Cinco
vitórias, dois empates e apenas um gol sofrido. Esse é o time do
Grêmio nos últimos sete jogos. Felipão conseguiu definir um
esquema tático no 4-2-3-1. A equipe finalmente encontrou o
entrosamento, é a defesa menos vazada do campeonato e o segundo
melhor ataque. O meio de campo formado por Ramiro, Maicon, Douglas,
Giuliano e Luan (Cristian Rodriguez) é consistente, jogando
compactado e pressionando o adversário na saída de seu campo ,
forçando o erro dos defensores.
Ramiro voltou de lesão voando e é
o motor da equipe, cobrindo os laterais e chegando ao ataque com
qualidade, parece até que tem dois pulmões o guri. Desempenha um
papel tático muito importante no setor. O volante Maicon, que na sua
segunda partida vestindo a camiseta tricolor conseguiu me deixar com
Alzheimer, pois não consigo lembrar de um jogador chamado Felipe
Bastos que dizem que ainda está no Grêmio. Melhorou e muito a saída
de bola da defesa para o ataque e parece estar em sintonia com o
restante dos seus companheiros apesar do pouco tempo de conjunto.
Assim, deixa o Douglas mais a vontade para armar as jogadas perto da
área. O D10 tem se mostrado combativo e dando carrinho para
conseguir recuperar a bola na intermediária. Outra atitude que
mostra o comprometimento dele é que já perdeu 5 kgs desde que
chegou no começo da temporada ficando mais leve. E tem também o
Giuliano, o homem do jogo. Finalmente o jogador que o Grêmio
contratou desembarcou em Porto Alegre. Na última partida, marcou
dois gols e mostrou muita disposição, tanto marcando, quanto
atacando, chamando a responsabilidade e indo para cima da defesa
adversária na jogada individual, e junto com o Cristian Rodriguez e
o Douglas, municiando o Braian Rodriguez. O ataque gremista tem tudo
para brilhar nesta temporada.
Da
defesa não preciso nem falar. Na lateral esquerda, o polivalente
Marcelo Oliveira, uma indicação de Felipão e saído das penumbras
do Palestra Itália é firme na defesa, sem brincadeiras no desarme e
que chega com muita qualidade no ataque. Na lateral direita, Matias
Rodriguez firmou-se como titular com carrinhos precisos e
aparecendo sempre com perigo no ataque. Finalmente não sinto mais
saudades do Pará.
É Claro que os pessimistas dirão que o
Gauchão não é parâmetro, o nível técnico é muito baixo, os
times são muito ruins. Concordo, mas sendo assim o que se espera do
time é que se imponha contra os times do interior, coisa que vem
fazendo, um bom sinal. Os otimistas dirão, temos um dos melhores
elencos do país, certo que iremos ganhar a Copa do Brasil. Calma, eu
digo, ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa, mas estamos
no caminho certo. O futuro não se mostra tão negro como a sete
jogos atrás.
Edição
de 25/03/2015 Ano IV nº 205