Por Arnoni Lenz
Há órgãos
governamentais que tomam decisões dúbias a cada pouco tempo. Às
vezes são totalmente contraditórias e criam enormes problemas para
todo mundo. Existem situações tão absurdas que além de serem
causadoras de enormes despesas para todos que tem um mínimo de
participação com o assunto, criam inclusive problemas legais. Hoje
tenho a total certeza que a intenção não é de resguardar a
população, mas sim extorqui-la. Os que tomam as decisões são
certamente beneficiados com as famosas propinas ou presentes que tem
muita influência nessas mesmas decisões. Para isso não é preciso
que sejam políticos, que o assunto tenha que ser votado, ele pode
simplesmente ser decidido pelo órgão determinador das medidas. O
que interessa é que o povo, sempre ele, compre determinada coisa
exigida e que em poucos dias será revogada.
Nas decisões do
DENATRAM temos exemplos recentes e característicos. Houve um tempo
em que o “quite saúde” foi obrigatório, dava multa e outras
penalidades. Não durou mais que o tempo de um carnaval. Foi abolido,
mas muita gente já tinha comprado e repassado dinheiro
beneficiando os amigos do rei. O cinto de segurança teve várias
idas e vindas, hoje ele permanece como obrigatório e acredito, útil.
O extintor de incêndio é uma piada. Era obrigatório, foi mudado
com prazo para ser substituído e agora e opcional. Quando é que a
justiça vai também fiscalizar esse órgão fiscalizador? E assim
acontece em tudo e em todos os níveis governamentais. As manchetes
de nossa mídia são ridículas, contraditórias e mentirosas. O
governo pensa em permitir os jogos de azar. Sou totalmente favorável.
Joga quem tem e quem quer e não criar impostos que atingem a todos e
que além de penalizar vão ser igualmente desviados. As armas foram
totalmente proibidas, para mim uma das leis mais ignorantes que já
vi. O criminoso vai tranquilamente à tua casa, te toma o carro, o
celular ou a carteira, pois está certo que não tens como te
defender. Parece que algum dos poucos políticos que pensam, está
querendo revogar a proibição, ou pelo menos tornar a lei mais
branda. No mínimo deve ter tido um parente próximo ou ele mesmo foi
atingido pela bandidagem. No tempo de Getúlio Vargas o jogo foi
legalizado associado a espetáculos artísticos e criou a época
áurea dos cassinos. Por treze anos, de 1933 até 1946 o jogo
legalizado era uma grande fonte de renda para a Nação. Ainda nos
resta como recordação o que foi chamado de “o maior cassino da
América Latina”, O Quitandinha. Algumas autoridades da época
principalmente o presidente Eurico Gaspar Dutra, decidiu proibir o
jogo, pois o mesmo era um local conhecido como “fábrica do crime e
do vício”.
Pois bem esse lugar agora não é determinado, todo
lugar é lugar. Podem então voltar a existir os cassinos e as casas
de jogo. Lula, pressionado criou normas proibindo bingos e
caça-níqueis, pois não queria todo mundo se locupletando com
dinheiro fácil. Até parece, né? Até agora as últimas notícias
sobre o arrocho nas despesas federais, o cortar na própria carne, a
diminuição de dez ministérios, tudo é mentira. Para solucionar em
definitivo a causa deficitária no Brasil é muito fácil, insisto em
dizer: é só cortar os altos salários dos poderes intocáveis,
daqueles que ganham salários bem mais altos, mas bem mais altos
mesmo, do que o teto e que só de penduricalhos e ajudas de custo
recebem valores que nem podemos imaginar. É só diminuir o número
de senadores e deputados e principalmente fiscalizar o que ganham e o
que verdadeiramente recebem. Nós não tomamos conhecimento desses
valores. Nem sonhamos o que eles ganham. Dá pena e preocupação com
o que vai acontecer com o País e o Estado, mas não vejo saída. Não
para minha época. De lá onde vou estar vou cuidar para ver como é
que tudo se encaminhou e vou ver também quando foram iniciadas e
principalmente terminadas as duas segundas pontes, do Guaíba e do
Jaguarão.Muito se tem dito e prometido, mas...
A frase é de Baruch
Spinoza: A EXPERIÊNCIA NOS TEM MOSTRADO QUE NADA É MAIS DIFÍCIL AO
HOMEM DO QUE CONTROLAR SUA PRÓPRIA LINGUA.
Edição de 23/09/2015 Ano VI nº 231
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