De
acordo com o Prefeito da época, “Um negócio da China para
Jaguarão”!- Mas esta obra perdeu-se no tempo. E o tão sonhado
Centro de Comércio Informal embora tenha parcialmente saído do
papel, sim, pois do seu projeto original que teria um segundo piso,
não foi concretizado, e não alcançou o sucesso esperado.
Esta
obra foi construída pela Incorporadora Zanin, vencedora da licitação
e a mesma que construiu o Edifício Querência, na Praça Comendador
Azevedo.
A
Prefeitura entrou com o terreno, avaliado na época em 100 mil
dólares e o projeto teria um custo final em torno de um milhão de
dólares, sendo que a prefeitura receberia um patrimônio de
aproximadamente 350 mil dólares. Isto porque em troca do terreno, a
administração municipal receberia 95 lojas, que seriam alugadas.
O
Centro de Comércio Informal seria composto de dois andares tendo
como acesso esterno uma rampa e internamente, escadas em caracol. No
piso térreo ficariam localizadas 240 lojas, tendo como tamanho
padrão, 6,84m² . – A altura das lojas seria de 4,50m, para
permitir a construção das sobrelojas. Ainda havia projetos de
paisagismo com colocação de canteiros e uma área destinada a
exposições temporárias.
O
prédio seria estruturado de forma que fosse possível a ligação
das lojas entre si e até entre os andares. No andar superior
ficariam localizadas quatro lojas maiores, medindo cada uma cerca de
200m², sendo que uma delas, pertenceria a Prefeitura.
Esta
obra tinha previsão para iniciar em Maio de 1994, com prazo de um
ano para sua conclusão. Paralelamente, foi realizado a urbanização
e o paisagismo da Beira-rio. A mureta quase que totalmente destruída
nos dias de hoje, e os coqueiros são parte desse projeto.
O
Centro de Comércio Informal nunca deslanchou. Embora tenha sido um
bom projeto. Lembro que muitos contemplados com essas “lojas” não
queriam mudar-se para o outro lado da ponte, pois o movimento maior
era sempre para o lado direito de quem vem do Uruguai. Seria muito
difícil mudar o hábito de quem vem a pé, descer para o lado
esquerdo da ponte.
Na
época, cogitaram até, abrir outra passagem por baixo da ponte nas
proximidades do início da Rua Gen. Marques, Esq. Do Supermercado
Paraiso.
Com
esta polêmica, aliada ao movimento de fronteira que caiu muito com a
entrada do “Real” cujo valor se sobrepôs ao poder aquisitivo
dos uruguaios, o Centro de Comércio Informal transformou-se numa
obra abandonada, tendo sua estrutura corroída pelo tempo e pela
ação dos vândalos.
Só
não entendi porque o projeto original não foi concluído. Será que
faltou verba ???
É
isso aí, um abraço e até a próxima edição.
Fonte:
Imprensa local. 1994.
Edição de 29/04/2015 Ano VI nº 210
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