Desmonte da Segurança Pública causa onda de assaltos nunca vista na cidade |
Em apenas
uma semana, Jaguarão viveu uma onda de assaltos e roubos, tanto a
estabelecimentos comerciais quanto a residências e até a pedestre.
A insegurança tem pairado no ar.
Para a delegada da Policia Civil,
Juliana Garrastazu Ribeiro isso é reflexo principalmente dos cortes
de investimentos na área da segurança no estado. “É claro que a
impunidade acaba fazendo com que os bandidos voltem a reincidir,
porém é impossível trabalhar sem horas extras, sem combustível
para as viaturas, sem efetivo e ainda com a possibilidade de ter o
pagamento de nosso salário parcelado. A situação esta muito
difícil”, afirma.
Recentemente
o Prefeito Cláudio Martins esteve reunido com o subcomandante do 3º
BPAF, Capitão Dilmar, para tratar do tema da segurança pública em
Jaguarão. Na oportunidade Cláudio apresentou preocupação com o
policiamento no município, em especial nos bairros. Ele destacou que
tem recebido uma grande demanda da comunidade que solicita mais
segurança, em virtude, principalmente, de casos de furtos e atos de
vandalismo.
O
prefeito também salientou a questão do efetivo de Jaguarão, já
que recentemente foram transferidos sete policiais militares,
diminuindo o policiamento local. Ele disse que em outro momento já
havia abordado o tema com o Major Perachi, comandante do 3ºBPAF, e
que segue a disposição para unir forças com o comando local para
buscar soluções junto ao Governo do Estado, já que não houve a
vinda de novos policiais.
De acordo
com o Capitão Dilmar mesmo com essa redução no efetivo e com a
diminuição de horas extras, o Comando do 3º BPAF estará
organizando um planejamento de forma a contemplar a ação de
policiamento nos bairros, para garantir a segurança da população.
Ele ainda destacou a disposição em agir em parceria com a
Prefeitura em prol da comunidade.
Já para
o empresário José Eduardo Carvalho, que teve sua casa invadida,
tendo dinheiro e objetos furtados, a situação só irá mudar com
muita pressão da sociedade. “Acho que a sociedade tem que se
mobilizar para que esta situação mude se não iremos virar reféns
em nossas casas e locais de trabalho”, salienta.
Eduardo
diz se sentir triste pelo que está passando. “A gente não vê
solução para isto. A polícia prende e a justiça solta. Essa
impunidade acaba contribuindo para o aumento da insegurança”,
opina.
“Como
comerciante, empresário, me sinto desprotegido. Estou inclusive
pensando em alterar os horários de atendimento para correr menos
risco”. Eduardo é proprietário de um Supermercado na cidade.
Sartori
negocia para adiar reajuste aos servidores da segurança pública
Aumentos
foram concedidos ainda durante o governo Tarso Genro mas governo atual não pretende pagar
Das
dezenas de projetos de lei que o Palácio Piratini estuda enviar à
Assembleia para ampliar receitas e enxugar despesas, o mais urgente é
o que deverá propor a prorrogação da vigência do calendário de
reajuste salarial dos servidores da segurança pública. A informação
é do jornal Zero Hora.
Enquanto
amadurece a decisão política, o governo inicia negociações com a
base aliada para tentar obter apoio à polêmica proposta. Um plano B
também está em curso: se os deputados recuarem, a alternativa
poderá ser a judicialização dos aumentos concedidos ainda no
governo Tarso Genro.
Com a
crise financeira, o calendário de reajustes da área da segurança é
visto com preocupação - custarão cerca de R$ 4 bilhões no período
do governo Sartori. Somente em maio, quando passa a vigorar uma
parcela, o impacto será de R$ 250 milhões. E isso ocorrerá apenas
um mês depois de o Piratini ter atrasado o pagamento da dívida com
a União para conseguir quitar em dia a folha do funcionalismo. A
alegação é de que não há dinheiro para tudo.
A
negociação do Piratini com a base aliada começa a partir de hoje,
quando o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, receberá os líderes
de bancadas para um café da manhã, como acontece às terças-feiras.
Embora o prazo esteja se esgotando, o governo já fez as contas e
sabe que ainda é possível aprovar a prorrogação do calendário de
reajustes antes do final de maio.
Os
servidores da segurança receberão o salário reajustado no dia 28
do próximo mês. A folha precisa ser gerada até 48 horas antes.
Isso indica que, até o dia 25 de maio, o projeto tem de estar
aprovado na Assembleia. Mas, para isso, a base aliada será
fundamental.
Se enviar
a proposta em regime de urgência, a tramitação ocorrerá em 30
dias e poderá ultrapassar o limite de 25 de maio. A saída é o
acordo de líderes, feito nas reuniões da Mesa Diretora. Se um
deputado propuser, e a maioria concordar, um projeto de lei pode ser
votado a qualquer momento.
Obter o
acordo ficou mais fácil com a modificação do regimento da
Assembleia. Antes, qualquer bancada de um deputado tinha poder para
impedir uma votação. Agora o acerto se dá em caso de obtenção de
maioria dos votos. A antecipação da análise da proposta em
plenário só é vetada se três bancadas forem contra. Se a base
aliada de Sartori abraçar a proposta, a aprovação poderá ser
alcançada, já que os governistas são 35 dos 55 parlamentares.
Edição de 27/05/2015 Ano VI nº 214
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