Por Marcos Sagrera
. O colorado deu adeus
a Copa do Brasil na quarta-feira passada em São Paulo. Caiu de pé
diante do Palmeiras. Fez uma boa partida e enfrentou de igual pra
igual o adversário. Jogou melhor que os paulistas em sua própria
casa e não merecia a derrota. Fez o que se esperava de um time do
tamanho do inter. Perder é do jogo, mas os jogadores se impuseram,
mostraram raça e vontade vencer, jogou melhor e perdeu por algumas
falhas individuais. Reconquistou o respeito da torcida.
. Agora o foco é o
campeonato brasileiro. Estamos na oitava colocação mas a dois
pontos do G4. Faltando nove rodadas, o colorado precisará jogar tudo
que não jogou no ano. Mas a luz no fim do túnel vem justamente da
atuação contra o Palmeiras. Se mostrar a vontade e a personalidade
que mostrou naquele jogo, poderá alcançar a vaga, que inclusive
poderá classificar o quinto colocado.
Essa mudança de
atitude não veio através de um passe de mágica, mas sim na mudança
de escalação e na maneira de jogar proposta pelo técnico Argel.
Nosso treinador se deu conta que não podemos jogar por uma bola e
deixar o adversário propor o jogo todo o tempo. Com apenas uma
mudança o time melhorou muito. Jamais podemos jogar com apenas um
armador, seja ele Alex ou Dale. Ficam sobrecarregados e sempre
estarão muito bem marcados pelos adversários, pois só deles
poderia sair alguma jogada pensada do meio de campo colorado.
. Anderson começou
como titular nos dois últimos jogos e o time melhorou muito. Todos
sabemos que ele tem qualidade com a bola nos pés. O time ganhou mais
um armador, de movimentação, inteligente e que chega na área do
adversário. A consequência foi o que se viu, maior posse de bola ,
distribuição de jogo e várias chances de gol criadas.
. Agora teremos dez
dias para aprimorar a forma física, acertar melhor taticamente o
time e treinar muito. Nossa time ainda não está compactado, já
melhorou, mas as nossas linhas precisam estar melhor ajustadas. Não
podemos tomar gol de contra-ataque ganhando o jogo em casa como
aconteceu diante do Sport no último domingo.
. Outra mudança foi o
posicionamento de Lisandro Lopes. Um baita centroavante que vinha
sendo sacrificado, jogando fora de posição e tendo que marcar o
lateral para o inoperante Rafael Moura poder jogar. O argentino jogou
na posição que mais sabe jogar e deu uma resposta muito positiva.
Fez dois gols nas últimas partidas, deu opção de movimentação na
frente e brigou muito como de costume. Espero que a partir de agora o
treinador não invente moda e mantenha a mesma estrutura para a
sequência do campeonato.
. Mudando um pouco para
o lado da segunda divisão, mais uma vez o ex-rival que não ganha
nada de importante a quinze anos, caiu em casa para um time em crise.
Passará mais um ano sem levantar taça. Todo o ano é a mesma coisa,
chega na hora da decisão e bate a tremedeira no time da OAS, e a
desculpa é sempre a mesma: Estamos nos ajustando para o próximo
ano. Faz quinze anos que a desculpa é a mesma e tudo respaldado pela
imprensa azul da aldeia.
. Pra terminar, dia 30
de setembro, completou 70 anos de hegemonia colorada em grenais. Isso
senhores, não é rivalidade, mas sim, uma paternidade absoluta e
incontestável. Os números não mentem jamais.
Edição de 07/10/2015 Ano VI nº 233
Nenhum comentário:
Postar um comentário