Por Marcos Sagrera
O Internacional segue o período de pré-temporada neste janeiro quente
em Porto Alegre. Deixou a serra gaúcha depois de dez dias de
treinamento em Bento Gonçalves e depois foi até Caxias onde
enfrentou o Juventude no primeiro amistoso do ano. Venceu por 3 a 1 e
depois seguiu para o Ct do parque gigante para dar continuidade aos
trabalhos.
Na
última sexta-feira realizou o segundo e último amistoso da
preparação. O jogo contra o time ucraniano do Shaktar Donetsk foi
um excelente teste para o time de Diego Aguirre. Esse time que
disputará as oitavas de final da Champions League contra o Bayern de
Munique, é uma grande equipe. Só para se ter uma ideia, o ataque
reserva é formado por Bernard e Wellington Nem. Jogando com quatro
zagueiros na defesa, o treinador deixa livre os outros jogadores para
jogar futebol. E eles não só jogam em alta velocidade e habilidade,
mas também marcam, todos eles.
Com
um meio campo com Fernando, Fred, Douglas Costa e Alex Teixeira,
praticamente o erro de passe não existe. Com Taison jogando um
pouco mais a frente e Luis Adriano de centroavante, o time joga um
futebol moderno, de movimentação, de ocupação de espaços, onde
todos jogam com uma intensidade impressionante e com o fator
principal que é o entrosamento desta equipe que joga junto há
muitos anos.
Digo
isso tudo porque apesar de não ter ido bem nos outros amistosos,
esta equipe veio ao beira-rio disposta a vencer e começar de verdade
a preparação para enfrentar os alemães. E foi muito bom o colorado
ter enfrentado uma equipe desse nível. Não enfrentará um time
desses aqui no Brasil e muito menos na libertadores, existe um oceano
de diferença entre o futebol que se joga aqui e o futebol jogado por
esse time, que é um time médio da Europa.
O técnico Diego
Aguirre iniciou o jogo com Nilton e Willians de volantes e Aranguiz
mais a frente junto com Dalessandro. O meio campo não se encontrou,
creio que muito mais pela falta de ritmo de jogo e pela condição
física dos jogadores do que pela formação. Dale não jogou nada e
perdeu lances que não está acostumado a perder. Os volantes de
marcação não encontraram o melhor posicionamento e deixaram
espaços na defesa. O melhor do time colorado foi o chileno, que
ainda assim, perdeu uma bola boba e deu origem a um dos gols. No
ataque o melhor foi Nilmar, que parece ter achado seu lugar jogando
como centroavante. Mostrou rapidez nas jogadas individuais, fez
tabelas em velocidade e teve boas conclusões. O lateral direito Leo
parece ser bom jogador, mas eu iniciaria a temporada com Winck de
titular. Não tem nada definitivo e o técnico Diego Aguirre
continuará buscando a melhor formação. No próximo domingo, Réver
e Vitinho já estarão a disposição e aí começará a se ter uma
noção de concepção de time.
Edição de 21/01/2015 - Ano IV nº 198
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