Por Marcos Sagrera
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Faltando sete rodadas para o final do campeonato brasileiro, o
internacional ocupa a sétima posição no certame com 47 pontos.
Está a dois pontos da zona de classificação a libertadores.
Objetivo possível, mas difícil, pois a briga é grande e até o
nono colocado que é o Sport estão na briga.
. O colorado terá
quatro jogos em casa e três fora do Beira-Rio. Precisará vencer
quase todas as partidas tanto em casa como fora. Não tem mais jogo
fácil e todos os times estão buscando seus objetivos. Não se
enganem porque a tabela apresenta jogos teoricamente mais fáceis,
contra adversário mais fracos, pois não será assim. A partir de
agora cada jogo é uma decisão.
. Apesar de os
comentaristas de plantão dizerem que o time do técnico Argel teve
uma postura muito diferente contra o flamengo no último domingo do
que contra o galo no meio da semana, eu, não vi tanta diferença
assim. Poderia ter empatado e até perdido no maracanã. Claro que a
atuação foi melhor no Rio de Janeiro que em BH. Mas a postura foi a
mesma e a diferença nos resultados só veio pelo fato de que contra
os cariocas, o colorado saiu na frente.
. O colorado se defende
sempre com dez atrás da linha da bola. Isso não seria um problema
se defendesse bem, mas não é o que acontece em campo. Mesmo com o
time todo recuado, o colorado cede muitos espaços aos adversários
que entram nas nossas linhas tocando a bola tranquilamente. Falta
compactação ao time, os meias não fecham os espaços corretamente
porque o time está sempre mal posicionado. Acaba sobrando para os
atacantes terem que voltar para marcar os laterais. A consequência
disso é que quando retomamos a bola, dificilmente temos mais que
dois jogadores na frente para o contra-ataque e estes tem que ganhar
na individualidade para conseguir alguma jogada na frente, o que
raramente acontece, pois estão sempre marcados e com gente na sobra.
. Resumo da história,
o colorado se defendo com dez e ataca com dois, no máximo três
jogadores. Isso não é futebol meus amigos. Em um time ajustado,
todos defendem organizadamente e quando a bola é recuperada, os
jogadores avançam, dando opções aos atacantes. Tem que atacar com
cinco, seis jogadores. Só assim se tem posse de bola no ataque e se
cria inúmeras chances de gol pra ganhar o jogo.
. Outro fato é que
Alex e Anderson não conseguem render o que se espera deles. Em um
time bem ajustado, com atacantes de velocidade, que marcam adiantado,
voltam até o meio de campo na marcação e tem disposição pra
chegar na frente, Alex poderia jogar. Mas do jeito que o treinador
arma o time, este, infelizmente não tem como sair jogando.
. Valdívia deveria ser
recuado para o meio de campo e Vitinho entrar no ataque ao lado de
Lisandro Lopes. Não temos nada a perder a partir de agora. Alex
deixa o meio de campo lento, quando ele recebe a bola e levanta a
cabeça, já tem adversário tirando a bola dele. Que fique claro que
isso acontece porque o time está mal armado e sem nenhuma mecânica
de jogo, não é pela falta de qualidade do jogador. Mas já que
sabemos que Argel não tem capacidade de armar um time organizado,
alguém tem que ser sacrificado.
Edição
de 22/10/2015
Ano VI nº 235
