Sempre naquela paranoia
de saber ou entender de onde viemos ou para quê e por que estamos
nisso que chamamos vida (pois tudo na existência deve ter um nome,
assim como todo nome deve ter uma existência) ou me perguntando para
onde vamos ou temos vontade de ir, assim as quatro e pico decidi
escrever esta crônica. Eu chamo assim, e nem me dei o luxo ou o
tempo de pesquisar sobre a denominação 'crônica'. Da palavra ou da
condução crônica, pois a cavalgada da escrita deixa paisagens para
trás ou alvoradas jamais vistas, ou apenas guardadas na tal da
memória, mas se foi chamada assim e tiver alguma coisa a ver com
crânio é por que era coisa da cabeça. E ou, ou e, e a cabeça não
para de pensar.
Mas
nem todas as cabeças ou métodos de pensamento tem a fórmula certa
para harmonizar o tal do bicho homem. Isso é mais do que vivo e
notório, embora ignoremos esse desastroso detalhe da história da
humanidade. E essa palavra é tão pequena e tão profunda para
alguns milhões de crânios sós. Fica difícil mesmo de entender o
que eu nem consigo dizer. Se existe uma explicação ou verdade ou
coincidência em qualquer destas linhas confortavelmente lidas, mas
incômodas ao passar, é por quê nada é tão incrível do que a
falta de sentido verdadeiro de tudo.
Vou contar até três
para não ser descoberto como filósofo, pois há guardiões
preocupados em guardar algo naqueles bolsos costurados que precisam
ser preenchidos, nem que seja com balas de gorjeta, ou nylons de
proveta.
Paralelamente estou no
Face. Preciso e prefiro ser lido, limpo ou queimado por aqui do que
pactuar sobre a inércia dos que nunca foram ou voltaram e mesmo
assim tiveram a inexplicável arte de não estar em lugar nenhum.
Estou impossível de
escrever sobre cozinha, música ou literato. Acredito saber ou mentir
sobre outras coisas. Sobre a louca poesia da vida, sobre tudo isto
que é apenas um sonho.
Edição de 23/09/2015 Ano VI nº 231
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