Esse Dia dos Pais, vou
colocar a data para daqui a cem anos não terem dúvidas, nove de
agosto de dois mil e quinze, realmente foi um dia especial. Para mim
não foi completo, pois a filha Denise e genro Roberto, os únicos
dois colorados do clã, mais a neta Helena com seu namorado Dimitri,
não puderam estar presentes fisicamente, mas tenho certeza que o
estavam espiritualmente. Pois bem, os demais Bruno e Kiki, e netos
Luisa e Pedro, a Maria Helena e a cunhada Ana Elisa. estavam todos
aí. Uma champanhe ou como dizem ser mais correto, um espumante,
para comemorar a data e o término de uma dor no pescoço
diagnosticada como contratura da coluna cervical, mas acredito
também que premeditadamente comemorando o GRE-NAL que se esperava,
mesmo com um pouco de medo de uma surpresa, seria uma vitória de
todos os presentes, uma vitória do “IMORTAL”. Mas vitória não
precisa ser acachapante como a que aconteceu. Até acredito que o
pênalti perdido foi proposital, foi por “pena” de que se fosse
convertido, a derrota do “campeão de tudo” seria mais
desmoralizante.
Bom, tudo começou com um aperitivo de salsicha, asa
de galinha e depois um assadinho de gado vacum. Tudo regado a água
mineral, refrigerante e aquele único espumante. Acompanhou um
pãozinho aquecido nas brasas pelo assador Pedro e depois um papo
tranqüilo até as quinze e trinta. Uma sesta até perto das
dezessete horas e fomos nos preparar para o “CHOCOLATÃO DAS
DEZOITO E TRINTA”. Sabem que nunca fui muito por chocolate, por
isso mesmo estranhei o quanto esse me agradou. Descia redondo como
aquela cerveja geladinha num dia quente ou um vinhozinho num dia de
inverno. Nos primeiros minutos, eu como me considero um pé frio,
ainda sentia aquele frio na barriga e aquele medo da surpresa, pois
uma equipe às vezes se supera em momentos mais difíceis. Mas,
difícil mesmo deve ter sido para os coitados papais noéis de
vermelho.
O goleiro, ótimo por sinal, não podia acreditar do que
estava sendo vítima. Mas a realidade é que o colorado, time que
respeito muito por tudo que já conseguiu, não entrou em campo.
Tenho muitos amigos colorados, até parentes o que considero
estranho, pois desde guri ouvia dizer, alemão que se preza é
gremista. Mas deixando as brincadeiras de fora, pois nem sempre temos
oportunidade de fazê-las, já vivi situações inversas, afirmo que
se não existisse o inter, o grêmio não seria tão grande, e vice
versa. Isso é o Rio Grande. Aos meus amigos, hoje tristes o meu
abraço fraternal da mesma forma. Hoje ao levar o suplemento da Zero
Hora para meu neto Pedro, 10 anos, disse a ele: cuidado com as
brincadeiras, as gozações, não podem ser a ponto de irritar os
outros, por outro lado, quem faz gozações tem que saber aceitá-las
quando a situação se inverte. A frase é do grande compositor,
poeta e cantor gaúcho, Lupicínio Rodrigues: COM O GRÊMIO ONDE O
GRÊMIO ESTIVER.
Edição
de 12/08/2015 Ano VI nº 225
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