Foto: Tânia Goulart |
A aproximação que festivais como a Moenda da Canção proporcionam entre músicos de diferentes estados ficou bem evidente na música que venceu a edição deste ano. A campeã, Folha em Branco, é uma parceria entre o compositor gaúcho Martim César, de Jaguarão, e o mineiro de Belo Horizonte, Zebeto Corrêa, vencedor pela terceira vez do Festival. Integração que se vê até hoje nos bastidores da Moenda.
Festivaleiro’ de carteirinha, Zebeto já se apresentou em Jaguarão no Espaço cultural La Mancha por duas vezes. Aqui ele conheceu o poeta jaguarense Martim Cesar iniciando uma parceria que tem resultado em belos trabalhos. Aos 55 anos, ele trabalha com música desde os 20 anos e seu primeiro LP foi lançado em 1982. “Eu, provavelmente, sou o artista que mais participa de festivais, vou do Amazonas ao Rio Grande do Sul.
Com a música Folha em Branco, a dupla já havia conquistado o Festival de MPB de Rio Preto/SP e de Andradas em MG.
O compositor Martim César Gonçalves tem se consagrado na Moenda de Santo Antônio da Patrulha, onde vence pela segunda vez consecutiva com a melhor música e pela terceira vez seguida, com o prêmio de melhor Letra.
FOLHA EM BRANCO
Letra: Martim César
Música: Zebeto Corrêa
Intérprete: Zebeto Corrêa
Como se a vida fosse
uma folha em branco
que viraste agora
E com tuas mãos, enfim,
pudesses escrever
uma nova história
Tudo por fazer,
o mundo ainda tão novo
te pedindo a escrita
A boca sussurrando
a forma das palavras
que um dia serão ditas
Como se sonhasses
um engenho novo
reinventando o tempo
E desses o teu gosto
– a tua assinatura –
à arte desse invento
O horizonte aberto,
o sul, o norte incertos,
à espera dos teus passos
Na esquina ali em frente,
a esperar a gente
a paz de um novo abraço
Mistério de viver,o eterno renascer
a cada novo dia
O que virá, virá!(e sempre há de vir),
o futuro não se adia!
Mas escolher a fruta boa,a canção que soa
O tom da nossa voz...
o que fazer de cada dia...Essa é a nossa poesia
Isso sim, pertence a nós!
Como se nascesses
para um novo mundo
neste exato instante
E as coisas simples
fossem doravante
as coisas importantes
Um afago, um beijo,
um abraço amigo,
um momento a dois
Porque o demais não conta,
o tempo das ausências
fica pra depois!
Letra: Martim César
Música: Zebeto Corrêa
Intérprete: Zebeto Corrêa
Como se a vida fosse
uma folha em branco
que viraste agora
E com tuas mãos, enfim,
pudesses escrever
uma nova história
Tudo por fazer,
o mundo ainda tão novo
te pedindo a escrita
A boca sussurrando
a forma das palavras
que um dia serão ditas
Como se sonhasses
um engenho novo
reinventando o tempo
E desses o teu gosto
– a tua assinatura –
à arte desse invento
O horizonte aberto,
o sul, o norte incertos,
à espera dos teus passos
Na esquina ali em frente,
a esperar a gente
a paz de um novo abraço
Mistério de viver,o eterno renascer
a cada novo dia
O que virá, virá!(e sempre há de vir),
o futuro não se adia!
Mas escolher a fruta boa,a canção que soa
O tom da nossa voz...
o que fazer de cada dia...Essa é a nossa poesia
Isso sim, pertence a nós!
Como se nascesses
para um novo mundo
neste exato instante
E as coisas simples
fossem doravante
as coisas importantes
Um afago, um beijo,
um abraço amigo,
um momento a dois
Porque o demais não conta,
o tempo das ausências
fica pra depois!
Fonte: http://www.diariodaregiao.com.br/
http://www.abcdogaucho.com.br/