Por Arnoni Lenz
Participei na noite de
hoje de uma audiência pública que tratava do lixo em nossa cidade.
Fui até à biblioteca porque pensava que iria assistir alguma aula
sobre o que vão fazer com os resíduos em geral em nosso município.
Não interessando seu estado físico, sua origem, sua classificação.
E desde já há muito tempo, mais de vinte anos, tenho uma grande
preocupação com esse problema. Fui até penalizado judicialmente,
contrariado politicamente e contestado de inúmeras maneiras. Não
que pensasse que era eu, o único soldado de passo certo, mas por
acreditar que o certo é o mais simples, é o obvio, é tentar, se
não eliminar o lixo, pelo menos diminuí-lo num bom percentual. E
isso, ainda acredito e podem ter certeza que estou certo, é vender a
ideia certa para as pessoas certas. Para as crianças, para os
jovens, para os futuros líderes, ocupantes dos cargos públicos, mas
principalmente para o povo em geral. Ninguém limpa uma cidade sem a
colaboração “consciente” do povo. Uma coisa ouvi na audiência:
cidade limpa não é a que mais se limpa, cidade limpa é a que menos
se suja. E se for suja constantemente, erroneamente, insistentemente,
então só tem uma solução, penalizar quem suja e a penalização
só é eficiente se for pecuniária. Se doer no bolso, e tem que ser
uma dor forte. Para isso são preciso leis, são preciso fiscais, são
necessárias cobranças efetivas e que tenham prazo para o pagamento.
Isso além de “educar” por conseqüência vai aumentar a
arrecadação municipal. E podem crer que num momento tão difícil,
que se diz não existir dinheiro para nada, essa poderia ser uma
maneira para consegui-lo. E como resultado, teríamos verba para
limpar, melhorar e recuperar essa cidade que já foi bela, já foi
limpa e já teve ruas com muito menos buracos, pois hoje ratifico
minha afirmação: Jaguarão tem buracos no asfalto, no calçamento,
onde não tem calçamento e tem buraco dentro de outro buraco, pois
um não está terminado e já se inicia outro.
A educação para a
urbanidade deve começar em casa, deve fazer parte do currículo
escolar. E aí deve estar incluído o respeito ao patrimônio
público, noções elementares de educação social, um pouco de
civismo e tantas coisas que em outras épocas já eram ensinadas nas
escolas. Mas os tempos são outros, as exigência são outras, os
costumes mudaram. A tecnologia já não quer mais saber de nada disso
e quem não tem seu brinquedinho tecnológico ficou no passado. Mas
quando se vê uma criança educada, uma criança que mostra respeito
pelos mais velhos, uma criança que no frigir dos ovos ,sabe se
portar, todo mundo a admira e tem simpatias especiais por ela. Mas
fugi totalmente do assunto, nada falei sobre a audiência pública,
então lá vai: foi ótima do ponto de vista deles. Foi ótima se
tivesse sido apresentada para pessoas que estão ligadas ao problema
como técnicas. Foi razoável para o leigo entender que para o ano
vem mais imposto, pois a balança entre receita e despesa, com os
valores de tudo que trata do lixo hoje está deficitária. Foi muito
técnica e com dados muito falhos, não errados, dados faltando. A
metade não tinha dados fornecidos pela prefeitura. Mas também nos
foram vendidas algumas esperanças, não pelos palestrantes de fora,
por gente nossa. Vamos aguardar que tudo não fique só nas promessas
e queremos estar aí para testemunhar. È bom lembrar que para isso
não pode demorar muito pois o tempo passa célere. Bem, para
finalizar só peço que pensem nas seguintes situações: a primeira
quando um adulto corrige uma criança e tenta educá-la e a segunda,
quando uma criança educa um adulto e tenta educá-lo. Qual das duas
tem efeito mais positivo.O problema maior é que tudo se explica pela
frase: NINGUÉM DÁ O QUE NÃO POSSUE.
Edição
de 03/06/2015 Ano VI nº 215
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