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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MOCHILADA SEM FRONTEIRAS - Dicas para o Rio de Janeiro

por Guilherme Larrosa




Essa semana vou falar da cidade que tenho morado nos últimos anos, o Rio de Janeiro.

Na verdade, eu caí de pára-quedas aqui, totalmente por acaso, pois eu estava estudando direção de arte em Buenos Aires e depois de finalizar o curso, recebi um convite de uma grande amiga para fazer um teste na TV, como cenógrafo. Resolvi aceitar a proposta e tentar, afinal - se nada desse certo, eu voltaria para a Argentina - só que deu certo e eu fiquei no Rio até hoje.

O Rio tem características de amor e ódio que precisam ser vivenciadas para entrar no ritmo carioca. A informalidade do povo é marcante, poder trabalhar de bermuda e chinelo é uma benção, mas também o diálogo é na base do grito e no barraco. Não generalizando, claro, mas morando aqui é preciso saber falar a língua e saber os códigos. A famosa malandragem que nos pega desprevenidos. Ao mesmo tempo, pegar a bicicleta ou skate e ir pro trabalho vendo aquelas paisagens absurdamente lindas, aquele mar azul e um cima bom o ano todo, faz a mente relaxar e tudo ficar mais tranquilo.

O Rio é uma cidade que exporta brasilidade, por isso é o cartão postal brasileiro, onde lotes e mais lotes de gringos chegam na cidade para provar a famosa caipirinha e tentar sambar nas rodas de samba de raiz da Lapa e na famosa Pedra do Sal, no centro da cidade.

Hoje vou fazer uma lista de lugares que valem a pena conhecer, sem ser tão turístico.

* Arquitetura:
O Parque Lage, no bairro do Jardim Botânico é um prédio histórico, que hoje funciona como uma das maiores escolas de arte da cidade. A construção está no meio da floresta e pode ser visitada diariamente, com lagos, cachoeiras e até um aquário dentro de uma gruta. O centro da cidade tem sua riqueza com os monumentais prédios do Teatro Municipal, a Biblioteca Municipal e prédios modernistas espalhados pela zona central do Rio.

* Praias:
O famoso sol do Arpoador será sempre uma boa indicação, mas aponto a praia do Leme como boa opção, mais tranquila - não tão cheia com um visual lindo de Copacabana ao fundo.
Agora, se é para aproveitar praias limpas e paradisíacas - Grumari e Guaratiba, na zona oeste do Rio. É longe, mas vale muito a pena.

* Para sair:
O samba e gafieira se encontram na Lapa, onde a boemia rola solta. Só entrar na multidão no meio da rua e com certeza vai acabar em algum lugar animado com muito samba. Clube Democráticos é uma boa opção.
Para uma noite boa, de música eletrônica ao rock, os bares de Botafogo são mais indicados, como o Comuna e os shows no Audio Rebel. Se quer um programa free, vai no Arpoador - no verão sempre tem festa na praia ou na Praça São Salvador em Laranjeiras, praça de bairro com muita cerveja e muita gente no coreto.

* Para ver:
Todo sábado de manhã, na Praça XV - centro do Rio - tem a feira de antiguidades, com muitas coisas interessantes. Preços bons e muita coisa boa. Todo primeiro sábado do mês tem a feira do lavradio, na lapa, com os melhores bazares, antiquários e mobiliários modernos expostos na rua. No domingo, na praça São Salvador, em Laranjeiras, tem um chorinho feito com os moradores do bairro, cada domingo tem um novo integrante e cada vez mais profissional.



O Rio tem muito mais coisas, mas só tenho alguns parágrafos para listar, eu nem falei das cachoeiras, trilhas e achados da cidade maravilhosa.

Edição do dia 04/02/2015 - Ano IV- nº 199



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