Por
Guilherme Larrosa
Depois de
14 semanas intensas de produção e gravação, meu diário de
produção chega ao fim com uma sensação de dever cumprido e uma
grande satisfação ao ver uma prévia do resultado.
Essas
duas últimas semanas foram as mais intensas desse longo processo,
tanto que não consegui dar as caras semana passada.. Mas tudo deu
certo no final, pois quando vemos o resultado desse esforço, ali
gravado e emoldurado numa poesia audiovisual, só tem espaço para a
sensação de realização profissional.
Depois do
universo das linhas e agulhas do cenário da costureira, veio a
construção do centro da cidade, onde passa a grande parte do filme.
Os carros
de época e a figuração vestida na época dos 60, fazem a gente se
sentir no passado, dando mais inspiração para criar os cenários
das lojas e o ambiente externo do filme.
A equipe
se reuniu para um jantar e para ver uma prévia do que estamos
fazendo e sem dúvida, deixou o grupo de boca aberta com a qualidade
e profissionalismo de todas as equipes envolvidas. Foi um trabalho
árduo e consequentemente, um resultado mais que satisfatório que
todos poderão ver nos cinemas no primeiro semestre de 2016.
O lado
triste de um trabalho assim, de uma imersão com 70 pessoas
trabalhando e convivendo diariamente é a despedida. Nossos
motoristas, ajudantes e contra-regras, todos locais da serra, ficaram
tristes com nosso retorno – já prometendo visitas ao Rio de
Janeiro para irem na pré-estréia do filme – são momentos diários
que acabam transformando a vida de pessoas que vivem num cotidiano
simples e numa surpresa, deparam-se com um processo novo e pessoas
novas, com estilo de vida diferente. Um acréscimo de conhecimento
para ambos os lados. Esse é o resultado de projetos culturais, que
não só tem resultado para quem vai apreciar um filme no cinema, mas
o processo todo é grandioso e transformador.
Cheguei
ao Rio ontem a noite, já saudoso e com muito orgulho do trabalho
feito. Que venham outros!
Edição de 13/05/2015 Ano VI nº 212
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