Um espaço aberto para o leitor
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Jaguarão. Ontem, Hoje - Rua das Fontes (Rua Mal. Deodoro) 1845
Esta
é a rua que teve o nome mais vezes mudado de acordo com a história.
– O primeiro nome, Rua das Fontes, indica a existência de tais
fontes nas imediações do cruzamento com a Rua Carlos Barbosa. Esta
é uma suposição dos historiadores. Mas podemos atentar para o fato
que um grande declive no terreno (como existe atualmente) fazia com
que as águas corressem neste trecho e até mesmo dificultando a
passagem entre uma rua e outra. É fato que mais de uma vez foram
levantados paredões pelos moradores para conter essas águas que
por ali corriam e transformavam o local em atoleiros.
Diz
a história que a Câmara Municipal autorizou a compra de baldes e
correntes, provavelmente para explorar e retirar água das cacimbas
existentes nas imediações.
O
segundo nome desta rua, ( Rua das Flores –nome este colocado em
Abril de 1845) nos remete a existência de flores. Sim por ser uma
área com abundância de água, indica uma área ideal para a
proliferação destas. Lembro que em várias casas, principalmente,
antigas, nos quintais era fácil de encontrar aquela flor chamada
“copo de leite” ou “cartucho”. Lembro que eram muito usadas
nas datas de “finados”. E era esta flor que predominava nesta
área.
É
bom lembrar que naqueles tempos, as ruas não se estendiam por mais
de cinco ou seis quadras, contadas da margem do rio e que a
configuração do terreno era bem diferente da atual. Em alguns
lugares as lombadas desapareceram e com a terra retirada, nivelaram
depressões existentes em outras ruas. Isso observa-se na altura das
janelas de muitas casas que em determinados trechos estão a um metro
do solo e em outros a mais de três metros.
Houve
então, trabalhos de nivelamento, compensando as diferenças
existentes em diversos pontos.
O
terceiro nome foi posto em homenagem a D. Pedro II ( Rua do
Imperador,- denominação data a partir de Abril de 1868 ), e mais
tarde deu lugar ao nome atual: - Rua Mal. Deodoro.
Você
sabia? No dia 16 de Janeiro de 1873, o então Presidente da Câmara
de Vereadores, “Comendador Azevedo”, comunicou o desaparecimento
dos livros de Atas das sessões da própria Câmara. Isso ocorreu
durante o período da Revolução Farroupilha. Desta forma, mais de
13 anos de dados sobre a vida de Jaguarão nesta época, foram
perdidos.
É
isso aí, um abraço e até a próxima edição.
Edição
de 08/04/2015 Ano IV nº 207
Assinar:
Postagens (Atom)