
“Para
mudar o mundo, primeiro é preciso mudar a forma de nascer”. A
frase é do médico francês Michel Odent, que se tornou um símbolo
da luta pelo parto natural, junto a milhares de mulheres organizadas
pela humanização, protagonismo materno e respeito ao gestar e
parir, de acordo com suas escolhas.
O
movimento não é recente, mas ganhou força e visibilidade nos
últimos anos, quando os índices de cesáreas se tornaram alarmantes
em várias partes do mundo e, especialmente, em nosso país. O Brasil
vive, hoje, uma espécie de epidemia de partos com intervenções
cirúrgicas, que chegam a 40% na rede pública e a 84% na rede
privada, enquanto que a Organização Mundial de Saúde (OMS)
recomenda que essa porcentagem não passe dos 15%.
A
gravidade do problema levou, inclusive, o Ministério da Saúde a
adotar algumas medidas, que começaram a vigorar nesta segunda-feira
(06/07).
Com
a nova resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
anunciada em janeiro, mas vigente a partir desta semana, as mulheres
poderão fazer o que é chamado de Plano de Parto e saber, com
antecedência, se o médico ou a maternidade escolhida tem mesmo
experiência em atender partos normais.
Outra
mudança importante é que o pagamento dos honorários do parto só
será liberado se o partograma - um documento gráfico no qual fica
registrada a evolução do parto e como ele ocorreu-, estiver
preenchido corretamente, ou seja, só depois de a mulher entrar de
fato em trabalho de parto.
Assim,
a ideia é que a cesárea só seja usada em casos de emergência,
quando o trabalho de parto começa. As operadoras de planos de saúde
só poderão realizar os pagamentos referentes ao parto com esse
documento em mãos. E os planos de saúde que não cumprirem essa
determinação serão multados em R$ 25 mil.
Para
a sociedade como um todo fica o cuidado redobrado para que o
partograma não seja forjado. Para evitar a alteração do documento,
a nova lei implantará, também, um plano de auditoria, para atuar na
fiscalização.
Trata-se
de um importante passo, mas seguimos na luta, ainda, por uma mudança
de ordem cultural, que nos leve à reversão das principais formas de
violência obstétrica e permita a construção de políticas
públicas efetivas, em prol do parto ativo e da humanização.
Isto
passa, principalmente, pelo empoderamento das mulheres, - que devem
ter acesso à informação e orientação durante todo o pré-natal,
para que suas decisões sejam respeitadas -, mas é importante
encarar e combater, também, a gigantesca indústria de cesarianas
que se instalou em nosso país, e os problemas por ela gerados, como
questões de saúde pública.
Para
melhor organizar a agenda, seguir atendendo com comodidade em seus
consultórios e obter uma maior remuneração, muitos profissionais
da área da saúde estão triplicando o risco de morte das mães e
aumentando em 120 vezes a probabilidade de os bebês nascerem com
problemas respiratórios, entre outras possíveis ocorrências,
ocasionadas por uma possível prematuridade.
Em
Jaguarão não é diferente e os dados também nos preocupam, pois,
em número aproximado, no ano de 2014 foram realizados na Santa Casa
166 partos cesáreos contra cerca de 130 partos normais, em uma média
proporcionalmente ainda maior que a nacional.
Vem
aí a 7ª Conferência Municipal da Saúde e uma excelente
oportunidade para, entre outros temas, discutirmos esta realidade!
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