Já
hoje quarta feira de cinzas, terminou-se o carnaval que em Jaguarão
novamente foi sucesso. Lembro-me que alguns anos passados escrevi que
o carnaval em clubes estava com os dias contados, fui criticado por
alguns, mas a realidade aí está. Não existem mais condições, nem
vontade do povo “se entocar” num clube para brincar, suar e não
ter condições mínimas de botar para fora tudo que vem acumulando
durante anos de muito trabalho, muita conta para pagar, impostos que
só aumentam e maus governos, que pouco fazem em resposta ao muito
que arrecadam. Isso tudo sem falar na corrupção que já faz parte
do sistema administrativo de qualquer governo, estatal, autarquia ,
ou onde quer que seja e exista alguém mandando ou comandando.
Tivemos uma fatalidade que enlutou uma família e que meu pai, fosse
vivo, diria: excessos da juventude.A ninguém podemos culpar ou
responsabilizar, talvez exigir um pouco mais de segurança por parte
dos organizadores de trios, mas quem contém uma população nas
horas de maior delírio. Foi realmente uma fatalidade , o que não
pode ser dito com respeito ás brigas, poucas ainda bem, mas que já
podem e devem ser contidas e posteriormente penalizadas por quem de
direito. Para o carnaval como um todo, o que aconteceu não vai
atingir e diminuir a receptividade que conseguiu em todo o sul do
estado e além fronteiras. Está de parabéns o governo municipal, a
comissão organizadora, os participantes como trios e escolas e
principalmente o povo que é quem dá todo essa grandiosidade ao
carnaval de rua.
Agora, mãos no trabalho. Começando pela limpeza da
cidade e retornando à vida normal, ao cotidiano, pois sabemos que
está bom para os hermanos comprarem aqui, mas nosso comércio se
queixa. Só não tem motivo de lamúrias nossa rede hoteleira ou
gastronômica. Viam-se mais rostos “estrangeiros” do que
jaguarenses. Não havia uma peça, um quarto ou uma posada que não
estivesse lotada. Isso é muito bom para nós. Agora, falta devolver
à nossa Cidade Heróica, nossa cidade que tem tudo para se tornar
turística, aquele aspecto de limpa, ordeira, receptiva e que tem um
povo educado. Acho que tem mesmo, falta poli-lo. Falta dizer à ele
que não se joga papel no chão, que não se riscam paredes, que não
se viram bancos em praças, que se plantam flores que não devem ser
arrancadas por outros. Que podemos, sabemos e queremos ser tratados
como um povo educado, atencioso, prestativo e que nos sentimos bem
com isso. Vamos experimentar, nem que seja só por uma semana,
convido até os que não são educados a brincarem que o são, por
pouco tempo, vão ver que vão gostar, que podem até continuar a
sê-lo e todos vamos ganhar com isso.
A frase diz que NINGUÉM DÁ O
QUE NÃO TEM, mas tem outra que diz: NINGUÉM ATIRA PEDRAS EM QUEM
OFERECE FLORES.
Edição de 26/02/2015 Ano IV nº201