O futebol tem dessas coisas, se não fosse tão imprevisível não
seria tão magnífico. Não foi diferente na primeira rodada do
torneio continental que está sendo jogado no Chile. Fora a estreia
da anfitriã, com uma pequena ajuda do juiz em pênalti mal cobrado e
o jogo feio no empate da Bolívia com o México, os outros dois
grupos deixaram em alerta críticos e sábios do futebol. Nos
confrontos do grupo B, Uruguai encontrou dificuldades para ganhar da
Jamaica, o time centro americano mostrou disposição e complicou a
vida da Celeste, que ganhou com um gol justo do ex-Grêmio Cebolla
Rodíguez. Para quem conhece, é normal que a Celeste mostre pouco
desempenho com times não favoritos e que surpreenda jogando com os
grandes. Atenção redobrada para o Paraguai, que com raça e o
melhor jogo dos últimos tempos, a Seleção Guarany saiu com um
ponto com gosto de vitória, deixando a imprensa boquiaberta e o time
de Messi complicado, já que na próxima partida enfrenta o Uruguai
no clássico do Rio de la Plata. Ainda, a Venezuela, confirmou que já
não é mais aquela Venezuela de antes e derrotou a Colômbia, que
para este colunista seria a grande candidata ao título depois da
albi celeste. Por último a Seleção Brasileira, começando a se
reestruturar depois da Copa do Mundo e com um futebol mais solto,
porém, dependente da boa vontade de Neymar e da concentração de
sua zaga, que novamente, da mão de Davi Luiz, propiciou uma cena
patética aos 3 minutos de jogo no gol do Peru que deixou escapar o
empate no último minuto.
Até o
encerramento desta edição o Equador praticamente eliminado perdeu
em jogo eletrizante para a Bolívia que não ganhava há 18 anos, o
Chile e o México empatavam até o final do primeiro tempo e o grupo
B com jogos pra terça. Numa rápida análise esta Copa se desenha
para os anfitriões, seguidos do vencedor entre Argentina e Uruguay e
Brasil claro, que sempre convida ao favoritismo. Entre as surpresas,
atenção redobrada para a vinho tinto e os guaranys.
Edição
de 17/06/2015
Ano VI nº 217