Por
Santiago Passos
Começo
agradecendo ao meu fã clube, organizador de uma calorosa recepção
na minha chegada para assistir ao jogo na Arena do Grêmio, com
direito a faixa e foguetório. Fiquei muito honrado e cada vez mais
motivado a seguir escrevendo esta coluna. Após uma longa viagem de
Jaguarão a Porto Alegre na excursão organizada pelo Tarek, um
gremista muito influente junto às organizadas do Grêmio, chegamos
no bairro Humaitá no início da tarde de domingo. Os arredores da
nova casa gremista fervilhavam de torcedores que chegavam de todos os
lugares do estado e do Brasil para apoiar a equipe no primeiro jogo
da final do campeonato gaúcho o que mostrava que a Arena iria ter o
seu maior público da história. O espírito de festa era muito
grande e a confiança no time treinado pelo Felipão também, alguns
torcedores mais exaltados bradavam que a vitória tricolor viria
pelos pés do Braian Rodriguez, acredito que isso era efeito do
álcool e do sol forte na cabeça. Após algumas horas ensaiando
cânticos motivacionais e depois de comer dois pastéis de queijo nos
dirigimos até o portão para adentrar a Arena, o que se consegue
fazer numa tranquilidade incrível, em 15 minutos estávamos dentro
do estádio nos nossos lugares apesar do público de quase 47 mil
pessoas. Se fosse no antigo pavilhão tricolor teríamos que entrar
duas horas antes no estádio para garantir nossos lugares, não é à
toa que a Arena do Grêmio foi eleito o melhor estádio privado do
Brasil.
A
partida começou com o time do Grêmio indo para cima, mostrando que
queria ganhar o jogo. Os colorados retrancados e para ganhar uma bola
no contra-ataque, com o Dallesandro se revezando com o Anderson
Daronco na arbitragem da partida. Daronco que ganhou nota nove da
FGF-SCI pelo seu trabalho no Grenal, só não ganhou nota dez por que
não marcou penalidade máxima para o internacional.
O
time do Grêmio novamente pecou pela falta de imposição no ataque,
Braian Rodriguez praticamente é inexistente lá na frente, sendo
facilmente anulado pela fraca defesa colorada. Infelizmente este
jogador não pode ser referência no ataque gremista.
No segundo tempo,
após uma expulsão duvidosa do melhor jogador do Grêmio em campo, o
time colorado começou a se assanhar mais no ataque gremista, mas
Muralha Grohe estava lá para dar segurança à equipe, para ficar
clara a diferença entre os times, o internacional não conseguiu
vazar a meta gremista apesar de jogar com um a mais praticamente o
jogo inteiro , isso que a folha salarial deles é 10 milhões mais
cara que a nossa. O empate em zero foi menos pior para o Grêmio do
que para o adversário, pois temos a vantagem de não ter tomado gol
em casa e um empate com gols na próxima partida dará o título
gaúcho ao tricolor.
Mesmo
com um jogador a menos o torcedor gremista acreditava e continuava
apoiando o seu time, nunca vaiando um jogador seu. É um espetáculo
lindo de se ver e que ainda me emociona só de lembrar.
No
próximo domingo o Felipão deverá fazer algumas modificações na
equipe. Cristian Rodriguez, que jogou somente 20 minutos, deverá ser
titular, junto com Yuri Mamute e Wallace que entrou muito bem para
recompor a defesa e foi um cão de guarda na frente da área. Neste
domingo iremos levantar a primeira taça no estádio remendado do
adversário, com um gol de cabeça do zagueiro Erazo, el Elegante.
Edição
de 29/04/2015 Ano VI nº 210
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