Por Arnoni Lenz
Nesta semana que
passou, por duas vezes contatei com assuntos relativos à Mãe
Natureza. O primeiro foi ao ler a encíclica Papal que trata dos
cuidados e das mudanças que devemos ter em nossas atitudes, nossos
atos, relativo ao planeta Terra e chamando a atenção para os graves
e enormes problemas que o “bicho homem”, está criando pelo seu
estilo de vida, suas produções e seus costumes. A principal causa é
a desenfreada busca de maior riqueza material, onde não existe
limite e quem muito tem cada vez mais quer.
Onde a situação do ter
se tornou muito mais importante que o fato de ser. Onde o homem é
catalogado tanto mais importante por ter mais e onde o ser mais ou
até melhor, fica em segundo plano. Essa inversão de valores não
pode nem deve continuar. A encíclica é clara e impositiva. Não
existe meio termo, o que existe é meio ambiente e esse deve ser
preservado a todo e qualquer custo, sob pena de nós ou no mínimo
nossos filhos e netos, sucumbirmos junto com ele. Realmente o papa
Francisco é o cara. Podem os católicos crer que com seus
posicionamentos e suas decisões, muitos cordeiros desgarrados
voltarão ao rebanho sob os cuidados do mesmo pastor. O segundo foi
quando no nosso jornal Meridional, na edição passada, (quarta
feira, 17-06, pagina 06)li o assunto intitulado Monólogo da Árvore,
escrito por Wenceslau Gonçalves, a quem conheci por intermédio do
Pedro Bartolomeu Ribeiro, o Tutuca, quando o Wenceslau fundou em
Porto ,Alegre, uma espécie de Colônia Jaguarense. Amigos da Cidade
Heróica que se reuniam na capital às vezes, com a intenção de
matar as saudades e se reconhecerem. Não sei se a entidade ainda
existe, mas se não, é de se lamentar. O Monólogo da Árvore é um
relato do que esse vegetal diria se pudesse falar e seus lamentos são
dirigidos às autoridades responsáveis pelas suas mutilações, se
não diretamente, pelo menos por não tomarem posições proibitivas
para com esses fatos. O Poder Legislativo aí está e não só pode,
mas deve legislar nesse sentido, com multas caras e fortes para com
os infratores. O povo quase que sempre só aprende, só se educa, se
“doer” no bolso. Anos se passaram e em outras épocas tratei
desse mesmo assunto com bastante intensidade. Mandei imprimir uma
poesia com o título de Súplica da Árvore e a distribuí em
escolas, clubes e em todas as oportunidades que me eram oferecidas
até a declamava. Fiz várias palestras para crianças nas escolas e
tenho certeza que motivei algumas pessoas. É uma causa nobre que
precisa ser encampada pelas autoridades. Penso até que deveria fazer
parte do currículo escolar das escolas municipais, assim como
noções sobre o trânsito, preservação do patrimônio público e
muitas outras. Possivelmente não veríamos nossas praças
danificadas, nossos bancos das praças quebrados ou virados de pernas
para o ar. Paredes públicas ou não, pichadas ou com dizeres
ofensivos. Tudo é caso de educação que precisa ser iniciada em
casa, na família, e complementada nos bancos escolares.
Mas nesse
momento o mais importante é a busca da conscientização do adulto e
da criança para com a responsabilidade com o meio ambiente. É nele
que vivemos e ele será tanto melhor quanto melhores formos para com
ele. A natureza é muito forte, basta nos lembrarmos dos estragos que
ela produz quando se enfurece. Não existe força criada pelo homem
que contenha seus ataques, sejam eles pela terra, pelas águas ou
pelo ar. Por isso a importância dos assuntos que vem à tona e que
não vão se esgotar nesse artigo. Na próxima semana trarei a
Súplica da Árvore com intenção de reforçar ou despertar o
interesse pelo problema. E é bom não nos esquecermos que: A
NATUREZA NÃO É VINGATIVA ELA SÓ DEVOLVE COM MUITO MAIOR
INTENSIDADE TUDO QUE O HOMEM LHE FAZ..
Edição
de 24/06/2015
Ano VI nº 218
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